quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Devocional#11 - ATRAÍDOS PARA UM RELACIONAMENTO MAIS ÍNTIMO

Texto para memorização:
“O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança”.(1)

Certa vez, Jesus, citando o salmo 8, disse: dos lábios das crianças e dos recém-nascidos suscitaste louvor”.(2) Ele estava ensinando que o que nos torna adoradores não é a posição que ocupamos, seja religiosa ou de qualquer outra ordem, mas a reação que temos diante da verdade, ou seja, é o estado de quebrantamento do coração, a dependência de Deus, a amizade confiante na provisão do Pai que nos conduz inequivocamente a uma vida de adoração.

Quando o menino Jesus foi apresentado no templo, nem os sacerdotes e levitas que oficiavam o rito o reconheceram. Somente duas das pessoas ali presentes o reconheceram como Cristo, Simeão e Ana, e como consequência disso adoraram ao Deus encarnado. Esse processo de reconhecimento de quem Jesus é, estava se desenvolvendo no íntimo da mulher samaritana. Interessante que embora Jesus tenha ensinado indiretamente como o Pai deveria ser adorado, é nesse encontro ao lado do poço de Jacó que Jesus ensina aberta e diretamente sobre adoração e quem são os adoradores que o Pai procura.

Após atrair a atenção da mulher que buscava apenas resolver seu problema mais imediato, a água do poço, Jesus agora a instiga como outra pergunta: “Vá, chame o seu marido e volte”.(3) Então ela responde: Não tenho marido”. Ao que Jesus responde: É verdade, você já teve cinco, e o homem com quem agora você vive não é seu marido”. “Vejo que és profeta”(4), responde ela.

Esse momento da conversa revela um segundo estágio do nosso relacionamento com Deus, quando saímos da percepção iniciante de que achamos um deus-resolvedor-de-problemas, um sábio mestre, para uma percepção maior, de que estamos diante de alguém que conhece os segredos do nosso coração.

Quando a samaritana se abre à verdade e confessa sua triste realidade afetiva, ela sobe um degrau na percepção de Deus e do significado da adoração, porque a adoração acontece quando nos abrimos à verdade. Ela seguia as tradições da religião, mas continuava com a alma sedenta, porém, instada por Jesus, ela começa a perceber que está não apenas diante de um sábio, mas também de um profeta que conhece o seu íntimo.

Então Jesus começa a explicar que a verdadeira adoração nasce do interior do ser e salta de dentro para fora como um rio que conduz à vida eterna, indicando que é algo que começa agora mas nunca termina e invade todas as dimensões da existência.

Isso leva a uma mudança de tom da conversa. Ela que estava interessada apenas em seus problemas de ordem material, agora quer saber sobre algo espiritual muito mais elevado: Onde é que se deve adorar?” (5)

Quando crescemos no relacionamento com Deus e nos aprofundamos na adoração, as nossas perguntas e questões sobre a vida mudam, como aconteceu com a samaritana. Somos atraídos por Deus para um relacionamento cada vez mais íntimo, onde quanto mais profunda é a nossa busca, mas Deus se nos revela em profundidade.

A mulher samaritana começa a perceber que está diante de alguém muito maior do que ela imaginava e de que suas tradições ensinavam. Ela está não apenas diante de um mestre, mas também diante de um profeta. Ela está não apenas diante de alguém que pode resolver questões materiais, mas alguém que pode lhe ensinar sobre tesouros espirituais!

E você? Qual é a sua percepção de Deus? Ela tem crescido no sentido de uma adoração mais profunda?
                       
© Emanoel Florêncio Mannô

(1)    Sl 25.14      (2) Mt 21.14     (3) Jo 4.16        (4) Jo 4.17-19       (5) Jo 4.20
________________________
Oração
 Querido Deus, obrigado por nos atrair cada vez mais para um relacionamento de intimidade contigo. Sei que somente diante de Ti eu posso vivenciar um estado de quebrantamento de coração e ser realmente dependente do Senhor, o que me leva a uma amizade confiante na sua provisão. Ajude-me a ter uma vida de adoração legitima. Ensina-me a ampliar minha busca para o que o Senhor pode me revelar no que se refere ao seu reino e não apenas ficar centrado em resolver minhas questões materiais. Peço no nome do teu Filho, Jesus Cristo. Amém.
________________________

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria. 

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Devocional#10 - QUANDO UMA NECESSIDADE NOS APROXIMA DE DEUS

Texto para memorização:
“Se você conhecesse a generosidade de Deus, e quem lhe está pedindo, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado algo muito superior, a água viva”.(1)

 Jesus foi um mestre por excelência. Em vez de enunciar verdades de forma direta, preferia deixar que seus ouvintes as descobrissem por si mesmos. De maneira indireta, ensinou várias vezes o que é adorar ao Pai, qual a importância desse ato, e que recompensas há para quem o adora.

