sábado, 30 de junho de 2012

40 Dias de Propósitos - Dia 34 - Pensando como servo

Meu servo Calebe pensa diferente e me segue de forma integra.
Números 14.24; NCV

Pensem de vocês mesmos tal como Cristo Jesus pensava de si mesmo.
Filipenses 2.5; Msg

Servir começa na mente.
Ser servo requer uma mudança de rumo em sua mente, uma alte¬ração de postura. Deus está sempre mais interessado em por que você faz algo do que no que você faz. Atitudes contam mais que realizações. O rei Amazias perdeu a graça de Deus porque fez o que o SENHOR aprova, mas não de todo o coração.1 Servos verdadeiros ser¬vem a Deus com uma mentalidade que engloba cinco atitudes.

Os servos pensam mais nos outros do que em si. Os servos se concentram nas outras pessoas, e não em si. Esta é a verdadeira humildade: não pensar menos de si, mas pensar menos em si. Eles são abnegados. Paulo disse: Esqueçam de si o suficiente, para ajuda¬rem ao próximo.2 É isso que significa “perder a vida” — esquecer-se de si mesmo para servir aos outros. Quando deixamos de nos con¬centrar em nossas próprias necessidades, ficamos a par das necessi¬dades ao nosso redor.
Jesus Esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo.3 Quan¬do foi a última vez que você se esvaziou a si mesmo para benefício de alguém? Você não pode ser servo se estiver cheio de si mesmo. É somente quando nos esquecemos de nós que fazemos coisas que merecem ser lembradas.
Infelizmente, grande parte do serviço que prestamos é em causa própria. Servimos para que os outros gostem de nós, para sermos admirados ou para alcançarmos nossos objetivos. Isso é manipula¬ção, e não ministério. Ficamos o tempo todo pensando, na verdade, em nós mesmos, e em como somos maravilhosos e nobres. Algumas pessoas tentam usar o serviço que fazem para barganhar com Deus: “Vou fazer isso por você, Deus, se você fizer aquilo por mim”. Os verdadeiros servos não tentam usar a Deus para seus propósitos; deixam que Deus os use para os propósitos dele.
Ser abnegado, assim como ser fiel, é uma qualidade extremamente rara. Dentre todas as pessoas que Paulo conheceu, Timóteo foi o úni¬co exemplo que ele pôde apontar.4 Pensar como servo é difícil, pois en¬tra em choque com o principal pro¬blema de nossa vida: somos, por natureza, egoístas. Pensamos demais em nós mesmos. Por esse motivo, a humildade é uma luta diária, uma lição que temos de reaprender repetidamente. As oportunidades de ser servos colocam-se à nossa frente dezenas de vezes por dia, nas quais temos a chance de decidir entre satisfazer as nossas necessida¬des e as necessidades dos outros. A abnegação é a essência do serviço. Podemos avaliar nosso coração, ver se somos servos pela forma de reagirmos quando os outros nos tratam como servos. Como você reage quando as pessoas não o levam em consideração, lhe dão or¬dens o tempo todo ou o tratam como alguém inferior? A Bíblia diz: Se alguém tirar injustamente vantagem de você, use a oportunidade para agir como servo.5

Os servos pensam como administradores, não como donos. Os servos se lembram de que Deus é o dono de tudo. Na Bíblia, o administrador era o servo encarregado de gerenciar uma proprieda¬de. José foi esse tipo de servo quando prisioneiro no Egito. Potifar confiou sua casa a José. Depois, o carcereiro confiou a prisão a José. Por fim, o faraó confiou a José toda a nação. O serviço e a adminis¬tração andam juntas,6 pois Deus espera que sejamos dignos de con¬fiança nas duas coisas. A Bíblia diz: O que se exige de quem tem essa responsabilidade é que seja fiel ao seu Senhor.7 Como você está lidan¬do com os recursos que Deus lhe confiou?
Para tornar-se um verdadeiro servo, você terá de resolver a questão do dinheiro na sua vida. Jesus disse: Nenhum servo pode servir a dois senhores [...] Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro.8 Ele não disse “Vocês não devem”, mas “Vocês não podem”. É impossível. Viver para o ministério e viver para o dinheiro são objetivos que se excluem mutuamente. Qual deles você escolhe? Se você for servo de Deus, não pode fazer um “bico” por sua conta. Todo o seu tempo pertence a Deus. Ele exige lealdade exclusiva, e não fidelidade de meio expediente.
E o dinheiro que tem o maior potencial para substituir Deus na nossa vida. Mais pessoas são desviadas do serviço de Deus pelo materialismo do que por qualquer outra coisa. Elas dizem: “Após ter atingido meus objetivos financeiros, vou servir a Deus”. É uma deci¬são tola, pela qual se arrependerão por toda a eternidade. Quando Jesus é seu Mestre, o dinheiro serve você, mas, se o dinheiro for seu mestre, você se torna escravo dele. A riqueza não é absolutamente um pecado, mas deixar de usá-la para a glória de Deus o é. Os servos de Deus sempre se preocupam mais com o ministério do que com o dinheiro.
A Bíblia é extremamente clara: Deus usa o dinheiro para saber se você é um servo fiel. Foi por isso que Jesus falou mais sobre o dinhei¬ro do que sobre o céu ou o inferno. Ele disse: Assim, se vocês não forem dignos de confiança em lidar com as riquezas deste mundo ímpio, quem lhes confiará as verdadeiras riquezas? 9 A forma de você gerenciar seu dinheiro afeta a quantidade de bênçãos que Deus der¬rama sobre sua vida.
No capítulo 31, mencionei dois tipos de pessoas: construtores do Reino e construtores de riquezas. Ambos são bons em fazer os negó¬cios crescerem, fechar acordos ou vendas e obter lucro. Os construto¬res de riquezas continuam a acumular fortunas para si, indepen¬dentemente de quanto tenham alcançado, mas os construtores do Reino mudam as regras do jogo. Eles ainda tentam ga¬nhar tanto dinheiro quanto for possível, mas fazem isso para distribuí-lo. Usam a riqueza para financi¬ar a igreja de Deus e a sua missão no mundo.
Na Saddleback, temos um grupo de diretores de em¬presas e donos de negócios que tentam fazer o melhor que podem, então fazem doações à medida de suas possibilidades, para promover o Reino de Deus. Eu os encorajo a conversar com seu pastor e iniciar um grupo de construtores do Reino em sua igreja. Procure auxílio no “Apêndice 2”.

Servos pensam no seu trabalho, e não no que os outros estão fazendo. Eles não fazem comparações, não criticam nem competem com os outros servos ou ministérios. Estão muito ocupados reali¬zando o trabalho que Deus lhes deu.
A competição entre servos de Deus é absurda por muitas razões. Estamos todos no mesmo time; nosso objetivo é fazer que a pessoa de Deus apareça de forma positiva, e não a nossa pessoa. Recebemos diferentes atribuições e temos todos uma forma exclusiva. Paulo disse: Não vamos nos comparar uns com os outros, como se um fosse melhor e o outro pior. Temos coisas muito mais interessantes para fazer com nossa vida. Cada um de nós é um ser original.10
Não há lugar para ciúmes mesquinhos entre servos. Quando você está ocupado servindo, não há tempo para ser crítico. Todo tempo desperdiçado em criticar os outros poderia ser usado no ministério. Quando Marta reclamou para Jesus que Maria não a ajudava com o traba¬lho, ela perdeu seu coração de serva. Os verda¬deiros servos não reclamam de injustiças, não sentem pena de si mesmos nem ficam aborrecidos com os que não servem. Eles apenas confiam em Deus e seguem servindo.

Não é nossa função avaliar os outros servos do Mestre. A Bí¬blia diz: Quem é você para criticar o escravo de alguém ? O Senhor determinará se seu escravo foi bem-sucedido ou não.11 E também não é nossa função nos defendermos das críticas. Deixe que seu Mestre tome conta disso. Siga o exemplo de Moisés, que se mostrou verdadei¬ramente humilde quando enfrentou oposição. Ou faça como Neemias, cuja resposta às criticas era simplesmente: Meu trabalho é muito im-portante para que eu o interrompa agora [para] conversar com vocês.12

Se você serve como Jesus, pode esperar ser criticado. O mun¬do, e até mesmo grande parte da igreja, não compreende o que Deus valoriza. Um dos mais belos atos de amor demonstrados a Jesus foi criticado pelos discípulos. Maria tomou a coisa mais valiosa que pos¬suía, um perfume caro, e derramou sobre Jesus. Seu generoso serviço foi chamado “desperdício” pelos discípulos, mas Jesus o chamou signi¬ficativo,13 e isso é tudo o que importa. Seu serviço para Cristo nunca será um desperdício, não importa o que os outros digam.

Os servos baseiam sua identidade em Cristo. Por se lembrarem de que são amados e aceitos pela graça, não têm de provar seu valor. Eles aceitam de bom grado trabalhos que pessoas inseguras conside¬rariam “abaixo” delas. Um dos mais profundos exemplos de serviço realizado a partir de uma auto-estima segura foi a lavagem dos pés dos discípulos, realizada por Jesus. Lavar os pés era equivalente a ser engraxate, função desprovida de status. Mas Jesus sabia quem era; então a tarefa não ameaçou sua auto-estima. A Bíblia diz: Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do seu poder, e que viera de Deus [...] assim, levantou-se da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura.14

Se você quer ser servo, deve depositar sua identidade em Cris¬to. Somente pessoas seguras de si podem servir. Pessoas inseguras estão sempre preocupados com a aparência perante os outros. Elas temem a exposição de suas fraquezas e se escondem sob camadas de orgulho e pretensão. Quanto mais você for inseguro, mais irá querer que as pessoas o sirvam e mais necessitará da aprovação delas.
Henry Nouwen disse: “Para sermos úteis aos outros, temos de morrer para eles, ou seja, temos de deixar de medir nossa importân¬cia e valor pelos parâmetros dos outros [...] dessa forma, ficamos livres para manifestar misericórdia”. Quando você baseia seu valor e sua identidade no seu relacionamento com Cristo, fica livre das ex¬pectativas dos outros, e isso permite que você realmente os sirva melhor.

Os servos não precisam cobrir as paredes com placas e prêmios para confirmar seu valor. Eles não insistem em ser tratados por títulos nem se en¬volvem em mantos de superioridade. Os servos consideram irrelevantes os símbolos de status e não medem o próprio valor pelas realizações. Paulo disse: Você pode gloriar-se de você mesmo, mas a única aprovação que conta é a do Senhor.15
Se alguém teve grande chance na vida de se gabar de seus conhe¬cimentos pessoais e de citar seus relacionamentos, esse alguém foi Tiago, o meio-irmão de Jesus. Ele detinha as credenciais de quem tinha vivido com Jesus na condição de irmão. Ainda assim, na intro-dução de sua carta, ele se referiu a si mesmo como servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo.16 Quanto mais próximo você estiver de Jesus, menos precisará promover a si mesmo.

Servos consideram o ministério uma oportunidade, não uma obrigação. Eles gostam de ajudar pessoas, suprir necessidades e ministrar. Servem ao SENHOR com alegria.17 Por que eles servem com alegria? Porque amam ao Senhor, reconhecem sua graça, sabem que servir é o melhor uso que podem dar à vida e têm ciência de que Deus prometeu uma recompensa. Jesus prometeu: O Pai honrará e recompensará a qualquer um que me servir18 Paulo disse: Ele não esquece o trabalho que vocês fizeram nem o amor que lhe mostraram na ajuda que deram e ainda estão dando aos seus irmãos na fé.19
Imagine o que poderia ter acontecido, se apenas 10% dos cristãos em todo o mundo levasse a sério seu papel de servo. Imagine todo o bem que poderia ter sido feito. Você está disposto a ser uma dessas pessoas? Não importa sua idade; Deus irá usá-lo se começar a agir e a pensar como servo. Albert Schweitzer disse: “As únicas pessoas realmente felizes são aquelas que aprenderam a servir”.

TRIGÉSIMO QUARTO DIA
PENSANDO SOBRE MEU PROPÓSITO

Um tema para reflexão: Para ser servo, devo pensar como servo.

Um versículo para memorizar: Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus (Filipenses 2.5; NVI).

