sábado, 19 de julho de 2014

Devocional#34 - A CRUZ E O SACERDÓCIO UNIVERSAL


Texto para memorização:
“Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos.”
1 Pedro 2.21


Sacerdócio universal significa que a cruz de Cristo nivelou todos os homens.

E nivelou tanto por cima, como por baixo.

A cruz nos nivelou “por baixo”, porque a Bíblia diz que todos os homens são pecadores: “pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”. Todos estão debaixo da mesma condenação. Não há um justo sequer”.

A cruz nos nivelou “por cima”, porque ainda que pecadores, fomos redimidos, e a imagem de Deus foi reavivada em nós: Portanto, agora já não condenação para os que estão em Cristo Jesus”.

Agora todos podem aceitar a oferta de Deus de salvação e, por causa do sacrifício de Cristo, estão aptos a compor o reino de sacerdotes, o reino de Deus.

Na verdade a cruz me mostra duas coisas opostas: O quão miserável eu sou, e o quão amado eu sou. Miserável, porque nada em mim pode impressionar Deus; amado, porque apesar disso, Deus investiu o que tinha de mais precioso na minha redenção.

E aquilo que recebi de graça, preciso levar adiante de graça e com graça.

A cruz me lembra que viver o sacerdócio universal, significa tornar-se a resposta de Deus para a necessidade de alguém.

Você não precisa ser “alguém importante” para fazer isso. Precisa apenas disponibilizar-se para ser a resposta de Deus para a necessidade de alguém.

Na realidade, não se trata nem mesmo de uma escolha sua. O próprio Deus já te escolheu. Tudo o que você precisa é se disponibilizar: Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome. Este é o meu mandamento: Amem-se uns aos outros”.

A cruz de Cristo é a fonte e inspiração do sacerdócio universal de todos os cristãos. Nela, Jesus nos deu o supremo exemplo da nossa missão. Ele foi a resposta de Deus para um mundo perdido e em sofrimento.

Viver esse sacerdócio é ser a resposta de Deus hoje à necessidade de alguém.

Siga o exemplo do Mestre Jesus: ofereça sua vida em sacrifício de louvor!



© Emanoel Florencio Mannô

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Oração

Querido Deus, muito obrigado pelo sacrifício de Cristo na cruz. Sei que por mim mesmo não poderia fazer nada para estar diante de Ti de uma forma correta. Sei que sempre foi necessário um mediador entre o homem e Deus. Sendo assim, obrigado por nos escolher, em Cristo Jesus, para vivermos o sacerdócio santo e oferecermos sacrifícios espirituais a Ti; sacrifícios de louvor. Ensina-me a viver nesse reino de sacerdotes no qual eu possa me aproximar de Ti pela fé, aguardar por Cristo com esperança e encorajar os meus irmãos em amor. Ajude-me a viver de forma disponível para ser a Sua resposta à necessidade de alguém, que eu possa viver de forma encarnacional, ou seja, em serviço nesse mundo. Amém.
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O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria. 

Devocional#33 - RELACIONAMENTOS HORIZONTAIS


Texto para memorização:
“Não há mais judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus.”
Efésios 3.28


A nova aliança em Cristo fez emergir uma importante característica entre os seguidores de Jesus: a interdependência.

No exercício do sacerdócio universal não dependemos mais de sacerdotes intermediários entre nós e Deus, mas dependemos cada vez mais uns dos outros.

Amar uns aos outros, cuidar uns dos outros, servir uns aos outros, suportar uns aos outros, orar uns pelos outros, compadecer-se uns dos outros, chorar com os que choram, alegrar-se com os que se alegram; tudo isso é o que ensina o Novo Testamento como marca dos discípulos de Jesus dentro da nova aliança.

À essa interdependência chamamos mutualidade, isto é, quando um grupo de pessoas se unem para prestar ajuda mútua e solidária. Nesse ambiente comunitário o uso dos dons assume um papel central, posto que todos se encorajam e experimentam a força da comunhão em tudo o que fazem.

Isto quer dizer que você precisa de outras pessoas e outras pessoas precisam de você. O nome disso é comunidade. E na comunidade os relacionamentos são horizontais, isto é, todos têm a mesma importância porque todos compomos um corpo: o corpo místico de Cristo.