No entanto, é em uma conversa com uma anônima mulher samaritana, à beira de um prosaico poço num pequeno vilarejo de Samaria, que Jesus menciona abertamente a questão da adoração.

Parece mesmo uma história prosaica, trivial, até que nos deixemos envolver por ela, até que deixemos que ela nos interiorize, até que nos tornemos personagens dessa história, até que nos vemos a nós mesmos conversando com Jesus, o Filho de Deus, diante daquele simplório poço de um vilarejo samaritano.

Eis a história: no meio de uma de suas viagens, Jesus faz uma parada para descanso.  Como já era meio dia, os discípulos saem para comprar comida. Ele percebe então que chega uma mulher para tirar água, em pleno calor do meio dia da Palestina. Ele se dirige a ela e diz: Dê-me um pouco de água”.(2)

A partir de então, começa um diálogo entre Jesus e essa mulher samaritana, extremamente revelador da condição humana, das necessidades, das dores e sofrimentos, da busca por esperança, enfim, estamos diante de um dos mais profundos diálogos da Bíblia onde estão sendo tratados os grandes temas da vida, da sociedade.

Não é apenas a samaritana que está lá diante do poço, mas somos nós, cada um de nós, revelando as nossas “sedes interiores” diante da vida. A conversa continua e revela uma mulher não apenas com sede de água, mas com muitas outras sedes na alma. Revela também que o ser humano é um adorador nato. Se não adorar a Deus, vai adorar qualquer outra coisa ou pessoa.

O ser humano adora porque tem sede na alma, desde que foi separado da comunhão com Deus no jardim do Éden por causa do pecado, e a primeira resposta de Jesus revela que a mulher está buscando tanto a coisa errada quanto a pessoa errada: “Se você conhecesse a generosidade de Deus, e quem lhe está pedindo, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado algo muito superior, a água viva”. (3)

Quando ela percebe que Jesus pode resolver seu problema mais imediato, ela começa a se interessar pelo que Jesus está dizendo. Senhor, me dá logo dessa água(4). É como dissesse: Eu vivo aqui nessa vida miserável de todo santo dia vir tirar água nesse poço, ao meio dia. Eu quero sair dessa vida! Diga-me logo como consigo isso”.

Esse encontro revela que podemos estar diante de algo sublime, mas ainda assim preocupados com coisas menores. A atenção da samaritana estava em um cântaro de água, quando Jesus estava pronto a lhe oferecer uma fonte de água viva que aplacaria todas as sedes de sua alma. Esse é o nível da adoração iniciante. É quando já percebemos Deus, mas o percebemos apenas como um Deus-resolvedor-de-problemas.

Muitos de nós conhecemos a Deus a partir de uma necessidade, de uma frustração, de um sofrimento, de uma perda. Afinal, Ele veio para dar vista aos cegos, libertar os cativos, curar os doentes e salvar os perdidos. Deus tem prazer em nos abençoar. Não há nenhum problema nisso, se não ficarmos apenas por aí!

Deus se utiliza das necessidades humanas para nos atrair a Ele. Porém, uma vez atraídos, Ele também espera que cresçamos no relacionamento e na fé, em direção às águas mais profundas da adoração. E você? Como está o nível de relacionamento com Deus? Ele pode chamá-lo(a) de amigo(a)?
                       
© Emanoel Florêncio Mannô

1. Jo 4.10 – 2. Jo 4.7 – 3. Jo 4.7 – 4. Jo 4.15
________________________
Oração
 Querido Deus, obrigado por ser um Deus que nos aceita como somos e a partir desse ponto nos transforma naquilo que fomos criados para ser. Obrigado por nos receber mesmo que nossa intenção primária fosse somente para ser abençoado. Ajude-nos a viver um relacionamento mais sincero e legitimo contigo. Não nos deixe centrado em nossas necessidades, mas que possamos adorá-lo como devemos fazer. Amém.
________________________

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria. 

Devocional#09 - AFINAL O QUE É ADORAÇÃO?

Texto para memorização:
“Todas as coisas vêm única e exclusivamente de Deus. Tudo vive por seu poder, e tudo é para sua glória. A ele seja a glória para todo o sempre”(1)

Somos seres adoradores por excelência. Fomos criados com essa predisposição à adoração. A questão não é se você vai adorar, mas o que ou quem você vai adorar!

Mas o que é adoração? Adoração não se confunde com música, com um período do culto, ou como uma atividade específica. Todas essas coisas podem ser instrumentos ou “meios”, mas certamente não se confundem com adoração.