Uma pergunta para meditar: Normalmente, preocupo-me mais em ser servido ou em achar maneiras de servir os outros?

sexta-feira, 29 de junho de 2012

40 Dias de Propósitos - Dia 33 - Como os verdadeiros servos agem

Quem quiser ser o maior deve se tornar servo. Marcos 10.43; Msg

Vocês podem dizer o que eles são pelo que eles fazem. Mateus 7.16; CEV

Servimos a Deus ao servir os outros.
O mundo define grandeza em termos de poder, posses, prestígio e posição. Se puder exigir que as outras pessoas o sirvam, você con¬seguiu chegar lá. Em nossa cultura egoísta, com sua mentalidade do “eu primeiro”, agir como servo não é uma noção apreciada.
Jesus, entretanto, mediu a grandeza em termos de serviço, e não de posição social. Deus avalia nossa grandeza pela quantidade de pessoas que servimos, não pela quantidade de pessoas que nos ser¬vem. Isso é tão oposto à idéia de grandeza do mundo que é difícil compreender, quanto mais praticar. Os discípulos debateram sobre quem merecia a posição de maior destaque, e, dois mil anos depois, líderes cristãos ainda fazem manobras em busca de posição e proeminência nas igrejas, denominações e organizações pareclesiásticas. Milhares de livros têm sido escritos sobre a atividade do líder, mas poucos sobre a atividade do servo. Todos querem liderar, mas ninguém quer ser servo. Preferimos ser generais a ser soldados rasos. Até mesmo os cristãos querem ser “líderes-servos”, e não apenas sim¬ples servos. Mas ser como Jesus é ser servo. Foi assim que ele chamou a si mesmo.
Embora conhecer a FORMA seja importante para servir a Deus, ter o coração de servo é ainda mais importante. Lembre-se: Deus o formou para servir, e não para ser egoísta. Sem o coração de servo, você será tentado a empregar mal sua FORMA, usando-a para vanta¬gens pessoais. Você será também tentado a usá-la como desculpa, para se eximir de satisfazer algumas necessidades.
É comum que Deus teste nosso coração, pedindo-nos que sirva¬mos em modalidades para as quais não somos habilitados. Se você vir um homem caindo em uma vala, Deus espera que você o ajude, e não que diga: “Não tenho o dom de misericórdia ou assistência”. Embora não seja dotado para uma tarefa em particular, você pode ser chamado a realizá-la, se ninguém mais com o talento em questão estiver por perto. Seu ministério principal deve ser exercido na esfera de sua FORMA, mas seu ministério secundário é em qualquer lugar em que você seja neces¬sário no momento.
Sua FORMA revela seu ministério, mas seu coração de servo reve¬lará sua maturidade. Não é necessário nenhum talento especial para ficar após uma reunião e coletar o lixo ou empilhar cadeiras. Qual¬quer um pode ser servo. Caráter é a única coisa necessária.
É possível servir na igreja durante toda uma vida sem jamais ter sido servo. Deve-se ter o coração de servo. Como você pode saber se possui coração de servo? Jesus disse: Vocês podem dizer o que eles são pelo que eles fazem.1

Os verdadeiros servos estão à disposição para servir. Eles não preenchem seu tempo com outras atividades que possam limitar sua disponibilidade. Querem estar prontos a servir imediatamente quando são chamados. Semelhante ao soldado, o servo deve estar sempre pronto para o dever: Nenhum soldado se deixa envolver pe¬los negócios da vida civil já que deseja agradar aquele que o alistou.2 Se você só serve quando lhe é conveniente, então não é um servo de verdade. Verdadeiros servos fazem o que é necessário mes¬mo quando é inconveniente.
Você está disponível para Deus a qualquer momento? Ele pode estragar seus planos sem que você fique ressentido? Como servo, você não pode ser seletivo sobre quando e onde irá servir. Ser servo significa desistir do direito de controlar sua agenda e permitir que Deus a interrompa sempre que precisar.
Se ao início de cada dia você relembrar que é servo de Deus, as interrupções não serão muito frustrantes, pois sua agenda será for¬mada por qualquer coisa que Deus quiser colocar na sua vida. Os servos vêem interrupções como compromissos divinos para o minis-tério, e ficam felizes com a oportunidade de servir na prática.

Os verdadeiros servos prestam atenção às necessidades. Os ser¬vos estão sempre atentos a formas de ajudar os outros. Quando vêem uma necessidade, agarram a oportunidade de auxiliar, exatamente como a Bíblia nos ordena: Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé.3 Quando Deus põe alguém em situação de necessidade bem a sua frente, ele está lhe dando a oportunidade de crescer como servo. Repare que Deus diz que as necessidades de sua família na igreja devem ter preferência, não devem ser colocadas no fim de sua lista de coisas a fazer.
Deixamos escapar muitas oportunidades para ser-vir porque nos falta sensibilidade e espontaneida¬de. Grandes oportunidades para servir nunca duram muito. Elas passam rapidamente, e algumas vezes nunca voltam a ocorrer. Você provavelmente terá apenas uma chance de auxiliar aquela pessoa; então, aproveite a oportunida¬de. Não diga ao seu vizinho que espere até amanhã, se você pode ajudá-lo hoje.4
John Wesley foi um fantástico servo de Deus. Seu lema era: “Faça todo o bem que puder, com todos os recursos de que dispuser, de todas as formas que puder, em todos os lugares que puder, sempre que puder, a todas as pessoas que puder, enquanto você puder”. Isso é grandeza. Você pode começar procurando pequenas tarefas que ninguém mais quer fazer. Faça essas pequenas coisas como se fos¬sem grandes coisas, pois Deus está observando.

Os verdadeiros servos fazem o melhor que podem com o que têm à mão. Servos não dão desculpas, não deixam para a última hora, nem esperam circunstâncias melhores. Nunca dizem “Um dia destes” ou “Quando for a hora certa”. Simplesmente fazem o que precisa ser feito. A Bíblia diz: Se você ficar esperando as condições perfeitas, nunca fará nada.5 Deus espera que você faça o que puder, com o que você tem e onde quer que você esteja. Um serviço não tão perfeito é sempre melhor que a melhor das intenções.
Uma razão que impede muitas pessoas de servir é que elas te¬mem não serem boas o suficiente para servir. Acreditaram na menti¬ra de que servir a Deus é somente para pessoas altamente talentosas e bem-sucedidas. Algumas igrejas fomentaram esse mito ao tornar a “excelência” um ídolo, o que faz pessoas com talentos comuns hesi¬tarem em se envolver.
Você já deve ter ouvido alguém dizer: “Se isso não pode ser feito com excelência, não o faça”. Bem, Jesus nunca disse isso! A verdade é que, quase tudo que fazemos é feito de modo deficiente quando começamos a fazê-lo — é assim que aprendemos. Na igreja de Saddleback, praticamos o princípio do “suficientemente bom”: não precisa ser perfeito para Deus usar e abençoar. Preferimos envolver milhares de pessoas normais no ministério do que ter uma igreja perfeita dirigida por uma pequena elite.

Os verdadeiros servos fazem qualquer tarefa com igual dedi¬cação. O que quer que façam, os servos o fazem de todo o coração.6 O tamanho da tarefa é irrelevante. A única questão é: ela precisa ser feita?
Você jamais chegará a um estágio na vida em que será importan¬te demais para ajudar em tarefas servis. Deus jamais irá eximi-lo do que é trivial. É uma parte vital no currículo de seu caráter. A Bíblia diz: Se você pensa ser muito importante para ajudar alguém neces-sitado, está na verdade enganando a si mesmo. Você é realmente insignificante.7 É nesses pequenos serviços que crescemos à seme¬lhança de Cristo.
Jesus se especializou em tarefas servis, que todo o mundo tenta¬va evitar: lavar pés, ajudar crianças, preparar o café da manhã e servir leprosos. Nada estava abaixo dele, porque ele veio para servir. Não foi apesar de sua grandeza que ele fez essas coisas, mas por causa dela, e ele espera que sigamos seu exemplo.8

Pequenas tarefas muitas vezes demonstram um grande cora¬ção. Seu coração de servo se revela em pequenos atos que outros nem pensam em fazer, como quando Paulo reuniu gravetos para acender um fogo a fim de que todos se aquecessem após um naufrá¬gio.9 Ele estava tão exausto como qualquer outro, mas fez aquilo de que todos precisavam. Nenhuma tarefa está abaixo de você quando você tem coração de servo.

As grandes oportunidades estão normalmente camufladas en¬tre as tarefas menores. As pequenas coisas da vida determinam as grandes. Não busque realizar grandes tarefas para Deus. Tão-so¬mente faça as coisas não tão grandes, e Deus o designará para qualquer coi¬sa que ele queira que você faça. Mas antes de tentar o extraordinário, ten¬te servir normalmente.10
Sempre haverá mais pessoas dis¬postas a fazer “grandes” coisas para Deus do que pessoas dispostas a fazer pequenas coisas. A corrida para a liderança está apinhada de candidatos, mas o campo é amplo para os dispostos a ser servos. Algumas vezes você serve “de baixo para cima” àqueles que possuem autoridade, e algumas vezes você serve “de cima para baixo” àqueles que se encontram necessitados. Em ambos os casos, você desenvolve o coração de servo, quando está disposto a fazer o que for necessário.

Os verdadeiros servos são fiéis ao seu ministério. Os servos concluem suas tarefas, cumprem suas responsabilidades, mantêm suas promessas e levam a cabo seus compromissos. Não deixam um serviço feito pela metade e não desistem quando perdem o incenti¬vo. São confiáveis e dignos de crédito.
A fidelidade sempre foi uma qualidade rara.11 A maioria das pes¬soas não sabe o valor do compromisso. Elas firmam compromissos de forma casual, e então os quebram pela razão mais fútil sem ne¬nhuma hesitação, remorso ou arrependimento. Todas as semanas, igrejas e outras organizações são obrigadas a improvisar, porque os voluntários não se prepararam, não apareceram nem mesmo liga¬ram para dizer que não viriam.
As outras pessoas podem contar com você? Existem promessas que você precisa manter, votos que precisa cumprir ou compromis¬sos que precisa honrar? Isso é um teste. Deus está testando sua fidelidade. Passando nesse teste, você estará em boa companhia: Abraão, Moisés, Samuel, Davi, Daniel, Timóteo e Paulo foram chama¬dos servos fiéis de Deus. E ainda melhor: Deus prometeu recompen¬sar sua fidelidade na eternidade. Imagine como será no dia em que Deus lhe disser: Muito bem, meu servo bom e fiel. Você foi fiel ao lidar com essa pequena quantia; portanto, agora darei a você muito mais responsabilidades. Vamos celebrar juntos.12
A propósito, servos fiéis jamais se aposentam. Eles seguirão ser¬vindo fielmente enquanto viverem. Você pode se aposentar de sua carreira, mas nunca se aposentará de servir a Deus.

Os verdadeiros servos mantêm a discrição. Servos não se pro¬movem nem chamam a atenção para si mesmos. Em vez de agir para impressionar e se vestir para o sucesso, eles usam um avental de humildade para servir uns aos outros!13 Sendo reconhecidos por seus serviços, eles humildemente aceitam, mas não admitem que a notoriedade os distraia, desviando a atenção de seu trabalho. Paulo expôs um tipo de serviço que aparenta ser espiritual, mas que é na verdade apenas uma simulação, um show, um ato para atrair a aten¬ção. Ele chamou isso de estar servindo à vista 14 — servir para que as pessoas fiquem impressionadas com quão espiritual nós somos. Esse era o pecado dos fariseus. Eles transformavam o auxílio às pessoas, a generosidade e até mesmo a oração em espe¬táculo para os outros. Jesus detestava essa ati¬tude e alertou: Tenham o cuidado de não prati¬car seus deveres religiosos em público, a fim de serem vistos pelos outros. Se vocês agirem as¬sim, não receberão nenhuma recompensa do Pai de vocês, que está no céu.15

A autopromoção e a atividade de servir não se misturam. Os verdadeiros servos não agem pela aprovação e pelo aplauso dos outros. Vivem para uma platéia com uma única pessoa. Como Paulo disse: Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo.16

Você não achará muitos servos verdadeiros sendo o centro das atenções. Na verdade, sendo possível, eles evitam isso. Eles se satisfazem em servir silenciosamente nas sombras. José é um grande exemplo. Ele não atraiu a atenção para si, mas serviu discretamente a Potifar, a seu carcereiro, ao padeiro e ao copeiro do faraó, e Deus abençoou sua postura. Quando faraó o elevou a uma posição de importância, José ainda manteve o coração de servo, até mesmo com seus irmãos, que o haviam atraiçoado.
Infelizmente, muitos líderes de hoje começam como servos, mas terminam como celebridades. Eles se tornam viciados em atenção, sem tomar consciência de que estar sempre sob os holofotes deixa a pessoa cega.
Você pode estar servindo no anonimato em algum lugar peque¬no, sentindo-se desconhecido e sem valor. Ouça: Deus o pôs onde você está por um propósito! Ele conhece o número de fios de cabelo que há na sua cabeça e sabe o seu endereço. É melhor você ficar no seu lugar até que ele opte por mudá-lo. Ele o avisará se quiser que você vá para outro lugar. Seu ministério é importante para o Reino de Deus. Quando Cristo se manifestar novamente na terra, vocês também serão manifestos com ele, em glória. Por agora, contentem-se com o anonimato.17
Existem mais de 750 halls da fama nos Estados Unidos e mais de 450 publicações do tipo “quem é quem”, mas você não irá encontrar muitos servos verdadeiros nesses lugares. A notoriedade não signi¬fica nada para os servos verdadeiros, porque eles sabem a diferença entre ser proeminente e ser importante. Existem vários atributos pro¬eminentes no seu corpo, sem os quais você não poderia viver. As partes escondidas de seu corpo é que são indispensáveis. O mesmo ocorre com o corpo de Cristo. O serviço mais importante é, freqüen¬temente, aquele que não é visto.18
No céu, Deus irá recompensar abertamente alguns de seus servos mais desconhecidos — pessoas das quais nunca ouvimos falar na terra, que orientaram crianças emocionalmente perturbadas, limpa¬ram idosos que sofriam de incontinência, cuidaram de pacientes com AIDS e serviram de milhares de maneiras que desconhecemos.
Sabendo disso, não desanime quando seu serviço for desconheci¬do ou nem for notado. Persista em servir a Deus! Lancem-se no tra¬balho do Senhor, confiantes de que nada que vocês façam para ele seja perda de tempo ou de esforço.19 Mesmo o menor serviço é reco¬nhecido por Deus e recompensado. Lembre-se das palavras de Jesus: E se, como meus representantes, vocês derem até mesmo um copo d’água fria e uma criança, serão seguramente recompensados.20

TRIGÉSIMO TERCEIRO DIA
PENSANDO SOBRE MEU PROPÓSITO

Um tema para reflexão: Sirvo a Deus quando sirvo aos outros.