Em um corpo, não faz sentido perguntar quem é o mais importante porque precisamos de todos os órgãos e, portanto, tudo no corpo é importante. A diferença está apenas nas responsabilidades das funções. Cada um precisa fazer a sua parte para que o corpo desfrute de saúde plena.

Na vivência do sacerdócio universal de todos os cristãos, deixamos de ter necessidade de sacerdotes, para dependermos ainda mais uns dos outros. Agora, os relacionamentos humanos não são mais verticais, isto é, de cima para baixo. Agora os relacionamentos são horizontais, lado a lado, de forma cooperativa.

Precisamos de todas as pessoas e de todos os dons. Precisamos de gente que pregue, ensine, visite, contribua, acolha, cuide das crianças, dos velhos, dos doentes, dos necessitados, enfim, precisamos de cada um e de todos.

No corpo de Cristo todos estão autorizados e comissionados a servir, cada um conforme sua vocação, sem intermediários e sem hierarquias, tendo apenas Cristo como cabeça e o amor como vínculo da paz.

Exercer o sacerdócio universal não é coisa de pastor; é coisa de cada discípulo de Jesus. É por isso que somos a comunidade do reino e a comunidade dos dons, onde todos exercem o sacerdócio e estão aptos a oferecer sacrifícios de louvor a Deus, servindo em suas vocações.

Você é a resposta de Deus para a dor, a solidão e a fraqueza de outra pessoa. E alguém será a resposta de Deus para sua dor, sua solidão e sua fraqueza. Nesse ambiente de comunidade nos encorajamos e o poder e amor de Deus se manifestam conforme as palavras de Jesus: Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome ali estarei!”

Quando todos seguem a verdade em amor, o corpo de Cristo se edifica a si mesmo. Vamos nos tornando sacerdócio real, isto é, um reino de sacerdotes, a comunidade dos que servem em amor, com os dons, em comunhão, provendo cura em nome de Jesus.

Isso define nosso papel no mundo; define a nossa missão. Vamos nos conscientizando de que, como igreja, o propósito que Deus tem para nós não é ser mais uma instituição religiosa, nem um auditório dominical para que alguém venha cumprir seus deveres religiosos.

Nossa missão é ser uma comunidade, isto é, um lugar em que fazemos da nossa vida algo comum a todos. Um lugar em que cuidamos uns dos outros, vivendo relacionamentos horizontais, tendo Cristo como centro da vida.

© Emanoel Florencio Mannô
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Oração
Querido Deus, muito obrigado pelo sacrifício de Cristo na cruz. Sei que por mim mesmo não poderia fazer nada para estar diante de Ti de uma forma correta. Sei que sempre foi necessário um mediador entre o homem e Deus. Sendo assim, obrigado por nos escolher, em Cristo Jesus, para que tenhamos um relacionamento direto contigo, sem mediadores humanos. Ajude-me praticar a minha responsabilidade nessa terra; sendo responsável pela minha vida espiritual, pelo cuidado com meu irmão, pelo mandato de sinalizar o Seu reino em todas as áreas da vida, ou seja, por nos incluir num reino de sacerdotes. Amém.
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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Devocional#32 - LIBERDADE E RESPONSABILIDADE


Texto para memorização:
Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus”.
               1 Pedro 2.16




Agora que você já sabe que o que se chama de sacerdócio universal de todos os cristãos é privilégio e liberdade de todo cristão estar diante de Deus em comunhão pessoal, por meio de Jesus Cristo, recebendo diretamente o perdão, sem a necessidade de recorrer a nenhum intermediário humano, precisa saber também algo muito importante: liberdade gera responsabilidade!

Eis a primeira implicação: você é responsável por você mesmo na sua jornada espiritual. Se o sacerdócio universal de todos os cristãos trouxe esse privilégio de acessar Deus diretamente, também nos fez responsáveis pela nossa condição espiritual.

Você não pode nem culpar alguém, nem creditar a alguém a sua situação espiritual. Seu relacionamento com Deus não é responsabilidade de ninguém a não ser você. Não depende de pastor, de padre, de bispo, de apóstolo, ou de qualquer outro intermediário.

Ninguém pode responder a Deus em seu nome. Há um relacionamento pessoal entre você e Deus que implica em privilégio e responsabilidade.

Agora, veja se tem sentido alguém dizer que está debaixo da cobertura espiritual de alguém, seja pastor, bispo, apóstolo, ou qualquer outro título eclesiástico.  Se todos fomos chamados ao sacerdócio universal, a única cobertura espiritual eficaz é estar coberto pelo sangue de Jesus.