Em termos simples, adorar é fazer de todos os atos e ações, mesmo os mais simples, um ato de devoção ao criador. Em termos mais simples ainda, adorar é fazer Deus sorrir em cada movimento da vida!

Quando é que Deus sorri? Quando o amamos acima de qualquer coisa, quando confiamos nele completamente, quando damos graças continuamente, quando usamos nossas habilidades, ou seja, quando desenvolvemos uma amizade tão íntima com Ele que toda e qualquer atividade, em última instância, sempre buscará a glória de Deus!

Portanto, adoração não é parte da vida; é a vida! Ou ainda mais especificamente, é o jeito devocional de viver a vida.

Agora que você já sabe o que é adoração, voltemos a questão principal: o que ou quem vamos adorar?

Posto que somos adoradores inatos, se não adorarmos ao Deus Altíssimo, vamos adorar qualquer outra coisa: carreira, dinheiro, carro, casa, filho, time de futebol, política, artes, diversão e, entre tantas outras coisas, a nós mesmos!

Todas essas coisas podem suscitar em nós alguma admiração, mas jamais adoração. Do contrário, se tornam ídolos, passando de admiração à idolatria, o que é veementemente condenado pela Palavra de Deus.

Note no texto seguinte a singularidade a quem a adoração humana deve ser dirigida: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele prestarás culto.”(2)

Em termos bíblicos, adoração é sempre uma reação espontânea a uma revelação. Foi assim com os pastores de Belém, com os profetas, com os magos do oriente, e também com a mulher samaritana: o Deus encarnado revelado em Jesus de Nazaré.

Viver em estado de adoração é viver consciente de que se está, o tempo todo, diante do sagrado, do divino, e em resposta a isso, render-se integralmente em obediência e alegre rendição, trazendo todas as dimensões da vida para dentro dessa esfera de consciência do sagrado.

O mais elevado anseio de Deus é que seus filhos o amem e adorem de tal maneira que vivam continuamente na sua presença, em espírito e em verdade.
                               

© Emanoel Florêncio Mannô

1. Rm 11.36 - 2. Mt 4.10
________________________
Oração
 Querido Deus, obrigado pelas escrituras sagradas na qual o Senhor se releva, mostra quem somos e como devemos agir. Através dela sabemos que nascemos para adorar, sendo assim, podemos nos reverenciar a qualquer coisa que não seja aquilo para que nascemos para adorar. Perdoe-nos por não adorá-lo como fomos criados para fazer. Revela-nos os ídolos para quem temos prestados adoração e nos ensine a ter somente o Senhor como bem maior nesse mundo. Pedimos no nome do Teu filho, Jesus Cristo. Amém.
________________________

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria. 

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Devocional#08 - VOCÊ TEM SEDE DE QUÊ?


Texto para memorização:
“Mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede...” (1)

Poucas coisas nos deixam mais agoniados do que a sede. Quando sedentos, somos tomados por impulsos que beiram o desespero e, para ver nossa sede aplacada, somos capazes de coisas impensáveis.

Se funcionamos assim no mundo biofísico, não funcionamos diferente em relação às pulsões da nossa alma. Tão logo nos damos conta de quem somos, mesmo ainda quando crianças pequenas, percebemos que nosso interior tem sede de algo, mas como não conseguimos definir com precisão aquilo que buscamos, então facilmente canalizamos essa sede para quaisquer outras coisas ou sensações.

Temos sede de acolhimento, de segurança, de perdão e de amor. Temos sede de pertencer, de conhecer, de empreender, de sentir, de consumir, enfim, nossa alma vai alimentando expectativas que vão nos deixando à beira da exaustão psicoemocional tornando-nos vulneráveis e presas fáceis a uma série de aprisionamentos espirituais.

Essa era justamente a situação da mulher samaritana cuja história nos é contada no capítulo quatro do evangelho de João.

Ela tinha sede da água do poço de Jacó, mas ela também tinha muitas outras sedes na alma. Com sede de amor e acolhimento, tentou saciar-se em cinco casamentos, todos eles frustrados. Mas a saga continuava e ela tentava engatar um sexto relacionamento, mas nada saciava sua alma.

Até que em um encontro fortuito com o Mestre da alma, lhe é oferecido uma “água viva” capaz de saciar toda a sede existente no seu interior.

Ao reconhecer Jesus como o Messias, ela não somente descobre suas outras sedes, mas também e principalmente descobre a fonte eterna para os seus anseios mais profundos. Ela descobre-se amada, cuidada, perdoada, curada e principalmente salva de suas sedes e de seu comportamento autodestrutivo.