Um versículo para memorizar: Se vocês derem até mes-mo um copo de água fria ao menor dos meus seguidores, certamente serão recompensados (Mateus 10.42; NLT).

Uma pergunta para meditar: Qual das seis característi-cas dos verdadeiros servos é a mais desafiadora para mim?

quinta-feira, 28 de junho de 2012

40 Dias de Propósitos - Dia 32 - Usando o que Deus lhe deu

Visto que nos descobrimos moldados nessas partes excelentemente formadas e maravilhosamente funcionais do corpo de Cristo, passemos adiante e sejamos o que fomos feitos para ser.
Romanos 12.5; Msg

O que você é, é um presente de Deus para você; o que você faz consigo, é um presente seu para Deus.
Provérbio dinamarquês

Deus merece o melhor de você.
Ele o formou para um propósito e espera que você faça o máximo com aquilo que recebeu. Ele não quer que você se aflija ou cobice talentos que não tem. Em lugar disso, ele quer que você se concentre nos talentos que ele lhe deu para usar.
Quando você tenta servir a Deus de forma não natural, é como forçar um pino quadrado em um buraco redondo. É frustrante e produz resultados limitados. Também é um desperdício de tempo, talento e energia. O melhor uso para sua vida é servir a Deus em conformidade com sua natureza. Para fazê-lo, você deve descobrir sua FORMA, aprender a aceitá-la e a apreciá-la para depois desen¬volvê-la ao seu potencial máximo.

Descubra sua forma
A Bíblia diz: Não procedam imprudentemente, mas procurem desco¬brir e fazer tudo que o Senhor quer que vocês façam.1 Não deixe que se passe outro dia. Comece a averiguar e a esclarecer quem Deus quer que você seja e o que ele quer que você faça.
Comece avaliando seus dons e habilidades. Analise de forma de¬morada e honesta em que você é bom e em que não é. Paulo aconse¬lhou: ... procurem fazer um juízo correto de suas capacidades.2 Faça uma lista. Peça às outras pessoas uma opinião justa. Diga-lhes que quer descobrir a verdade, não ganhar elogios. Dons espirituais e habi¬lidades naturais são sempre confirmadas pelos outros. Se você pensa ser talentoso para ensinar ou cantar, mas ninguém mais concorda, adivinhe! Se você quiser saber se tem o dom de liderança, basta olhar por cima do ombro! Se ninguém o estiver seguindo, você não é líder.
Faça perguntas assim: “Onde pude ver frutos em minha vida que foram confirmados por outras pessoas? Onde já fui bem-sucedido?”. Exame de dons espirituais e listas de capacidades podem ter algum valor, mas estão limitadas à sua utilização. Em primeiro lugar, elas são padronizadas; logo, não le¬vam em conta seu caráter exclusivo. Em segundo, não existem definições de dons espirituais na Bíblia; logo, qual¬quer definição é arbitrária e normalmente representa uma ten¬dência denominacional. Outro problema é que quanto mais ma-duro você se torna, maiores são as probabilidades de você manifes¬tar características de vários dons. Você pode estar servindo, ensi¬nando ou se dedicando generosamente em virtude de sua maturida¬de, mas não por causa de um dom espiritual.
A melhor maneira de descobrir seus dons e capacidades é experi¬mentar diferentes áreas de ocupação. Eu poderia ter feito uma cen¬tena de testes para dons e habilidades quando era jovem, mas ja¬mais descobriria que tinha o dom do ensino, porque era algo que eu nunca tinha feito! Foi somente após ter começado a aceitar convites para palestras que vi os resultados — outras pessoas confirmaram, e então percebi: “Deus me dotou para isso”!
Muitos livros apresentam o processo de descobrimento de trás para frente. Eles dizem: “Descubra seu dom espiritual, e então saberá a qual ministério deve se dedicar”. Isso na verdade funciona de forma exatamente oposta. Comece a servir, experimentando diferentes mi¬nistérios, e então você descobrirá seus dons. Enquanto não estiver efetivamente envolvido em servir, não saberá em que é realmente bom.
Você tem dezenas de habilidades escondidas e dons que desconhe¬ce porque nunca os pôs à prova. Por isso, eu incentivo a tentar fazer coisas que nunca fez anteriormente. A despeito de sua idade, devo exortá-lo a nunca deixar de experimentar. Conheci muitas pessoas que descobriram talentos escondidos após setenta ou oitenta anos. Conhe¬ço uma mulher na casa dos noventa anos que corre e vence corridas de 10 mil metros, e não sabia que gostava de correr até completar 78 anos!
Não tente entender seus dons até ser voluntário para servir em algum lugar. Tão-somente comece a servir. Você descobre seus dons ao se envolver no ministério. Tente ensinar, liderar, organizar, tocar um instrumento ou trabalhar com adolescentes. Você nunca saberá em que é bom enquanto não tentar. Quando não der certo, chame de “experiência”, não de fracasso. Em algum momento, você irá desco¬brir no que é bom.

Leve em consideração seu coração e sua personalidade. Paulo aconselhou: Faça um exame cuidadoso de quem você é e do trabalho que tem realizado; então dedique-se a isso inteiramente.3 Mais uma vez, é proveitoso colher informações de quem o conhece me¬lhor. Faça perguntas a si mesmo: “O que eu realmente mais gosto de fazer? Em quais momentos me sinto mais vivo? O que estou fazendo quando perco a noção de tempo? Gosto de rotina ou de variedade? Prefiro servir em equipe ou por conta própria? Sou intro¬vertido ou extrovertido? Sou racional ou emocional? De que gosto mais: competir ou cooperar?”.

Examine suas experiências e extraia lições já aprendidas. Ana¬lise sua vida e pense em como ela o moldou. Moisés disse aos israe¬litas: Pensem hoje na grandeza de Deus e naquilo que aprenderam a respeito do seu poder e da sua força.4 Experiências esquecidas são inúteis; eis uma boa razão para se manter um diário espiritual. Pau¬lo se preocupou em que os crentes na Galácia tivessem esquecido o sofrimento pelo qual haviam passado. Ele disse: Toda as suas expe¬riências foram desperdiçadas? Espero que não! 5
Nós raramente vemos o bom propósito de Deus na dor, no fracas¬so ou na vergonha; enquanto o fato está ocorrendo. Quando lavou os pés de Pedro, Jesus disse: Você não compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém, entenderá.6 Somente em retrospecto compreendemos como Deus planejou um problema para o bem.
Extrair lições de suas experiências leva tempo. Sugiro que você tire um final de semana para um retiro de análise da vida, onde irá parar para ver como Deus trabalhou em vários momentos decisivos de sua vida e para avaliar como ele quer usar essas lições para aju¬dar os outros. Existem recursos que podem auxiliá-lo a fazer isso.7

Aceite e desfrute de sua forma
Uma vez que Deus sabe o que é melhor para você, você deveria aceitar com gratidão o modo em que ele o moldou. A Bíblia diz: Mais exatamen¬te, quem és tu, ó homem, para discutires com Deus? Vai acaso a obra dizer ao artífice: Por que me fizeste assim? O oleiro não pode formar da sua massa seja um utensílio para uso nobre, seja outro para uso vil? 8 Sua FORMA foi determinada soberanamente por Deus, para o pro¬pósito dele, então você não deve se ressentir ou rejeitá-la. Em vez de tentar se remodelar para ser outra pessoa, você deve comemorar a FORMA que Deus deu somente a você. Entretanto, Cristo concedeu aptidões especiais a cada um de nós — qualquer coisa que ele deseja que recebamos de seu rico depósito de dons.9
Parte da aceitação de sua FORMA está no reconhecimento de suas limitações. Ninguém é bom em tudo, e ninguém é chamado para ser tudo. Todos temos papéis definidos. Paulo compreendeu que seu chamado não era para realizar tudo ou agradar a todos, mas sim para se concentrar no ministério específico para o qual Deus o havia formado.10 Ele disse: Nosso alvo é ficar dentro dos limites do que Deus planejou para nós.11
A palavra limite se refere ao fato de Deus ter destinado cada um de nós para um campo ou esfera de serviço. Sua FORMA determina sua especialidade. Quando tentamos estender nosso ministério para além do que Deus nos preparou para fazer, experimentamos pres¬são. Assim como em uma corrida cada competidor recebe uma raia, devemos individualmente correr com perseverança a carreira especi¬al que Deus pôs diante de nós.12 Não sinta inveja do corredor na raia ao seu lado; simplesmente se concentre em terminar sua corrida.
Deus quer que você goste de usar a FORMA que ele lhe deu. A Bíblia diz: Esteja certo de fazer o que você deveria estar fazendo, pois assim você desfrutará a satisfação pessoal de ter feito o seu trabalho bem feito e não precisará comparar-se com ninguém.13 Satanás tentará lhe roubar a alegria do serviço de duas formas: tentando-o para comparar seu ministério com os dos outros e tentando-o para adaptar seu ministério às expectativas dos outros. Ambas são ar¬madilhas mortais que irão distraí-lo do serviço tal como definido por Deus. Toda vez que você começar a perder a alegria no seu ministério, comece verificando se uma dessas tentações é a causa.
A Bíblia nos adverte a jamais nos comparar com os outros: Faça bem o seu trabalho, e assim terá algo de que se orgulhar. Mas não se compare com os outros.14 Existem duas razões pelas quais você ja¬mais deveria comparar sua vocação, seu ministério ou os resultados de seu ministério com o de qualquer outro. Primeiro, você sempre irá achar alguém que pareça estar fazendo um trabalho melhor que o seu, e isso irá desencorajá-lo. Ou você sempre encontrará alguém que não pareça ser tão eficiente quanto você, e então se tornará arrogante. Ambas as atitudes lhe tirarão do serviço e roubarão sua alegria.
Paulo disse que é tolice nos compararmos com os outros. Ele dis¬se: Não temos a pretensão de nos igualar ou de nos comparar com alguns que se recomendam a si mesmos. Quan¬do eles se medem e se comparam consigo mes¬mos, agem sem entendimento.15 A paráfrase des¬te versículo segundo a versão The Message [A Mensagem] diz: Em todo essa comparação, medição e competição, eles acabam perdendo o que é mais importante.16
Você irá descobrir que pessoas que não compreendem sua FOR¬MA para o ministério irão criticá-lo e tentar fazê-lo corresponder ao que eles pensam que você deveria estar fazendo. Ignore-os. Paulo tinha de lidar constantemente com críticos que não compreendiam e denegriam seu serviço. Sua resposta era sempre a mesma: evite com¬parações, resista aos exageros, e almeje somente os elogios de Deus.17
Uma das razões por que Paulo foi usado tão poderosamente nas mãos de Deus foi ter se recusado a ser distraído por críticas ou por comparações de seu ministério com o de outras pessoas ou a ser arrastado para debates contraproducentes sobre seu ministério. Como John Bunyan disse: “Se minha vida é infrutífera, isso não importa a quem me enaltece e, se minha vida é frutífera, isso não importa a quem me critica”.

Continue desenvolvendo sua forma
A parábola dos talentos, contada por Jesus, demonstra que Deus quer que façamos o máximo com o que ele nos dá. Devemos cultivar nossos dons e habilidades, manter nosso coração em chamas, desen-volver nosso caráter e nossa personalidade e ampliar nossas experi¬ências para que sejamos cada vez mais eficientes em nosso serviço. Paulo disse aos filipenses: Continuem crescendo em conhecimento e entendimento.18 E relembrou a Timóteo: Mantenha viva a chama do dom de Deus que está em você.19
Se você não exercitar os músculos, eles enfraque-cem e atrofiam. Da mesma maneira, se não utilizar as habilidades e capacidades que Deus lhe deu, você irá perdê-los. Jesus ensinou a parábola dos talentos para enfatizar essa verdade. Aludindo ao servo que falhou em utili¬zar um talento, o mestre disse: Tirem o talento dele e entreguem-no ao que tem dez.20 Deixe de usar aquilo que lhe foi dado, e você o perderá. Use a habilidade que possui, e Deus a aumentará. Paulo disse a Timóteo: Não deixe de usar as aptidões que Deus lhe deu por meio dos seus profetas quando os anciãos da igreja colocaram as mãos sobre a sua cabeça. Ponha essas aptidões em ação; atire-se às suas tarefas de tal maneira que todos percebam o seu aperfeiçoa¬mento e progresso.21
Quaisquer que sejam os dons que lhe tenham sido concedidos, eles podem ser ampliados e desenvolvidos pela prática. Por exem¬plo: ninguém tem o dom de ensino completamente desenvolvido. Mas com estudo, opiniões e prática, um “bom” professor pode se tornar um professor melhore, com o tempo, tornar-se um mestre do ensino. Não se acomode com dons desenvolvidos pela metade. Apren¬da e se expanda o mais que puder. Concentre-se em fazer seu melhor para Deus, um trabalho do qual não tenha vergonha.22 Aproveite todas as oportunidades de treinamento para desenvolver sua FOR¬MA e aguce suas habilidades para o serviço de Deus.
No céu, serviremos a Deus para sempre. Neste momento, pode¬mos nos preparar para esse serviço eterno, praticando na terra. Como atletas que se preparam para as Olimpíadas, continuamos treinan¬do para o grande dia: Eles fazem isso pela medalha de ouro que perde o brilho e desbota. Você está em busca da medalha de ouro eterna.23
Estamos nos preparando para responsabilidades e recompensas eternas.