Qualquer outra pretensa cobertura, não só é ineficaz, como é um estelionato, porque só Jesus é o mediador entre Deus e os homens.

Não se pode terceirizar a vida espiritual. Cada um de nós prestará contas a Deus daquilo que fez com a própria vida. O sacerdócio universal dos crentes abre possibilidades, mas também gera responsabilidades.

Vale lembrar o sábio conselho do apóstolo Pedro: Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus” (1Pe 2.16).

liberdade e responsabilidade resultantes do sacerdócio universal, traz à relevo um importante princípio da reforma protestante: podemos buscar a Deus toda hora, em todo lugar, através de tudo o que fazemos, isto é, em Cristo, somos sacerdotes de nós mesmos.


© Emanoel Florencio Mannô
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Oração
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Devocional#31 - UM REINO DE SACERDOTES


Texto para memorização:
“Vocês estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual, para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus por meio de Jesus Cristo”
                             1 Pedro 2.5

Desde tempos imemoriais Deus havia desejado formar um reino de sacerdotes. Ainda no tempo de Moisés, no monte Sinai, Deus diz aos israelitas: se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal dentre todas as nações. Vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa”. (Ex 19.5-6)

Esse desejo é novamente manifesto nos tempos do profeta Isaías: Vocês serão chamados sacerdotes do Senhor, ministros do nosso Deus”. (Isaías 61:6)

Porém, como se sabe, a nação de Israel falhou em guardar a aliança do Senhor. Falhou em ser essa nação de sacerdotes, cuja obediência revelaria ao mundo o significado de ser uma “nação cujo Deus é o Senhor”.

Se Israel falhou em sua parte na aliança, Deus não falhou em cumprir sua promessa de redenção da humanidade através da semente da mulher. Mesmo com as gritantes falhas da nação de Israel, Deus cumpre sua promessa de trazer ao mundo a criança que “esmagaria a cabeça da serpente”. É do útero dessa nação vacilante que Deus suscita o nascimento do Seu Filho, o messias prometido.

Em Jesus o desejo de Deus é cumprido. Em Jesus se inicia um novo sacerdócio, eternamente eficaz. Em Jesus um novo povo é formado e uma nova aliança estabelecida; e esta nova aliança possibilita a todos que dela fazem parte o exercício do sacerdócio.

Por causa do sacrifício eficaz de Cristo, o sacerdócio não está mais limitado a um grupo de sacerdotes, separados para o serviço na casa do Senhor, aptos para terem acesso ao Pai.

Todos os que estão sob o senhorio de Cristo foram feitos sacerdotes de Deus: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus...” (I Pe 2:9)

Há pelo menos três aspectos que passam fazer parte da vida desse novo sacerdócio real, descrito pelo escrito aos Hebreus: “Aproximemo-nos de Deus... apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos... consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras”. (Hb 10.22-24)

Em primeiro lugar, nesse reino de sacerdotes, um coração sincero e com plena convicção de  em Cristo, resulta em um acesso contínuo a Deus, sendo esse o maior de todos os privilégios. O reino de sacerdotes é um reino de fé!

Em segundo lugar, há um chamado para apegar-se na expectativa confiante que se concentra na vinda de Cristo e na glória que está por vir, porque aquele que prometeu é fiel”. O reino de sacerdotes é um reino de esperança!

Finalmente, esse reino é marcado pela mutualidade, isto é, a atitude de encorajar e desafiar uns aos outros ao amor e às boas obras, mantendo a regularidade nos encontros de comunhão. O reino de sacerdotes é um reino de amor!

Em suma, nesse reino de sacerdotes, somos exortados a nos aproximar de Deus pela , esperar por Cristo com esperança, e encorajar uns aos outros em amor.

Não por acaso o apóstolo Paulo nos ensina que “permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor”. (1Co 13.13)

Como se vê, o sacerdócio real é trinitário em todas as dimensões.