TRIGÉSIMO SEGUNDO DIA
PENSANDO SOBRE MEU PROPÓSITO

Um tema para reflexão: Deus merece o melhor de mim.

Um versículo para memorizar: Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se en-vergonhar e que maneja corretamente a palavra da ver-dade (2 Timóteo 2.15; NVI).

Uma pergunta para meditar: Qual a melhor maneira de usar o que Deus me deu?

terça-feira, 26 de junho de 2012

40 Dias de Propósitos - Dia 31 - Entendendo sua forma

Tu moldaste-me primeiro por dentro e depois por fora; tu me formaste no ventre de minha mãe.
Salmos 139.13; Msg

Somente você pode ser você.
Deus projetou cada um de nós de modo que não houvesse réplica em todo o mundo. Ninguém tem exatamente a mesma composição de fatores que o tornam exclusivo. Isso significa que ninguém mais na terra será capaz de desempenhar o papel que Deus planejou para você. Se você não fizer sua contribuição individual para o corpo de Cristo, ela não será feita. A Bíblia diz: Existem tipos diferentes de dons [...] Existem maneiras diferentes de servir [... e] Há diferentes habilida¬des para realizar o trabalho.1 No capítulo anterior, vimos as duas primeiras: seus dons espirituais (formação espiritual) e seu coração (opções do coração). Agora veremos o resto de sua configuração.

Forma: Aplicando seus recursos pessoais
Seus recursos pessoais são os talentos naturais com os quais você nasceu. Algumas pessoas têm uma habilidade natural com as pala¬vras: já nascem falando! Outras têm habilidades atléticas naturais, destacando-se em agilidade física. Outras ainda são boas em mate-mática, música ou mecânica.
Quando Deus quis criar o Tabernáculo e todos os utensílios para adoração, cuidou para que houvesse artistas e artesãos que fossem formados com destreza, habilidade e plena capacidade artística para desenhar [...] e executar todo tipo de obra artesanal.2 Hoje em dia, Deus ainda concede essas habilidades, bem como milhares de ou¬tras, para que as pessoas possam servi-lo.

Todas as suas habilidades vêm de Deus. Até mesmo habilida¬des usadas para o pecado foram dadas por Deus; estão apenas sen¬do usadas para o mal ou de forma imprópria. A Bíblia diz: Deus dá a cada um de nós habilidade para fazer bem determinadas coisas? Visto que suas capacidades naturais vieram de Deus, elas são tão importantes e “espirituais” quanto seus dons espirituais. A única diferença é que você as recebeu no nascimento.
Uma das desculpas mais comuns que as pessoas dão para não servir é: “Eu simplesmente não tenho nenhuma aptidão a oferecer”. Isso é ridículo. Você tem dezenas, provavelmente centenas de habili¬dades inexploradas, desconhecidas e ociosas, que estão latentes dentro de você. Vários estudos revelaram que uma pessoa comum tem de quinhentas a setecentas capacidades e habilidades — muito mais do que você imagina.
Por exemplo: o cérebro pode armazenar 100 trilhões de fatos. Sua mente pode lidar com 15 mil decisões por segundo, como ocorre quando seu sistema digestivo está trabalhando. Seu olfato pode per¬ceber até 10 mil odores diferentes. Seu tato pode detectar um ele-mento com um mícron de espessura e sua língua pode detectar o gosto de uma parte de quinino em dois milhões de partes de água. Você é um conjunto de habilidades incríveis, uma maravilhosa cria¬ção de Deus. Parte da responsabilidade da igreja é identificar e disponibilizar essas habilidades para servir a Deus.

Todas as habilidades podem ser usadas para a glória de Deus. Paulo disse: Quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.4 A Bíblia é cheia de exem¬plos de diferentes capacidades que Deus usou para sua glória. Aqui estão apenas algumas mencionadas nas Escrituras: capacidade ar¬tística, capacidade arquitetônica, administração, culinária, constru¬ção de navios, produção de doces, capacidade para debates, dese¬nho, embalsamamento, bordados, gravação, agricultura, pesca, jardinagem, liderança, gerenciamento, serviços de alvenaria, composi¬ção, produção de armas, trabalhos com agulhas, pintura, plantação, filosofia, habilidade com maquinarias, invenções, carpintaria, nave¬gação, atividades militares, alfaiataria, ensino, literatura e poesia. A Bíblia diz: Há diferentes habilidades para realizar o trabalho, mas é o mesmo Deus quem dá a cada um a habilidade para fazê-lo.5 Deus tem um lugar em sua igreja, onde sua habilidade pode se distinguir e você pode fazer a diferença. Cabe a você achar esse lugar.
Deus dá a algumas pessoas a habilidade de ganhar muito di¬nheiro. Moisés disse aos israelitas: Mas lembrem-se do SENHOR, O seu Deus, pois é ele que lhes dá a capacidade de produzir riqueza.6 Pes¬soas com essa capacidade são boas em fazer os negócios crescerem, fechar acordos ou vendas e obter lucro. Se você possui habilidade para os negócios, deve usá-la para a glória de Deus. Como? Primeiro, compreenda que sua habilidade veio de Deus e dê o crédito a ele. Segundo, use sua empresa ou negócio para auxiliar na necessidade dos outros e partilhe sua fé com os que não crêem. Terceiro, devolva ao menos o dízimo (10%) do lucro para Deus, como ato de adoração.7 E, por fim, fixe para si a meta de ser um construtor do Reino, em vez de ser um construtor de riquezas. Vou explicar isso melhor no capítulo 33.

Deus quer que eu faça aquilo que sou capaz de fazer. Você é a única pes¬soa na terra que pode usar suas habi¬lidades. Ninguém mais pode assumir o seu papel, porque ninguém mais pos¬sui a configuração exclusiva que Deus lhe deu. A Bíblia diz que Deus equipa você com tudo o que [você necessita] para fazer a sua vontade.8 Para descobrir a vontade de Deus para sua vida, você deve examinar seriamente em que você é bom e para que não tem habilidade.
Se Deus não lhe deu a habilidade de cantar bem, não esperará que você seja cantor de ópera. Deus jamais lhe pedirá que dedique a vida a uma tarefa para a qual você não tem talento. No entanto, as habilidades que você efetivamente tem são um forte indício do que Deus quer que você faça com sua vida. São pistas para que você conheça a vontade de Deus para você. Se você for bom em projetar, recrutar, desenhar ou organizar, é seguro supor que os planos de Deus para sua vida incluem tal habilidade de alguma forma. Deus não desperdiça habilidades; ele combina nosso chamado com nos¬sas habilidades.
Suas habilidades não foram concedidas apenas para que você ganhe a vida; Deus as concedeu para que você exerça seu ministério. Pedro disse: Deus deu a cada um de vocês algumas capacidades especiais; estejam certos de as estarem utilizando para se ajudarem mutuamente, transmitindo aos outros as muitas espécies de bên¬çãos de Deus.9
Enquanto este livro é escrito, aproximadamente sete mil pessoas estão usando suas habilidades para o ministério na igreja de Saddleback, suprindo todo tipo de serviço que você possa imaginar: con¬sertando carros doados para que sejam dados aos necessitados, achando os melhores negócios para as compras da igreja, trabalhan¬do com paisagismo, organizando arquivos, projetando arte, progra¬mas e prédios, fornecendo tratamento de saúde, preparando refei¬ções, compondo músicas, ensinando música, escrevendo propostas de subvenções, treinando times, fazendo pesquisas para sermões ou traduzindo-os e realizando centenas de outras tarefas especializa¬das. Dizemos aos novos membros: “Não importa no que você é bom; seja o que for, você deve estar fazendo para sua igreja!”

Forma: Usando seu modo de ser
Não nos damos conta de como cada um de nós é verdadeiramente único. As moléculas de DNA podem se reunir em um número infinito de formas. A possibilidade de você algum dia vir a encontrar alguém exatamente igual a você é de 1 para 10 elevado a 2 400 000 000ª. potência. Se você fosse escrever esse número com cada zero da espessura de uma polegada, seria necessário uma tira de papel com 60 mil quilômetros!
Para que você coloque isso em perspectiva, alguns cientistas acre¬ditam que o número de todas as partículas do Universo não passa de 10 seguido de 76 zeros; um número muito menor que as possibi¬lidades de seu DNA. Sua singularidade é um fato científico da vida. Quando Deus o fez, ele quebrou a forma. Nunca houve nem haverá alguém exatamente igual a você.
É obvio que Deus aprecia a diversidade — basta olhar à volta! Ele criou cada um de nós com uma combinação exclusiva de traços de personalidade. Deus fez os introvertidos e os extrovertidos. Fez as pessoas que gostam de rotina e as que gostam de variar. Fez algu¬mas pessoas “racionais” e outras “emocionais”. Algumas pessoas tra¬balham melhor em tarefas individuais, enquanto outras trabalham melhor em equipe. A Bíblia diz: Deus age por intermédio de homens e maneiras diferentes, mas é o mesmo Deus que atinge seus propó-sitos mediante todos eles.10
A Bíblia nos dá um monte de provas de que Deus usa todos os tipos de personalidades. Pedro era sangüíneo. Paulo era colérico. Jeremias era melancólico. Quando você vê as diferenças de persona¬lidade entre os doze discípulos, fica fácil entender por que algumas vezes houve conflitos interpessoais.
Não existe temperamento “certo” ou “errado” para o ministério. Todos os tipos de personalidades são necessárias para equilibrar a igreja e lhe dar sabor. O mundo seria um lugar muito chato se fôsse¬mos todos apenas baunilha. Felizmente, as pessoas vêm em mais de 31 sabores.
Seu modo de ser ou personalidade afetará como e onde você usa¬rá suas habilidades e dons espirituais. Por exemplo: duas pessoas podem ter o dom de evangelização, mas, se uma é introvertida e a outra é extrovertida, esse dom será expresso de formas distintas.
Marceneiros sabem que é mais fácil trabalhar no sentido das fi¬bras da madeira do que de modo perpendicular a elas. Do mesmo modo, quando você é forçado a ministrar de forma contrária ao seu temperamento, cria-se tensão e desconforto, exigem-se quantidades extras de esforço e energia e os melhores resultados não são atingi¬dos. É por isso que copiar o ministério de outra pessoa nunca funcio¬na; você não detém a personalidade da outra pessoa. Além do mais, Deus o fez para ser você! Você pode aprender a partir do exemplo de outras pessoas, mas deve filtrar o que aprende através de sua pró¬pria forma. Hoje em dia existem muitos livros e ferramentas que podem ajudá-lo a compreender sua personalidade, para que você possa determinar como usá-la para Deus.
Como vidro colorido, nossas diferentes personalidades refletem a luz de Deus em muitas cores e padrões. Isso abençoa a família de Deus com intensidade e variedade, e também nos abençoa pessoal¬mente. É agradável fazer aquilo para o que Deus o preparou. Quando você mi¬nistra de forma coerente com a perso¬nalidade que Deus lhe deu, sente-se realizado, satisfeito e produtivo.

Forma: Utilizando suas áreas de experiência
Você foi formado pelas experiências que teve na vida, estando a maioria delas além de seu controle. Deus as permitiu para o seu propósito na sua formação.11 Ao determinar sua FORMA para servir a Deus, você deve examinar ao menos seis tipos ou áreas de experiên¬cias de seu passado:

• Experiências familiares: O que você aprendeu sendo criado por sua família?
• Experiências educacionais: Quais eram suas matérias favori¬tas na escola?
• Experiências vocacionais’. Em quais empregos você foi mais eficiente e de que mais gostou de trabalhar?
• Experiências espirituais. Qual foi sua época mais significativa com Deus?
• Experiências no ministério: Como você serviu a Deus no pas¬sado?
• Experiências árduas: Com quais problemas, mágoas, espinhos e provações você aprendeu?