© Emanoel Florencio Mannô
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Oração

Querido Deus, muito obrigado pelo sacrifício de Cristo na cruz. Sei que por mim mesmo não poderia fazer nada para estar diante de Ti de uma forma correta. Sei que sempre foi necessário um mediador entre o homem e Deus. Sendo assim, obrigado por nos escolher, em Cristo Jesus, para vivermos o sacerdócio santo e oferecermos sacrifícios espirituais a Ti. Ensina-me a viver nesse reino de sacerdotes no qual eu possa me aproximar de Ti pela fé, aguardar por Cristo com esperança e encorajar os meus irmãos em amor. Amém.
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terça-feira, 15 de julho de 2014

Devocional#30 - JESUS E O CUMPRIMENTO DO ANTIGO SISTEMA SACERDOTAL


Texto para memorização:
“Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”.
João 1.29

É impressionante como Deus se utilizou do antigo sistema sacrifical hebraico/judaico para educar a nação de Israel sobre a santidade de Deus e também sobre as sérias consequências do pecado.

Termos e conceitos como pecado, lei, sacrifício, sacerdote, expiação, perdão, redençãosantificação, passaram a fazer parte da vida da nação. Era Deus preparando a consciência da nação para a chegada de Jesus ao nosso mundo, e alertando para a grandeza do significado dessa vinda.

Quando João Batista, na Palestina de dois mil anos atrás, aponta para Jesus e diz: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, os judeus de sua época sabiam perfeitamente do que ele estava falando, porque conheciam o sistema sacrificial antigo.

Então vem Jesus e adentra nosso mundo, vive uma vida irretocável de obediência e santidade, cumpre integralmente sua missão redentora, e se entrega à morte de Cruz, se identificando com aquele cordeiro que levava sobre si os pecados e culpas do povo e que era morto para que se cumprisse a justiça de Deus.

Ele vai à cruz, e lá ele dá a sua vida pelos pecados da humanidade, e ao fazer isso, de modo definitivo e perfeito - porque era isento de pecados -, Deus estabelece uma nova aliança com os homens tendo o sangue (vida) de Jesus como pagamento pela culpa.

Eis as belas palavras de Cristo registradas em Hebreus 10: Sacrifícios, ofertas, holocaustos e ofertas pelo pecado não quiseste, nem deles te agradaste, (os quais eram feitos conforme a lei mosaica). Aqui estou, vim para fazer a Tua vontade”. Diz ainda o autor de Hebreus“Pelo cumprimento dessa vontade fomos santificados, por meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido uma vez por todas”.

Com o sacrifício de sua própria vida, Jesus cumpre e substitui o antigo sistema sacrificial, inaugurando novo sacerdócio: o sacerdócio universal dos crentes. Para aqueles que creem em Jesus, suas culpas são transferidas e expiadas em Jesus, da mesma forma como a culpa de alguém era transferida para o animal a ser sacrificado no antigo sistema.

Mas a história da redenção não para por aí. Diferentemente dos sacrifícios do Antigo Testamento, Jesus não ficou preso ao túmulo e à morte. Na verdade a morte não pode detê-lo porque ele não tinha pecados, porque só pode haver morte se há o pecado. Sem o pecado, a morte perde o seu poder.

Por isso a Bíblia diz triunfalmente que Jesus venceu a morte! Deus o ressuscitou dos mortos, e ao ressuscitar, Jesus cumpre e substitui o antigo sistema sacerdotal/sacrificial, tornando-se agora Ele mesmo o nosso Sumo Sacerdote, eliminando a barreira que nos separava de Deus Pai, e fazendo dos seus seguidores uma nação de sacerdotes que ministram diretamente a Deus, em Seu nome!

Por causa de Jesus, todo ser humano tem acesso direto a Deus sem intermediários. Não é preciso mais de sacerdotes oficiais, nem sacrifícios de animais, nem é necessário esperar uma vez por ano. Agora o caminho está livre para Deus. Não por acaso Jesus disse de si mesmo: Eu sou o caminho...”

Em outras palavras, não é mais necessário o sacerdote do Antigo Testamento porque agora todos os crentes são sacerdotes, e têm acesso livre a Deus para oferecer, não mais sacrifícios de animais, mas sacrifícios espirituais e ações de graça. E é exatamente isso que a Bíblia chama de sacerdócio universal de todos os cristãos. É o privilégio e liberdade de todo cristão estar diante de Deus em comunhão pessoal, por meio de Jesus Cristo, recebendo diretamente o perdão, sem a necessidade de recorrer a nenhum intermediário humano.