É a última categoria, experiências árduas, que Deus mais usa para prepará-lo para o ministério. Deus jamais desperdiça uma dor! Na verdade, é muito provável que seu maior ministério surja de sua maior dor. Quem poderia ministrar melhor aos pais de uma criança com síndrome de Down do que outro casal que tenha um filho pade¬cendo do mesmo mal? Quem poderia ajudar melhor na recuperação de um alcoólatra do que alguém que tenha combatido esse demônio e tenha achado a liberdade? Quem poderia confortar melhor uma esposa que tenha sido trocada por uma amante do que uma mulher que tenha passado pela mesma agonia?
Deus intencionalmente permite que você passe por experiências árduas, a fim de capacitá-lo a ministrar às outras pessoas. A Bíblia diz: Ele nos conforta em todos os nossos problemas, de modo que podemos confortar a outros. Quando alguém estiver atribulado, se¬remos capazes de dar-lhe o mesmo conforto que recebemos de Deus.12 Se você realmente deseja ser usado por Deus, deve entender uma verdade poderosa: as mesmas experiências que lhe trouxeram mais arrependimento e ressentimento na vida — aquelas que você queria esconder e esquecer são as que Deus quer usar para ajudar aos ou¬tros. Elas são seu ministério!
Para que Deus utilize suas experiências dolorosas, você deve estar disposto a partilhá-las. Você tem de parar de encobri-las e deve admitir honestamente suas faltas, fracassos e temores. Fazer isso provavelmente tornará seu minis¬tério mais eficiente. As pessoas se sen-tem mais estimuladas quando lhes contamos como a graça de Deus nos ajudou na fraqueza do que quando fa¬zemos alarde sobre nossa força.
Paulo compreendeu essa verdade, por isso era honesto sobre seus acessos de depressão. Ele admitia: Eu acho que vocês devem saber, amados irmãos, que tempos difí¬ceis nós atravessamos na Ásia. Fomos realmente esmagados e opri¬midos, e tivemos medo de não conseguir sobreviver. Sentimos que estávamos condenados à morte e percebemos como éramos fracos demais para socorrer-nos a nós mesmos; isso, porém, foi bom, por¬que assim nós colocamos tudo nas mãos de Deus, o único que poderia salvar-nos, pois é capaz até de le¬vantar os mortos. E ele nos ajudou mesmo, e nos sal¬vou de uma morte terrível; sim, e esperamos que ele faça assim sempre.13
Se Paulo tivesse mantido em segredo sua experiência de dúvida e depressão, milhões de pessoas nunca se teriam beneficiado dela. Somente experiências partilhadas podem benefici¬ar os outros. Aldous Huxley disse: “Experiência não é o que acontece com você. É o que você faz com o que acontece com você”. O que você fará com o que você tem passado? Não desperdice sua dor; use-a para ajudar os outros.
Após termos visto essas cinco vias que Deus utilizou a fim de moldá-lo para seu serviço, espero que você venha a apreciar mais profundamente a soberania de Deus e tenha uma idéia mais clara de como ele o preparou para o propósito de servi-lo. Utilizar a sua for-ma é o segredo tanto da produtividade quanto da realização no ministério.14 Você alcançará sua eficiência máxima quando utilizar seus dons espirituais e habilidades na área de interesse de seu cora¬ção, de uma forma que melhor expresse sua personalidade e suas experiências. Quanto melhor o enquadramento, mais bem-sucedido você será.

TRIGÉSIMO PRIMEIRO DIA
PENSANDO SOBRE MEU PROPÓSITO

Um tema para reflexão: Ninguém mais pode ser eu.

Um versículo para memorizar: Deus deu a cada um de vocês algumas capacidades especiais; estejam certos de as estarem utilizando para se ajudarem mutuamente, transmitindo aos outros as muitas espécies de bênçãos de Deus (1 Pedro 4.10; BV).

Uma pergunta para meditar: Que capacidade dada por Deus ou experiência pessoal posso oferecer a minha igreja?

40 Dias de Propósitos - Dia 30 - Moldado para servir a Deus

Foram as tuas mãos que me formaram e me fizeram.
Jó 10.8; NVI

O povo que formei para mim proclamou o meu louvor.
Isaías 43.21; BJ

Você foi moldado para servir a Deus.
Deus formou cada criatura neste planeta com uma qualificação especial. Alguns animais correm, outros saltam, alguns escavam e outros voam. Cada um tem um papel especial para cumprir confor¬me foram moldados por Deus. O mesmo se dá com os humanos. Cada um de nós foi concebido, ou “moldado”, com exclusividade para a realização de determinadas tarefas.
Antes de os arquitetos projetarem um novo prédio, eles primeiro perguntam: “Para que propósito? Como será usado?”. A função pre¬tendida sempre determina a forma do prédio. Antes de Deus o criar, ele decidiu que papel queria que você desempenhasse na terra. Ele planejou exatamente como queria que você o servisse, então o mol¬dou para essas tarefas. Você é da forma que é porque foi feito para um ministério específico.
A Bíblia diz: Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras.1 A palavra “poema” vem da palavra grega traduzida por “criação, manufatura”. Você é uma obra de arte feita manualmente por Deus. Você não foi feito em uma linha de montagem de produção em massa, sem ter sido objeto de reflexão. Você é uma obra-prima exclusiva e feita sob medida.
Deus propositadamente moldou e formou você para servi-lo de um modo que torne seu ministério singular. Ele cuidadosamente misturou o coquetel de DNA que o criou. Davi louvou a Deus por essa magnífica atenção pessoal aos detalhes: Tu fizeste tudo com delica¬deza, as partes íntimas de meu corpo, e as uniste no ventre de mi¬nha mãe. Obrigado por me teres feito de maneira tão maravilhosa¬mente complexa! O teu trabalho é maravilhoso.2 Como disse Ethel Waters: “Deus não faz porcaria”.
Deus não apenas o moldou antes de seu nascimento, mas plane¬jou cada dia de sua vida para favorecer seu processo de formação. Davi continua: Cada dia de minha vida foi gravado no teu livro. Cada momento foi determinado antes mesmo que um só dia tivesse aconte¬cido.3 Isso significa que nada que tenha ocorrido em sua vida é insig¬nificante. Deus usa toda a sua vida a fim de moldá-lo para seu minis¬tério com relação aos outros e formá-lo para seu serviço perante ele. Deus jamais desperdiça coisa alguma. Ele não lhe daria habilida¬des, interesses, talentos, dons, personalidade e experiências de vida, a menos que pretendesse usá-las para sua glória. Identificando e compreendendo esses fatores, você pode descobrir a von¬tade de Deus para sua vida.
A Bíblia diz que você é “especial e admirável”. Você é uma combinação de múltiplos fatores. Para ajudar a lembrá-lo de cinco desses fatores, criei um simples acróstico: FORMA. Neste capítulo e no próximo, daremos uma olhada nesses cinco fatores, e em seguida explicarei como descobrir e usar a FORMA que Deus lhe deu.

Como Deus lhe dá forma para o ministério
Toda vez que Deus nos dá uma missão, ele nos equipa com o que precisamos para realizá-la. A combinação sob medida de suas capa¬cidades é a sua FORMA.

Formação espiritual
Opções do coração
Recursos pessoais
Modo de ser
Áreas de experiência

Forma: Esclarecendo sua formação espiritual
Deus dá a todo crente dons espirituais para serem usados no minis¬tério.4 São habilidades especiais concedidas por Deus para servi-lo e são concedidas somente aos crentes. Seus dons são parte importan¬te de sua formação espiritual. A Bíblia diz: Quem não tem o Espírito de Deus não pode receber os dons que vêm do Espírito.5
Você não pode adquirir dons espirituais ou mesmo merecê-los — por isso são chamados dons! Eles são a manifestação da graça de Deus para com você. Cristo generosamente dividiu seus dons conosco.6
Nem é você quem escolhe os dons que gostaria de ter; é Deus quem os determina. Paulo explicou: É o mesmo e único Espírito Santo que distri¬bui esses dons. Ele sozinho decide que dom cada pessoa deve receber.7
Por Deus gostar de variedade e querer que sejamos especiais, não há nenhum dom que seja concedido a todos.8 Além disso, nenhum indiví¬duo recebe todos os dons. Se você possuísse todos, não teria necessida¬de de mais ninguém, e isso destruiria um dos propósitos de Deus — nos ensinar a amar e a depender uns dos outros.
Seus dons espirituais não foram concedidos para seu benefício próprio, mas para o benefício dos outros, da mesma forma que ou¬tras pessoas receberam dons para seu benefício. A Bíblia diz: Um dom espiritual é dado a cada um de nós como meio de ajudarmos a igreja inteira.9 Deus planejou dessa forma, para que precisássemos uns dos outros. Quando usamos nossos dons em conjunto, todos são beneficiados. Se os outros não usarem seus dons, você é passado para trás e, se você não usar seus dons, eles serão passados para trás. Por isso nos é dada a ordem para descobrir e desenvolver nos¬sos dons espirituais. Você já parou para descobrir seus dons espiri¬tuais? De nada vale um dom não-descoberto.
Toda vez que esquecemos essas verdades básicas sobre os dons, ocorrem problemas na igreja. Dois problemas comuns são “inveja de dom” e “prestígio de dom”. O primeiro ocorre quando comparamos nossos dons com os de outras pessoas e nos sentimos insatisfeitos com o que Deus nos deu, tornando-nos res-sentidos e ciumentos por Deus utilizar os outros. O segundo ocorre quando esperamos que alguém mais tenha nossos dons, faça o que fomos chamados para fazer e se sinta tão entusiasmado quanto nós a respeito de tal dom. A Bíblia diz: Há dife¬rentes tipos de serviço na igreja, mas é ao mesmo Senhor que estamos servindo.10
Os dons espirituais são algumas vezes exageradamente enfatiza¬dos, em detrimento de outros fatores que Deus utiliza para nos moldar para o serviço. Seus dons revelam uma chave para descobrir a vontade de Deus para nosso ministério; mas os dons espirituais não formam o quadro completo. Deus também nos moldou de quatro outras maneiras.

Forma: Atentando para suas opções do coração
A Bíblia usa o termo “coração” para descrever o lote de desejos, espe¬ranças, interesses, ambições, sonhos e afeições que você possui. O coração representa a fonte de todos os seus estímulos — o que você ama fazer, seus interesses e o que mais lhe importa. Ainda hoje usamos a palavra nesse sentido, quando dizemos: “Eu te amo de todo o meu coração”.
A Bíblia diz: Assim como a água reflete o rosto, o coração reflete quem somos nós.11 Seu coração revela o verdadeiro você, o que você verdadeiramente é, não o que os outros pensam que você é ou o que as circunstâncias o forçam a ser. Seu coração determina o porquê de você dizer as coisas que diz, sentir-se como se sente e agir da forma que age.12
Fisicamente, cada um de nós tem um batimento cardíaco exclusi¬vo. Assim como temos impressões digitais, padrões de íris e de voz singulares, nosso coração bate com padrões sensivelmente diferen¬tes. É magnífico que, apesar dos bilhões de pessoas que já viveram, ninguém jamais tenha tido um batimento cardíaco exatamente igual ao seu.
Do mesmo modo, Deus deu a cada um de nós um “compasso” emocional único que dispara quando pensamos em assuntos, ativi¬dades ou circunstâncias que nos interessam. Nós, instintivamente, importamo-nos com algumas coisas e desconsideramos outras. São pistas de onde deveríamos estar servindo.
Outra palavra para coração é paixão. Existem certos assuntos que lhe despertam paixão e outros para os quais você não liga a mínima. Algumas experiências o entusiasmam e prendem sua aten¬ção, enquanto outras o desanimam ou matam de tédio. Elas revela¬rão a natureza de seu coração.
Enquanto você crescia, deve ter descoberto que se interessava intensamente por alguns assuntos que não despertavam o menor interesse em sua família. De onde vieram esses interesses? Vieram de Deus. Deus tinha um propósito em lhe dar esses interesses inatos. Seu compasso emocional é a segunda chave para a compreensão de sua capaci¬tação para o serviço. Não ignore seus interesses. Imagine como eles podem ser usados para a glória de Deus. Há uma razão para que você goste de fazer essas coisas.
A Bíblia nos manda continuamente servir ao Senhor com todo o [...] coração.13 Deus quer que você o sirva apaixonadamente, e não por obrigação. As pessoas raramente se destacam em tarefas que não apreciam ou que não lhes desperte paixão. Deus quer que você use seus interesses naturais para servir a ele e aos outros. Ouvir os impulsos internos pode indicar-lhe o ministério que Deus tenciona que você tenha.
Como você sabe quando está servindo a Deus de coração? O primei¬ro sinal revelador é o entusiasmo. Quando você está fazendo o que ama fazer, ninguém precisa motivá-lo, desa¬fiá-lo ou inspecioná-lo. Você o faz pelo mero prazer. Você não precisa de recom¬pensas, aplausos ou pagamento, por¬que adora servir dessa forma. O oposto também é verdade: quando você não se entusiasma com o que faz, é facilmente desestimulado.
A segunda característica de quem serve a Deus com o coração é a eficiência. Todas as vezes que você faz o que Deus o condicionou a amar, você se torna bom nisso. A paixão leva à perfeição. Se você não se importa com uma tarefa, é improvável que se destaque nela. Em contrapartida, os maiores realizadores, em qualquer campo, são movidos pela paixão, e não por lucro ou obrigação.
Todos já ouvimos dizer: “Arranjei um emprego que odeio para ganhar bastante dinheiro, então algum dia saio e vou fazer o que gosto”. Isso é um grande erro. Não desperdice sua vida em um em¬prego que não exprima o que vai em seu coração. Lembre-se: as mai¬ores coisas da vida não são as coisas. O significado é muito mais importante do que o dinheiro. O homem mais rico do mundo certa vez falou: Uma vida simples no temor do SENHOR é melhor que uma vida rica com uma tonelada de dores de cabeça.14
Não se conforme em apenas alcançar “uma boa vida”, porque uma boa vida não é boa o suficiente. No fim das contas, ela não satisfaz. Você pode ter muito do que viver e ainda assim não ter para que viver. Em vez disso, almeje “a vida melhor” — servir a Deus de forma que exprima o que está em seu coração. Chegue a uma conclusão sobre o que você gosta de fazer — o que Deus lhe colocou no coração para fazer — e então faça isso para a glória de Deus.

TRIGÉSIMO DIA
PENSANDO SOBRE MEU PROPÓSITO

Um tema para reflexão: Eu fui moldado para servir a Deus.

Um versículo para memorizar: Deus age por intermédio de homens e maneiras diferentes, mas é o mesmo Deus que atinge seus propósitos mediante todos eles (l Coríntios 12.6; CH).