Como sacerdotes de um novo tempo, cada seguidor de Jesus pode oferecer diretamente a Deus seus sacrifícios de louvor e de ação de graças. Também exercendo o sacerdócio universal, eles auxiliam as outras pessoas em suas necessidades, ajudando-as e levando suas necessidades a Deus através da intercessão.

Tudo isso somente foi possível por causa do que Jesus fez. Por isso Jesus é o Salvador dos homens e também ganhou o direito de ser Senhor dos homens.

“Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fp 2.9-11)


© Emanoel Florencio Mannô
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Oração
Querido Deus, muito obrigado pelo sacrifício de Cristo na cruz. Sei que por mim mesmo não poderia fazer nada para estar diante de Ti de uma forma correta. Sei pela Tua palavra que por muito tempo foi necessário um mediador entre o homem e Deus, e que, por conta da queda humana o homem pecador não poderia ter acesso direto à um Deus santo. Sendo assim, não teria outra coisa a lhe dizer nesse momento a não ser agradecê-lo por tão grande amor por mim. Muito Obrigado! Amém.
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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Devocional#29 - A BARREIRA ENTRE DEUS E OS HOMENS


Texto para memorização:
“Depois de ter bradado novamente em alta voz, Jesus entregou o espírito. Naquele momento, o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo.”
                                  Mateus 27.50-51

Se a nossa missão de vida no mundo é tornar conhecido o Reino de Deus, fazendo conhecida Sua vontade para o ser humano; se a mensagem desse reino é o evangelho, que é a boa notícia de Deus de que é possível uma nova vida através de Jesus Cristo, tendo ele como Salvador e Senhor; se o cumprimento da missão exige o fortalecimento dos relacionamentos, porque ninguém pode cumprir a missão de vida isoladamente; se o serviço em amor a Deus e às pessoas é a marca ou o estilo de vida dos cidadãos do Reino de Deus, então o que é o sacerdócio?

Sacerdócio é o ofício do sacerdote. É aquilo que faz o sacerdote, assim como a medicina é o ofício do médico.

E o que fazia o sacerdote nos tempos bíblicos? Ele era escolhido dentre o povo para se santificar e assim poder oferecer os sacrifícios a Deus pelo pecado do povo. Somente os sacerdotes estavam autorizados a se aproximarem do lugar santo e oferecer sacrifícios a Deus pelo perdão dos pecados dele e do povo.

Era uma pessoa divinamente consagrada para representar o homem diante de Deus. Nesse sentido o sacerdote era uma espécie de representante do povo perante Deus, cumprindo um papel de mediador entre os homens e Deus.

Na realidade, tanto o profeta quanto o sacerdote tinham um papel de medição, o de representantes dos homens perante Deus. O profeta falava da parte de Deus aos homens, enquanto o sacerdote falava da parte dos homens à Deus.

O profeta trazia a mensagem de Deus aos homens. O sacerdote levava à Deus as necessidades humanas. Exercer o sacerdócio, era consagrar-se a Deus para oferecer sacrifícios pelo pecado do povo.

Mas porque o sacerdote oferecia sacrifícios à Deus em nome do povo? Porque a santidade de Deus não podia conviver com o pecado humano. Aliás, havia uma sentença de Deus: “a alma que pecar, essa morrerá”. (Ez 18.4)

Para que isso não ocorresse, era necessário que um animal puro fosse sacrificado no lugar do pecador. A pessoa que oferecia o animal, era identificava com ele, e então sua culpa era transferida para o animal, que era sacrificado. De certa forma, o sangue do animal era o preço pago pela culpa e pelo pecado. Sinteticamente, esse era o sistema sacrificial do Antigo Testamento. E era o sacerdote, e somente ele, que oficiava esses sacrifícios.

Essa era a barreira entre Deus e os homens. De um lado, o Deus três vezes santos, e de outro o lado o homem, pecador por natureza. Como solução provisória e como meio precário dessa desavença, estava o sacrifício que poupava a vida humana, mas implicava no sacrifício do animal como oferta pela culpa. E o sacerdócio era essa atividade de representar as necessidades humanas diante de Deus.

Mas quando Jesus foi à cruz e ofereceu-se em sacrifício pela humanidade, o “véu do templo rasgou-se em duas partes, de alto a baixo”como símbolo de que, a partir de então, a barreira que separava os homens e Deus estava definitivamente eliminada.

No sacrifício de Cristo, a justiça de Deus foi satisfeita e o pecado dos homens expiado, derrubando a barreira e tornando possível a reconciliação dos homens com Deus. Portanto, celebre! Não há mais separação entre você e Deus!


© Emanoel Florencio Mannô
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Oração
Querido Deus, muito obrigado pelo sacrifício de Cristo na cruz. Sei que por mim mesmo não poderia fazer nada para estar diante de Ti de uma forma correta. Sei pela Tua palavra que por muito tempo foi necessário um mediador entre o homem e Deus, e que, por conta da queda humana o homem pecador não poderia ter acesso direto à um Deus santo. Sendo assim, ensina-me a compreender a grande benção dos vários efeitos do sacrifício de Jesus Cristo na cruz, pela qual, hoje, podemos ter acesso direto à Ti. Muito Obrigado! Amém.
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domingo, 13 de julho de 2014

Devocional#28 - TANTO O QUERER QUANTO O REALIZAR


Texto para memorização:
“Pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele.”
Filipenses 2.13

 Há um ditado muito conhecido que diz que “uma coisa é querer, outra é fazer”. Faz sentido! Há uma luta sendo travada dentro do coração humano em que o espírito luta contra os desejos da carne, e que mesmo pessoas da estatura espiritual do apóstolo Paulo reconheceram essa luta dentro de si

Diz ele: “No íntimo do meu ser tenho prazer na Lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros. Miserável homem que sou! Quem me libertará do corpo sujeito à esta morte? (Rm 7.22-24)

Talvez você esteja refletindo nesse momento: “Poxa, eu já sei que eu tenho uma missão de vida. Sei também que essa missão tem uma mensagem que precisa ser compartilhada, o evangelho”.

“Também já sei que para cumprir a minha missão de vida eu preciso tanto de Deus como de pessoas, por isso devo fortalecer os relacionamentos, e que Deus me criou para fazer boas obras, do jeito dele, e com a motivação certa, e que Jesus é o meu modelo pra isso.”

Você já sabe de tudo isso, mas talvez se sinta apequenado diante da grandiosidade da missão e esteja pensando: “Mas Jesus era Jesus, ele era singular, era o Filho de Deus”!

Essa perspectiva está apenas parcialmente correta, porque embora Jesus fosse tudo isso, ele não venceu por causa disso. Veja esse texto surpreendente de Hebreus: Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu e, uma vez aperfeiçoado, tornou-se a fonte da salvação eterna para todos os que lhe obedecem”.

O que esse texto nos diz é que Jesus viveu plenamente sua humanidade, e se identificou completamente com a raça humana no seu sofrimento, vencendo todas as adversidades através da obediência irrestrita ao Pai, e não através do seu poder. Em outras palavras, Jesus venceu pelo amor obediente e não pelo poder!

E esse é o caminho a ser trilhado pelos seguidores de Jesus, cujo sucesso depende do revestimento do Espírito Santo; é ele que nos santifica o coração e mente, fortalecendo o espírito e subjugando os impulsos da carne.

Eis a garantia do próprio Jesus: Eu vos dou o Espírito Santo”. “Ele vos conduzirá a toda a verdade”“É Ele quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar”.

Deus espera apenas que tomemos uma posição afirmativa diante dele. A partir daí, Ele nos reveste com o Espírito Santo, que nos capacita a cumprir a missão.

Se fizer isso, não somente sua missão se tornará possível, como também prazerosa. É isso que vemos na vida do apóstolo Paulo. Sua vida é um exemplo extraordinário.

Quando chega ao final de sua vida, em vez de amargurado, ele diz uma frase que revela sua completa saúde emocional, psíquica e espiritual: Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé”.

E diz mais: Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas a todos os que amam a sua vinda” (...).

A pergunta de Paulo, feita no início do texto, estava respondida: É Deus que opera em nós, tanto o querer fazer certo, quanto o efetuar a coisa certa!


© Emanoel Florencio Mannô
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Oração
Querido Deus, muito obrigado pelo exemplo de vida que temos a partir de Jesus Cristo, ele sim é nosso paradigma de como devemos viver nessa sociedade. Ajude-me compreender a prática que Ele tinha e que eu possa viver também com esse estilo de vida. Ensina-me a ter o Espírito Santo como parceiro nas ações da vida, e que, de fato, ele possa ser o impulso tanto para o querer e para o efetuar. Me ajude a dedicar a vida àquilo que o Senhor me criou para viver a tal ponto que um dia eu possa declarar, assim como o apóstolo Paulo, que combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé. Amém.
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sábado, 12 de julho de 2014

Devocional#27 - FAÇA O QUE EU DIGO E FAÇA O QUE EU FAÇO


Texto para memorização:
“Ame ao Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração... E ame ao próximo como a ti mesmo”.
Mateus 22.37-39


Tudo o que está registrado nas biografias de Jesus, isto é, nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, e também nos escritos de Paulo, Pedro e demais escritores do Novo Testamento, revelam conjuntamente uma coisa: Jesus era singular.