Uma pergunta para meditar: De que modo posso me ver servindo a outras pessoas apaixonadamente e gostando de servir?

segunda-feira, 25 de junho de 2012

40 Dias de Propósitos - Dia 29 - Aceitando sua missão

Propósito n.° 4
VOCÊ FOI MOLDADO PARA SERVIR A DEUS

Somos somente servidores de Deus [...] Cada um de nós faz o trabalho que o Senhor lhe deu para fazer: eu plantei, e Apolo regou a planta, mas foi Deus quem a fez crescer.
1 Coríntios 3.5,6; NTLH


Foi o próprio Deus quem fez de nós o que somos e nos deu uma vida nova da parte de Cristo Jesus; e muitos séculos atrás, Ele planejou que gastássemos essa vida em auxiliar aos outros.
Efésios 2.10; BV

Eu te glorifiquei na terra, pois concluí até o último detalhe o que me deste para fazer.
João 17.4; Msg

Você foi posto na Terra para fazer uma contribuição.
Você não foi criado apenas para consumir recursos — comer, res¬pirar e ocupar espaço. Deus te projetou para que sua vida faça uma diferença. Apesar de muitos livros de sucesso informarem sobre como tirar o máximo da vida, não foi para isso que Deus o criou. Você foi criado para acrescentar à vida da Terra, não apenas para extrair. Deus quer que você devolva algo. Esse é o quarto propósito de Deus para sua vida, e se chama “ministério” ou serviço. A Bíblia fornece os detalhes.

Você foi criado para servir a Deus. A Bíblia diz: [Deus] nos criou para que fizéssemos as boas obras que ele já havia preparado para nós.1 Essas “boas obras” são o seu serviço. Sempre que você serve às pessoas de alguma forma, você está na verdade servindo a Deus2 e cumprindo um de seus propósitos. Nos dois próximos capítulos, você verá como Deus cuidadosamente molda você para o seu propósito. O que Deus disse para Jeremias também vale para você: Antes que o fizes¬se no útero de sua mãe, eu o escolhi. Antes que você nascesse, eu o separei para uma obra especial? Você foi posto neste planeta para uma missão especial.

Você foi salvo para servir a Deus. A Bíblia diz: Foi ele quem nos salvou e nos escolheu para o seu santo trabalho, não porque merecês¬semos, mas porque esse era o seu plano muito antes do princípio do mundo — mostrar o seu amor e a sua bondade para conosco por meio de Cristo.4 Deus o redimiu para que você pudesse exercer sua “santa vocação”. Você não foi salvo pelo serviço, mas foi salvo para o serviço. No Reino de Deus você tem um lugar, um propósito, um papel e uma função a cumprir. Isso dá a sua vida enorme importância e valor.
Comprar sua salvação custou a Jesus a própria vida. A Bíblia nos recorda: Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo.5 Não servimos a Deus por causa de culpa, medo ou mesmo obrigação, mas pela alegria e profunda gra¬tidão pelo que ele fez por nós. Nós lhe devemos a vida. Pela salva¬ção, nosso passado foi perdoado, nosso presente faz sentido e nosso futuro é seguro. À luz dessas incríveis vantagens, Paulo con¬cluiu: Por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço.6
O apóstolo João ensinou que nossos préstimos amorosos às ou¬tras pessoas mostram que somos verdadeiramente salvos. Ele disse: Sabemos que já passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos.7 Se não tenho ne¬nhum amor pelos outros, nenhum desejo de ajudar as pessoas e me preocupo somente com minhas ne¬cessidades, deveria questionar se Cristo está realmente na minha vida. Um coração salvo é um cora¬ção que deseja servir.
Outro termo relativo a servir a Deus que é mal compreendido pela maioria das pessoas é a palavra ministério. Quando a maioria das pessoas escuta “ministério”, pensa em pastores, padres e sacerdócio profissional, mas Deus diz que cada membro de sua família é um ministro. Na Bíblia, as palavras servo e ministro são sinônimas, assim como serviço e ministério. Se você é cristão, é um ministro e, quando está servindo, está ministrando.
Quando a sogra de Pedro, enferma, foi curada por Jesus, ela ins¬tantaneamente se levantou e começou a servi-lo,8 usando seu novo dom de saúde. É exatamente isso que devemos fazer. Somos cura¬dos para ajudar aos outros. Somos abençoados para ser uma bên¬ção. Somos salvos para servir, e não para ficar sentados esperando pelo céu.
Você nunca se perguntou por que Deus não nos leva para o céu, imediatamente após aceitarmos sua graça? Por que ele nos deixa em um mundo decadente? Ele nos deixa aqui para cumprir seus propó¬sitos. Uma vez que você esteja salvo, Deus pretende usá-lo para seus objetivos. Deus tem para você um ministério em sua igreja e uma missão no mundo.

Você é chamado para servir a Deus. Enquanto crescia, você deve ter pensado que ser “chamado” por Deus era algo que somente mis¬sionários, pastores, freiras e outros obreiros “de tem¬po integral” experimentavam, mas a Bíblia diz que todo cristão é chamado para servir.9 Seu chamado para ser salvo incluiu o chamado para servir; am¬bos são o mesmo chamado. Independentemente de seu emprego ou carreira, você é chamado para ser um cristão servindo em tempo integral. Um “cristão não-servo” é uma antítese.
A Bíblia diz: Deus nos salvou e nos chamou para sermos o seu povo. Não foi por causa do que temos feito, mas porque este era o seu plano e por causa da sua graça.10 Pedro acrescenta: Vocês foram esco¬lhidos para falar sobre as excelentes qualidades de Deus, que os cha¬mou.11 Sempre que você faz uso das habilidades que Deus lhe conce¬deu para ajudar os outros, você está cumprindo o seu chamado.
A Bíblia diz: Vocês [...] agora pertencem a ele [...] para [...] ter uma vida útil no serviço de Deus.12 Quanto do seu tempo vem sendo uti¬lizado a serviço de Deus? Em algumas igrejas na China, dão-se as boas-vindas a novos crentes dizendo: “Jesus agora tem um novo par de olhos para ver, novos ouvidos para escutar, novas mãos com as quais ajudar e um novo coração para amar os outros”.
Uma razão pela qual você precisa estar vinculado a uma igreja, é o cumprimento do seu chamado para servir a outros crentes de maneira prática. A Bíblia diz: Todos vocês, juntos, são o corpo único de Cristo, e cada um de vocês é um membro separado e necessário a ele.13 O seu serviço é desesperadamente necessário no corpo de Cris¬to — basta perguntar em qualquer igreja local. Cada um de nós tem um papel a desempenhar, e cada um deles é importante. Não existe serviço pequeno para Deus; tudo importa.
Do mesmo modo, não existem ministérios insignificantes na igre¬ja. Alguns são visíveis e alguns são desempenhados nos bastidores, mas todos são valiosos. Ministérios pequenos ou velados fazem fre-qüentemente uma grande diferença. Em minha casa, a luminária mais importante não é o enorme lustre da sala de jantar, mas a pequena luz noturna que me impede de tropeçar quando levanto à noite. Não há uma correlação exata entre tamanho e importância. Todo ministério é importante, porque todos dependemos uns dos outros para funcionar.
O que acontece quando uma parte do seu corpo deixa de funcio¬nar? Você adoece. O resto do seu corpo sofre. Imagine se seu fígado decidisse começar a viver por conta própria: “Eu estou cansado! Não quero mais servir este corpo! Quero um ano de folga, só me alimen-tando. Eu tenho de pensar no que é melhor para mim! Deixe que outra parte do corpo assuma”. O que aconteceria? O seu corpo iria morrer. Hoje em dia, milhares de igrejas locais estão morrendo por causa de cristãos que não têm vontade de servir. Eles ficam assistin¬do de lado, e o corpo sofre.

A ordem é servir a Deus. Jesus foi categórico: A atitude de vocês deve ser igual à minha, porque eu, o Messias, não vim para ser servi¬do, mas para servir, e dar a minha vida por muitos.14 Para os cris¬tãos, servir não é questão de opção, não é algo a ser encaixado em nossas agendas caso haja tempo disponível. Servir é o núcleo da vida cristã. Jesus veio para “servir” e para “dar” — esses dois verbos também devem servir para definir sua vida na Terra. Serviço e doa¬ção resumem o quarto propósito de Deus para sua vida. Madre Tereza disse certa vez: “Viver em santidade consiste em realizar a obra de Deus com um sorriso”.
Jesus ensinou que a maturidade espiritual nunca é um fim em si mesma. Maturidade é para o ministério! Nós crescemos para nos doar. Seguir aprendendo mais e mais não é o suficiente. Precisamos agir de acordo com o que sabemos e pôr em prática o que afirmamos acreditar.
Impressão sem expressão causa depres¬são. Estudar sem trabalhar leva à es¬tagnação espiritual. A antiga compara¬ção entre o mar da Galiléia e o mar Morto ainda é verdadeira. O mar da Galiléia é cheio de vida porque recebe água e tam¬bém a escoa. No mar Morto nada vive, pois, ao contrário do primeiro, não há saída de água.
A última coisa que muitos crentes precisam hoje em dia é participar de outro estudo bíblico. Eles já sabem muito mais do que põem em prática. O que eles precisam é de experiências em servir, nas quais possam exercitar seus músculos espirituais.
Servir é contrário à nossa inclinação natural. Na maior parte do tempo, estamos mais interessados em nos servir do que no serviço. Dizemos “Estou procurando uma igreja que atenda as minhas neces-sidades e me abençoe”, e não “Estou procurando um lugar onde pos¬sa servir e ser abençoado”. Esperamos que os outros nos sirvam, e não ao contrário. Mas, à medida que amadurecemos em Cristo, o foco de nossa vida deve ser deslocado progressivamente, para ter¬mos uma vida de serviço. Um seguidor de Jesus maduro deixa de perguntar “Quem irá alcançar minhas necessidades?” e começa a perguntar: “As necessidades de quem eu vou alcançar?”. Você algu¬ma vez já fez essa pergunta?

Preparando-se para a eternidade
No fim de sua vida na Terra você ficará perante Deus, e ele avaliará como você serviu aos outros com sua vida. A Bíblia diz: Cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus.15 Pense nas implicações disso. Algum dia Deus irá comparar quanto tempo e energia gasta¬mos conosco, em relação ao que utilizamos para servir aos outros.
Nesse momento, todas as nossas desculpas para o egoísmo soarão vazias: “Eu estava muito ocupado”, ou “Eu tinha meus próprios obje¬tivos”, ou “Eu estava preocupado em trabalhar, me divertir ou em preparar minha aposentadoria”. A todas as desculpas, Deus respon¬derá: “Sinto muito, resposta errada. Eu o criei, salvei, chamei e ordenei a você que tivesse uma vida de serviços aos outros. Qual parte você não entendeu?”. A Bíblia alerta os que não crêem: Ele derramará a sua ira e o seu castigo sobre os que vivem para si mesmos16 — mas para os cristãos isso significará a perda das recompensas eternas.
Nós só estamos completamente vivos quando ajudamos os outros. Jesus disse: Se você insistir em salvar a sua própria vida, você a per¬derá. Somente aqueles que põem de lado a sua vida por minha causa e por causa da Boa Nova é que saberão realmente o que significa viver.17 Essa verdade é tão importante, que é repetida cinco vezes nos evangelhos. Se você não está servindo, está apenas existindo, por¬que a vida foi feita para o ministério. Deus quer que você aprenda a amar e a servir as pessoas de forma altruísta.

Serviço e importância
Você dará a vida por algo. O que será? Uma carreira, um esporte, um passatempo, fama, riquezas? Nenhuma dessas coisas será impor¬tante para sempre. Servir é o caminho para a verdadeira importân¬cia. É através do ministério que descobrimos o significado da vida. A Bíblia diz: Todos achamos nosso significado e função, como parte do seu corpo.18 Ao servirmos juntos na família de Deus, nossa vida assume uma importância eterna. Paulo disse: Quero que vocês pen¬sem como tudo isso torna vocês mais importantes, não menos [...] por causa daquilo de que vocês são parte.19
Deus quer usá-lo para que você faça diferença no mundo dele. Ele quer trabalhar por meio de você. O que importa não é a duração da sua vida, mas a contribuição que ela dá. Não quanto você viveu, mas como viveu.
Se você não está envolvido em algum serviço ou mi-nistério, que desculpa tem usado? Abraão era velho, Jacó era inseguro, Lia era sem atrativos, José foi maltrata¬do, Moisés gaguejava, Gideão era pobre, Sansão era co-dependente, Raabe era imoral, Davi teve uma aman¬te e todo tipo de problema familiar, Elias tinha tendências suicidas, Jeremias era depressivo, Jonas era relutante, Noemi era viúva, João Batista era excêntrico para dizer o mínimo, Pedro era impulsivo e temperamental, Marta se preocupava demais, a mulher samaritana teve vários casamentos fracassados, Zaqueu era indesejado, Tomé tinha dúvidas, Paulo tinha saúde fraca e Timóteo era tímido. Aí está uma boa variedade de desajustes, mas Deus usou cada um deles a seu serviço. Ele também usará você, se deixar de dar desculpas.

VIGÉSIMO NONO DIA
PENSANDO SOBRE MEU PROPÓSITO

Um tema para reflexão: Servir não é questão de opção.

Um versículo para memorizar: Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos (Efésios 2.10; NVI).