Esta singularidade de Jesus pode ser vista sob qualquer ângulo pelo qual analisemos a sua vida.

Veja: Jesus nunca escreveu um livro, também nunca ocupou qualquer cargo político, acadêmico ou de qualquer outra natureza, nunca saiu dos arredores de poucos quilômetros de onde nasceu, no entanto, sua mensagem entrou na história humana como um rio que não pode ser contido e que vai ganhando todos os espaços de forma única na história humana.

E qual foi o maior mandamento que Ele deixou aos seus seguidores? “Amem”! “Ame o Senhor teu Deus com todo o seu ser... E ame ao próximo como a ti mesmo”. Como uma mensagem aparentemente simples pôde ter tamanho desdobramento e influência na história?

A resposta é que Jesus não era alguém que tinha uma mensagem. Ele era a própria mensagem em forma humana. Ele não somente trouxera a Palavra de Deus; ele era a própria Palavra de Deus, e isso fica evidente na forma como sua vida tocou fundo o coração humano.

A autoridade de Jesus vinha do fato de que sua mensagem era acompanhada de ações e de exemplos que desconcertavam até mesmo os discípulos mais próximos.

Jesus não era um mestre da moral, que ficava entocado em algum lugar ditando regras sobre a vida: “faça isso; não faça aquilo”.

Com Jesus também não tinha essa de faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Ao contrário, com Ele a mensagem era: faça o que eu digo, mas também faça o que eu faço, porque eu faço certo e com a motivação certa que é zelar pela vida e glorificar o meu Pai”.

Quando Jesus quis ensinar como servir uns aos outros, ele não fez um discurso empolado. Ele foi lá e lavou os pés dos discípulos!

Quando Jesus quis ensinar sobre perdão e segunda oportunidade, ele não fez outro discurso. Ele acolheu e perdoou a contestada mulher Samaritana e o enrolado Zaqueu.

Quando ele quis ensinar sobre vencer as tentações, ele não falou sobre teorias. No hostil e solitário deserto, ele sentiu na própria pele o que é ser tentado pelo diabo.

E principalmente, quando ele pediu lealdade total aos seus discípulos, inclusive se preciso com a própria vida, ele não recorreu a qualquer outro subterfúgio. Ele foi e se entregou a morte, e morte de Cruz, por todos aqueles a quem amou!

Percebe a singularidade de Jesus? Ele foi um ser humano completo. Completamente íntegro! Sua mensagem era totalmente coerente com a sua prática de vida. O que ele ensinava, também praticava!

É por isso que Ele é o nosso modelo de vida e de cumprimento da Missão.

Jesus fazia a coisa certa. Mas não só isso; ele fazia a coisa certa do jeito certo. Mas não só isso; ele fazia a coisa certa, do jeito certo e com a motivação certa. Por isso a glória de Deus era vista entre os homens a partir de sua vida!

E o seu chamado para nós é que o imitemos em nossa conduta de vida. Fazendo isso você vai descobrir que de fato fora criado exatamente para isso. Estará sendo um instrumento de Deus no mundo, servindo a Deus e aos homens, e fazendo a coisa certa (servindo com boas obras), do jeito certo (como Jesus), e com a motivação certa (trazendo glória ao nome de Deus).


© Emanoel Florencio Mannô
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Oração
Querido Deus, muito obrigado pelo exemplo de vida que temos a partir de Jesus Cristo, ele sim é nosso paradigma de como devemos viver nessa sociedade. Ajude-me compreender a prática que Ele tinha e que eu possa viver também com esse estilo de vida. Ensina-me a amá-lo de todo o meu coração, de toda a minha alma e de todo o meu coração. Que eu também possa ser uma pessoa que diga para as pessoas fazerem o que eu faço. Que através de mim o Seu reino seja sinalizado nesse mundo. Amém.
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