Uma pergunta para meditar: O que está me impedindo de aceitar o chamado de Deus para servi-lo?

domingo, 24 de junho de 2012

40 Dias de Propósitos - Dia 28 - Isso leva tempo!

Tudo na terra tem seu próprio tempo, sua própria estação.
Eclesiastes 3.1; CEV

E eu tenho certeza de que Deus, que começou a boa obra em vocês, continuará ajudando-os a crescer em sua graça até quando Sua tarefa em vocês estiver finalmente terminada naquele dia em que Jesus Cristo voltar.
Filipenses 1.6; BV

Não existem atalhos para chegar à maturidade.
Precisamos de vários anos para chegar à idade adulta, e é neces¬sária toda uma estação para que uma fruta cresça e amadureça. O mesmo se dá com o fruto do Espírito. O desenvolvimento do caráter cristão não pode ser apressado. O crescimento espiritual, assim como o físico, requer tempo.
Quando você tenta amadurecer rapidamente um fruto, ele perde o sabor. Nos Estados Unidos, os tomates são normalmente colhidos antes do amadurecimento, a fim de que não fiquem machucados durante o transporte até o varejista. Então, antes de vendidos, os tomates verdes são vaporizados com co2, o que os torna vermelhos instantaneamente. Tomates vaporizados são comestíveis, mas não são páreo para o sabor de um tomate deixado para maturar lenta¬mente no pé.
Enquanto nos preocupamos em crescer rapidamente, Deus se preo¬cupa em que cresçamos fortes. Deus vê a nossa vida desde a eterni¬dade e para a eternidade; então, nunca está com pressa.
Lane Adams certa vez comparou o processo de crescimento espiri¬tual com a estratégia usada pelos aliados durante a Segunda Guerra Mundial na libertação das ilhas do Pacífico Sul. Primeiro “amaciavam” uma ilha, enfraquecendo a resistência com bombardeios nas fortificações a partir de navios ao longo da costa. A seguir, um peque¬no grupo de fuzileiros invadia a ilha e estabelecia uma cabeça-de-praia” — minúscula parte da ilha que podiam controlar. Uma vez que a cabeça-de-praia estivesse segura, começavam o longo processo de libertação do resto da ilha, pouco a pouco. Com o tempo, toda a ilha ficava sob controle, mas sempre com algumas batalhas duras.
Adams traçou esta analogia: antes de Cristo invadir nossa vida na conversão, ele algumas vezes tem de nos “amaciar”, permitindo alguns problemas com os quais não pode¬mos lidar. Embora algumas pessoas abram a vida para Cristo tão logo ele bata à porta, a maioria de nós resis¬te e fica na defensiva. A experiência que temos antes da conversão é Je¬sus dizendo: “Eis que estou a porta e bombardeio”!
No instante em que você se abre para Cristo, Deus estabelece uma “cabeça-de-praia” em sua vida. Você pode imaginar que já entregou toda a vida a ele, mas a verdade é que há uma grande parte dela da qual você nem tem conhecimento. Você só pode dar a Deus o tanto que compreende naquele momento. Está ótimo! Uma vez que Cristo tenha uma cabeça-de-praia, ele começa a campanha para conquistar mais e mais território, até que sua vida seja completamente dele. Existirão lutas e batalhas, mas a vitória é certa. Deus prometeu que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la.1
Discipulado é o processo no qual se toma a forma de Cristo. A Bíblia diz: ... a fim de que o corpo todo seja edificado até chegar o tempo em que, na unidade da fé em comum e do conhecimento em comum do Filho de Deus, alcancemos a verdadeira maturidade — aquela medida de desenvolvimento implícita na expressão “a pleni¬tude de Cristo”.2 Tornar-se semelhante a Cristo é seu destino final, mas a jornada durará toda uma vida.
Até aqui, vimos que essa jornada envolve acreditar (pela adora¬ção), pertencer (pela comunhão) e transformar-se (pelo discipulado). Deus quer que todos os dias você se torne mais parecido com ele: Você começou a viver uma nova vida, na qual está sendo feito de novo e se tornando como aquele que o criou.3
Hoje somos obcecados por velocidade, mas Deus se interessa mais por força e estabilidade do que por rapidez. Queremos o jeitinho, o atalho, a solução imediata. Queremos um sermão, um seminário ou uma experiência que resolva instantaneamente todos os problemas, retire to¬das as tentações e nos alivie de toda dor. Mas a verdadeira maturidade nunca chega depois de uma única experiência, pois mais que seja poderosa ou emocionante. Crescer é um processo gradual. A Bíblia diz: Nossa vida vai se tornando gradualmente mais brilhante e mais boni¬ta à medida que Deus entra nela e nos tornamos semelhantes a ele.4

Por que demora tanto tempo?
Embora Deus possa transformar-nos instantaneamente, ele escolheu nos desenvolver vagarosamente. Jesus é cauteloso no desenvolvi¬mento de seus discípulos. Assim como Deus permitiu que os israeli¬tas se apoderassem da Terra Prometida aos poucos,5 para que eles não fossem sobrepujados, ele prefere trabalhar gradualmente em nossa vida.
Por que levamos tanto tempo para mudar e crescer? Existem vári¬as razões.

Aprendemos lentamente. É comum termos de aprender uma li¬ção quarenta ou cinqüenta vezes para realmente captá-la. O proble¬ma se repete periodicamente, e pensamos “De novo, não! Eu já aprendi isso!”, mas Deus é quem de fato sabe o de que precisamos. A história de Israel demonstra quão depressa nos esquecemos das lições que Deus nos ensina e a rapidez com que retornamos aos velhos padrões de comportamento. Precisamos de reiteradas explicações.

Temos muito a desaprender. Muitas pessoas vão ao psicólogo com um problema pessoal ou re¬lacionai que levou anos para se desenvolver e di¬zem: “Preciso que você dê um jeito em mim. Tenho uma hora”. Ingenuamente esperam uma solução rápida para uma dificuldade enraizada há anos. Como a maioria de nossos problemas e todos os nos¬sos hábitos ruins não se desenvolvem da noite para o dia, não tem cabimento esperar que desapareçam imediatamente. Não há pílula, oração ou teoria que desfaça instantaneamente os danos de muitos anos. É necessário o trabalho duro de eliminação e substitui¬ção. A Bíblia chama isso despir-se do velho homem e revestir-se do novo homem.6 Ainda que tenha recebido uma natureza inteiramente nova no momento da conversão, você ainda preserva os velhos hábi¬tos, padrões e práticas que precisam ser eliminados e substituídos.

Temos medo de humildemente encarar a verdade sobre nós. Já destaquei que a verdade nos libertará, mas com freqüência nos torna, antes de tudo, infelizes. O medo do que poderíamos descobrir se encarássemos honestamente os defeitos de nosso caráter nos mantém aprisionados, negando a realidade. Somente quando se per¬mite que Deus brilhe a luz de sua verdade sobre nossas faltas, fra¬cassos e traumas é que podemos começar a trabalhar neles. É por isso que não podemos crescer sem uma postura de humildade dis¬posta para a instrução.

Crescer é quase sempre doloroso e assustador. Não há cresci¬mento sem mudanças, não existem mudanças sem medo ou perdas e não há perda sem dor. Toda mudança envolve perda de algum tipo. Você deve se livrar dos velhos hábitos para experimentar os novos. Tememos essas perdas, mesmo que nossos antigos costu¬mes estejam fadados ao fracasso, pois, como um par de sapatos usa¬dos, eram ao menos confortáveis e conhecidos.
Não raro as pessoas formam sua identidade em torno de seus defeitos.
Dizemos: “É bem o meu jeito de ser...” e “É desse jeito que eu sou”. A preocupação inconsciente é que, se eu me livrar de meu hábito, mi¬nha dor ou minha inibição, em que me tornarei? Esse medo pode certamente retardar seu crescimento.

Hábitos levam tempo para se desenvolver. Lembre-se de que seu caráter é a soma total de seus hábitos. Você não pode se dizer gentil, a menos que seja habitualmente gentil; você demonstra gen¬tileza sem nem mesmo pensar nisso. Você não pode afirmar que é integro, a menos que tenha o hábito de ser honesto. O marido fiel à mulher a maior parte do tempo não é de modo algum fiel! Seus hábitos definem seu caráter.
Só há uma maneira de desenvolver os hábitos do caráter seme¬lhante ao de Cristo: praticá-los; e isso leva tempo! Não existem hábi¬tos instantâneos. Paulo exortou Timóteo: Pratique essas coisas. De¬dique sua vida a elas, para que todos possam ver seu progresso.7
Com tempo de prática, você fica bom em qualquer coisa. A repeti¬ção é a mãe do caráter e da habilidade. Os hábitos que constroem o caráter são em geral chamados “disciplinas espirituais”, e existem dezenas de ótimos livros que ensinam a aplicá-las. Veja no “Apêndice 2” uma lista de livros recomendados para o crescimento espiritual.

Não se apresse
À medida que você cresce em direção à maturidade espiritual, exis¬tem várias formas de cooperar com Deus durante o processo.

Creia que Deus está operando em sua vida, mesmo quando você não o sente. O crescimento espiritual é um trabalho às vezes tedioso, que progride um passo por vez. Conte com uma melhora gradual. A Bíblia diz: Tudo na terra tem seu próprio tempo e sua própria estação.8 Na vida espiritual, também existem estações. Às vezes você terá uma curta e intensa explosão de crescimento (esta¬ção da primavera), seguida por um período de estabilidade e prova¬ções (outono e inverno).
E quanto aos problemas, hábitos e mágoas que você gostaria de eliminar miraculosamente? Não há nada de errado em orar por um milagre, mas não fique decepcionado se a resposta vier por meio de uma mudança gradual. Com o tempo, uma correnteza lenta e firme desgastará a mais dura rocha e transformará penhascos gigantes em seixos. Com o tempo, um pequeno broto pode se transformar em uma sequóia gigante com mais de cem metros de altura.

Mantenha um caderno ou um diário com as lições aprendidas. Não se trata de um diário dos acontecimentos, mas de um registro do que você aprendeu. Anote os discernimentos e lições de vida que Deus lhe ensina sobre ele, sobre você, sobre a vida, sobre relaciona¬mentos e sobre tudo o mais. Registre-os para que você possa revisá-los, relembrá-los e passá-los para a próxima geração.9 A razão pela qual devemos reaprender as lições é que as esquecemos. Reler seu diário espiritual regularmente pode lhe poupar muito sofrimento e desgosto desnecessários. A Bíblia diz: É crucial que prestemos muita atenção no que ouvimos, de modo que não nos desviemos.10

Seja paciente com Deus e consigo mesmo. Uma das frustra¬ções da vida é que o cronograma de Deus raramente é igual ao nos¬so. Estamos quase sempre apressados quan¬do Deus não está. Talvez você se sinta frus¬trado com o progresso aparentemente len¬to que está fazendo na vida. Não se esque¬ça de que Deus nunca é apressado, mas é sempre pontual. Ele usará todo o seu tem¬po de vida a fim de prepará-lo para sua função na eternidade.
A Bíblia é cheia de exemplos de como Deus usa longos processos para desenvolver o caráter, especialmente nos líderes. Ele levou oi¬tenta anos para preparar Moisés, incluindo quarenta no deserto. Por 14 600 dias ficou esperando e matutando: “Será que está na hora?”. Mas Deus continuava dizendo: “Ainda não”.
Ao contrário dos títulos de livros populares, não existem passos fáceis para a maturidade ou segredos da santidade instantânea.
Quando Deus quer fazer um cogumelo, ele o faz da noite para o dia; mas quando quer fazer um carvalho gigante, leva cem anos. Grandes almas são desenvolvidas através de lutas, tempestades e períodos de sofrimento. Tenha paciência com o pro¬cesso. Tiago aconselhou: Não tentem se desviar de nada prematuramente. Deixem as coisas acontecerem, para que vocês se tornem maduros e desenvolvidos.11

Não desanime. Quando Habacuque ficou deprimido por achar que Deus não estava agindo rápido o suficiente, Deus lhe disse: Essas coisas que planejei não acontecerão porém imediatamente. Devagar, firmemente, e com certeza, vai se aproximando o tempo em que a visão será cumprida. Se parecer demorar muito, não se deses¬pere, porque tudo vai acontecer mesmo! Seja paciente! O cumprimen¬to dessa promessa não vai chegar nem um dia atrasado!12 O atraso não é uma negativa de Deus.
Lembre-se de quanto você já passou, não de quanto terá de pas¬sar. Você não está onde quer, mas também não está onde costumava estar. Anos atrás, alguns americanos usavam um broche com as le¬tras PFSPDANCAODEM.. Significava: “Por favor, seja paciente. Deus ainda não concluiu a obra dele em mim”. Deus também ainda não concluiu a obra dele em você; então continue em frente. Até mesmo a lesma alcançou a arca por perseverar!

VIGÉSIMO OITAVO DIA
PENSANDO SOBRE MEU PROPÓSITO

Um tema para reflexão: Não existem atalhos para che-gar à maturidade.

Um versículo para memorizar: Deus começou a fazer uma boa obra em vocês, e tenho certeza de que ele a continuará até que seja concluída, quando Jesus Cristo voltar outra vez (Filipenses 1.6; NCV).

Uma pergunta para meditar: Em qual área de meu cresci¬mento espiritual preciso ser mais paciente e persistente?

sábado, 23 de junho de 2012

40 Dias de Propósitos - Dia 27 - Derrotando a tentação

Fuja de qualquer coisa que lhe provoque os pensamentos malignos que os rapazes muitas vezes têm, mas aproxime-se de qualquer coisa que o leve a querer fazer o bem. Tenha fé e amor, e sinta prazer na companhia daqueles que amam o Senhor e têm coração puro.
2 Timóteo 2.22; BV

Lembrem-se de que as tentações que sobrevêm à vida de vocês não são diferentes das que outros experimentam. E Deus é fiel Ele impedirá que a tentação se torne tão forte que vocês não possam suportá-la. Quando forem tentados, ele lhes mostrará uma saída, de modo que vocês não venham a cair.
1 Coríntios 10.13; NLT

Sempre há uma saída.
Pode ser que às vezes você sinta que uma tentação é forte demais para ser tolerada, mas isso é uma mentira de Satanás. Deus prome¬teu nunca permitir que houvesse sobre você mais do que ele colocou dentro de você para lidar com a situação. Ele não permitirá nenhu¬ma tentação que você não possa superar. Entretanto, você também deve fazer sua parte, praticando quatro fundamentos bíblicos para derrotar a tentação.

Redirecione sua atenção para outra coisa. Pode lhe surpreen¬der, mas em nenhuma parte da Bíblia há orientação para “resistir à tentação”. Somos orientados a resistir ao Diabo,1 mas isso é muito diferente, como explicarei mais tarde. Em vez disso, somos aconse¬lhados a redirecionar nossa atenção, porque resistir a um pensa¬mento não funciona. Isso só aumenta nossa concentração na coisa errada e fortalece a sedução. Deixe-me explicar.
Toda vez que você tenta bloquear um pensamento, você o empur¬ra mais para o fundo de sua memória. Resistindo, você na verdade o fortalece. Isso ocorre principalmente com as tentações. Você não der¬rota a tentação combatendo a sensação que ela traz. Quanto mais você combate um sentimento, mais ele consome e controla você. Você o fortalece cada vez que pensa nele.
Como a tentação sempre começa com um pensamento, a forma mais rápida de neutralizar seu fascínio é desviar sua atenção para outra coisa. Não combata o pensamento, apenas mude o canal de sua mente e concentre seu interesse em outra idéia. Esse é o primeiro passo para derrotar a tentação.
Você ganha ou perde a batalha contra o pecado na mente. O que prende sua atenção prenderá você. Foi por isso que Jó falou: Fiz acordo com os meus olhos de não olhar com cobiça para as moças.2 E Davi orou: Não me deixes ficar pensando em coisas sem valor.3
Você já assistiu a um anúncio de comida na televisão e de forma súbita sentiu-se faminto? Você já ouviu alguém tossir e imediata¬mente sentiu vontade de limpar a gar¬ganta? Já assistiu a alguém dando um grande bocejo e sentiu o impulso de bocejar? [Você talvez esteja bocejando agora mesmo enquanto lê isto!] Esse é o poder da sugestão. Naturalmente nos movemos para onde dirigimos a atenção. Quanto mais você pensa a respeito de alguma coisa, com mais força ela se apodera de você.
É por isso que ficar repetindo “Eu preciso parar de comer tanto... ou parar de fumar... ou de me entregar ao desejo sexual ilícito” é uma estratégia contraproducente. Ela o mantém concentrado no que você não quer. É como anunciar: “Nunca vou fazer o que minha mãe fez”. Dizendo isso, você está apenas se programando para repetir o que foi feito.
A maioria das dietas não funciona porque mantém você pensan¬do em comida o tempo todo, garantindo que você ficará faminto. Do mesmo modo, um orador que fique repetindo para si mesmo “Não fique nervoso!” programa-se para ficar nervoso! Em vez disso, ele deveria concentrar seus pensamentos em qualquer coisa, exceto suas sensações. Poderia concentrar-se em Deus, na importância do dis¬curso ou nas necessidades dos que irão ouvi-lo.
A tentação começa capturando sua atenção. O que capta sua atenção desperta suas emoções. Então, suas emoções ativam seu comportamento e você age baseado no que sente. Quanto mais você se concentrar em “eu não quero fazer isso”, com mais força isso o aprisionará em sua teia.
Ignorar a tentação é muito mais eficiente do que combatê-la. Uma vez que sua mente esteja focada em alguma outra coisa, a tentação perde a força. Então, quando a tentação o chamar ao telefone, não discuta com ela, apenas desligue!
Não é raro que isso signifique sair fisicamente de uma situação tentadora. Trata-se de uma ocasião em que não é errado fugir. Levan¬te e desligue o televisor. Afaste-se de um grupo que está fofocando. Deixe o cinema no meio do filme. Não fique evitando o ferrão; afaste-se das abelhas. Faça o que for necessário para desviar sua atenção em outra direção.
Da perspectiva espiritual, a mente é seu órgão mais vulnerável. Para reduzir a tentação, mantenha-a ocupada com a Palavra de Deus e com bons pensamentos. Você derrota os maus pensamentos pen-sando em algo melhor. É o princípio da substituição. Você sobrepuja o mal com o bem.4 Satanás não pode tomar sua atenção quando sua mente está preo¬cupada com algo mais. É por isso que a Bíblia insiste em que mantenhamos a mente direciona¬da: Fixem os seus pensamentos em Jesus.5 Lem¬bre-se de Jesus Cristo.6
Encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadei¬ro, digno, correto, puro, agradável e decente.7 Se você realmente quer derrotar a tentação, deve administrar sua mente e controlar o que absorve na mídia. O mais sábio homem que já viveu advertia: Tenha cuidado com o que você pensa, pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos.8 Não permita que lixo entre em sua mente sem critério. Seja seletivo. Escolha cuidadosamente aquilo em que pensar. Siga o exemplo de Paulo: Levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo.9 Isso exige a prática de toda uma vida, mas com a ajuda do Espírito Santo você pode reprogramar sua forma de pensar.

Revele sua luta a um amigo devoto ou a um grupo de apoio. Você não tem de espalhar para todo o mundo, mas precisa ao menos de uma pessoa com quem possa abertamente partilhar sua luta. A Bíblia diz: É melhor ter um amigo do que ficar sozinho [...] se você cai, seu amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas, se você cai sem ter um amigo por perto, está realmente em dificuldades.10
Deixe-me ser claro: se você está perdendo a batalha contra um mau hábito persistente, um vício ou uma tentação e está emperrado em um ciclo repetitivo de “intenção-fracasso-culpa”, não irá se recupe¬rar por conta própria! Você precisa da ajuda de outras pessoas. Algu-mas tentações são vencidas somente com a ajuda de um parceiro que ore por você e o incentive; alguém a quem você possa prestar contas. O plano de Deus para seu crescimento e libertação inclui outros cristãos. A comunhão honesta e autêntica é o antídoto para sua luta solitária contra os pecados difíceis de vencer. Deus diz que essa é a única forma de conseguir escapar: Portanto, confessem os seus pe¬cados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados.11
Você realmente quer ser curado daquela tentação persistente, que o segue derrotando continuamente? A solução de Deus é simples: não a reprima, confesse! Não a oculte, exponha. Expor seus senti¬mentos é o início da cura.
Esconder a dor só a intensifica. Os problemas crescem na escuri¬dão, tornando-se cada vez maiores; mas, expostos à luz da verdade, murcham. Suas enfermidades têm a medida de seus segredos. Então tire a máscara, pare de fingir ser perfeito e venha para a liberdade.
Na Igreja de Saddleback, temos visto o impressionante poder desse princípio romper o domínio de tentações persistentes e de vícios apa¬rentemente irrecuperáveis, por meio de um programa desenvolvido por nós chamado Celebrate Recovery [Celebrando a Recuperação]. É um processo bíblico de recuperação com oito etapas, baseado nas bem-aventuranças de Jesus e fundamentado em torno de pequenos grupos de apoio. Nos últimos dez anos, mais de cinco mil vidas foram libertas de todo tipo de hábitos, mágoas e vícios. Hoje, o programa é utilizado em milhares de igrejas. Eu o recomendo fervorosamente a sua igreja.
Satanás quer que você pense que seu pecado e sua tentação são exclusivos e que por isso você deve mantê-los em segredo. A verdade é que estamos todos no mesmo barco. Todos combatemos as mesmas tentações,12 e todos pecaram.13 Milhões já sentiram o que você sente e enfrentam as mesmas lutas que você enfrenta neste momento.
O motivo pelo qual escondemos nossos pecados é o orgulho. Que¬remos que os outros pensem que temos tudo “sob controle”. A verda¬de é que qualquer assunto sobre o qual você não possa falar já está fora de controle na sua vida: problemas com finanças, casamento, crianças, pensa¬mentos, sexualidade, hábitos secretos ou qualquer outra coisa. Se você pu¬desse resolvê-los por conta própria, já o teria feito. Mas não pode. Decisões pessoais e força de vontade não são suficientes.
Alguns problemas estão muito arraigados, tornaram-se muito rotineiros e muito grandes para que você os solucione por conta própria. Você precisa de um grupo pequeno ou de um parceiro para prestar contas, que vai incentivá-lo, apoiá-lo, orar por você, amá-lo incondicionalmente e chamá-lo à responsabilidade. Depois então, você pode fazer o mesmo por ele.
Sempre que alguém confia em mim, dizendo “Eu nunca disse isso a ninguém”, fico entusiasmado com aquela pessoa, porque sei que ela está para experimentar um grande alívio e libertação. A válvula de pressão está para ser aberta, e pela primeira vez ela vislumbrará uma esperança para o futuro. Isso sempre acontece quando fazemos o que Deus nos manda fazer; quando admitimos nossas lutas a um amigo que seja um cristão consagrado.
Deixe-me fazer uma pergunta difícil. O que você finge não ser um problema na sua vida? De que você tem medo de falar? Você não irá resolver isso por conta própria. Sim, é humilhante admitir nossas fra¬quezas perante outras pessoas, mas é exatamente a falta de humildade que o está impedindo de melhorar. A Bíblia diz: Deus se opõe aos orgu¬lhosos, mas concede graça aos humildes. Portanto, submetam-se a Deus.14

Resista ao Diabo. Após termos nos humilhado e submetido a Deus, somos orientados a desafiar o Diabo. A parte final de Tiago 4.7 diz: Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês. Não nos resignemos pacificamente diante de seus ataques. Devemos contra-atacar.
O Novo Testamento descreve muitas vezes a vida cristã como uma batalha espiritual contra as forças do mal, utilizando termos que aludem à guerra, como: “batalha”, “conquistar”, “luta” e “supe¬rar”. Os cristãos são muitas vezes comparados a soldados servindo em território inimigo.
Como podemos resistir ao Diabo? Paulo explica: Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.15 O primeiro passo é aceitar a salvação de Deus. Você não será capaz de dizer não ao Diabo, a menos que tenha dito sim a Cristo. Sem Cristo não temos defesas contra o Diabo, mas com “o capacete da salvação” nossa mente é protegida por Deus. Lembre-se disto: se você é crente, Satanás não pode obrigá-lo a fazer coisa alguma. Pode apenas sugerir.
Segundo, você deve usar a Palavra de Deus como arma contra Satanás. Jesus deu o exemplo dessa atitude quando foi tentado no deserto. Toda vez que Satanás sugeria uma tentação, Jesus reagia citando as Escrituras. Ele não discutiu com Satanás. Ele não disse “Não estou com fome”, quando foi tentado a usar seu poder para uma necessidade pessoal. Ele simplesmente citou uma parte das Escrituras que havia memorizado. Nós devemos fazer o mesmo. Há poder na Palavra de Deus, e Satanás a teme.
Jamais tente argumentar com o Diabo. Ele argumenta melhor do que você, pois teve milhares de anos para praticar. Você não pode enganar Satanás com sua lógica ou opinião, mas pode usar a arma que o faz tremer — a verdade de Deus. É por isso que memorizar as Escrituras é absolutamente essencial para derrotar as tentações. Você a acessa rapidamente quando é tentado. Como Jesus, você tem a verdade guardada no coração, pronta para ser lembrada.
Se você não sabe nenhum versículo bíblico de cor, sua arma está sem balas! Eu o convido a memorizar um versícu¬lo por semana, pelo resto de sua vida. Imagine como você ficará mais forte!

Perceba sua vulnerabilidade. Deus nos adverte para nunca ficarmos orgu¬lhosos ou muito confiantes, que é a receita para a desgraça. Jeremias disse: O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua do¬ença é incurável.16 Isso significa que somos bons em enganar a nós mesmos. Nas circunstâncias adequadas, qualquer um de nós é capaz de qualquer pecado. Não devemos jamais baixar a guarda e imaginar que somos imunes às tentações.
Não se ponha por descuido em situações que lhe tragam tenta¬ções. Evite-as.17 Lembre-se de que é mais fácil ficar fora das tenta¬ções do que sair delas. A Bíblia diz: Não seja imaturo nem autoconfiante. Você não é exceção. Você pode cair de cara no chão, como qualquer um. Esqueça a autoconfiança; ela não vale nada. Cultive a confiança em Deus.18

VIGÉSIMO SÉTIMO DIA
PENSANDO SOBRE MEU PROPÓSITO

Um tema para reflexão: Sempre há uma saída.

Um versículo para memorizar: Deus é fiel. Ele impedirá que a tentação se torne tão forte que vocês não possam suportá-la. Quando forem tentados, ele lhes mostrará uma saída, de modo que vocês não venham a cair (1 Coríntios 10.13; NLT).

Uma pergunta para meditar: A quem eu poderia pedir para ser meu parceiro espiritual, para me ajudar a derro¬tar uma tentação persistente, orando por mim?