Quando essa “fonte de água viva” começa a jorrar dentro de si, sua vida descobre uma nova dinâmica, mudando o foco de sua interminável busca de saciar os seus anseios pessoais, e passa ser porta-voz da boa notícia de que em Cristo todos os anseios humanos encontram saciedade.

Agostinho de Hipona tinha toda razão quando disse: Fizeste-nos, Senhor, para Ti e o nosso coração estará inquieto enquanto não descansar em Ti”.

Se alguém tem sede, venha a mim, e beba.(2) Este continua sendo o amoroso convite do mestre de nossas almas.

O rio de águas vivas está passando bem à sua frente. Tudo o que você precisa é estender a mão para acessá-lo e receber graça, perdão, alívio e cura para a sequidão da alma.

E você? Você tem sede de quê?
                               

© Emanoel Florêncio Mannô

1. João 4.14 – 2. João 7.7
________________________
Oração
 Querido Deus, obrigado por se manifestar por meio da vida de Jesus de Nazaré. Através dele podemos ter acesso aquilo que pode nos tirar a sede. Muitas vezes temos sede de coisas, momentos e até de necessidades emocionais, porém, sabemos que somente em Jesus podemos saciá-la. Ajude-nos a confiar e descansar em Ti, para que não fiquemos inquietos com as situações da vida. Que possamos saciar todas as nossas sedes na presença do próprio Cristo. Amém.
________________________

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria. 

domingo, 23 de novembro de 2014

Devocional#07 - FECHANDO PARA BALANÇO


Texto para memorização:
“Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus” (1)

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (2)

Quando está chegando ao final de um ciclo, de um período, de um ano, de um módulo, enfim, quando se está para concluir algo e se quer fazer uma reflexão sobre os impactos ou efeitos desse ciclo de aprendizado, costumamos dizer que estamos “fechando para balanço”.

No nosso caso, estamos fechando a primeira semana de devocionais, cuja busca tem sido santificar o coração e a mente na direção de experimentar a vontade de Deus para as nossas vidas, sendo transformados pela renovação da mente.

Desafiados pela voz de Deus na boca do profeta Miquéias e do apóstolo Paulo, fomos exortados a praticar a justiça, amar a fidelidade e andar humildemente com o nosso Deus.”

Praticamos a justiça quando somos instrumentos de Deus em um mundo desfigurado pelo pecado e cheio de sofrimento, empreendendo ações proféticas em nome de Jesus que tragam libertação, cura, acolhimento, perdão e salvação.

Amamos a fidelidade quando somos transparentes em nosso relacionamento com Deus e com as pessoas, empreendendo ações de misericórdia, perdoando e sendo perdoados, livrando-se das máscaras que fragmentam nossas vidas e nos roubam a simplicidade de sermos o que somos em Deus, “de cara limpa”.

Andamos humildemente com Deus quando só aceitamos trilhar caminhos pelo qual Deus também andaria, quando nos tornamos tão íntimos dele que as preocupações de Deus passam a ser as nossas preocupações, e a Sua presença contínua já é o prêmio da vida porque podemos dizer: “ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte não temerei mal algum”. Por quê? “Porque Tu estás comigo...” (3)

Agora é a hora de se posicionar! Qual tem sido a motivação da sua vida? Será que não está buscando “chegar lá a qualquer custo”, quando é o Reino de Deus e a sua justiça que precisa chegar lá: nas pessoas.

Qual tem sido a sua prioridade? Será que você não tem sacrificado a fidelidade nos relacionamentos com Deus e com as pessoas, trocando de máscaras o tempo todo, quando tudo o que precisa é ser sal e luz no mundo?

Com quem você tem andado? Se é realmente com Deus, então o fruto dessa amizade tem de aparecer na sua vida: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Se isso não está acontecendo, talvez você esteja sozinho, e pior, em má-companhia!

Que tal dar uma paradinha? Feche para balanço! Procure ouvir a voz de Deus. Deus continua falando; nós é que não paramos para ouvi-lo!

Por isso, as vezes Ele precisa falar no sofrimento, na frustração, na perda, no desencontro. Deus se utiliza de todas as necessidades humanas para se revelar a nós!

Sua doce voz continua a ecoar nos recantos de nossa alma cansada: Vinde a mim os cansados e sobrecarregado, e eu vos aliviarei! (4)
                                               

© Emanoel Florêncio Mannô

1. Mq 6.8 - 2. 2Rm 12.2 - 3. Sl 23.4 – 4. Mt 11.28 
________________________
Oração
 Querido Deus, obrigado por nos ensinar como devemos viver nesse mundo e por sinalizar o que deseja de cada ser humano. Ajude-me a entender a necessidade desses momentos de fecharmos para balanço para que possamos santificar o nosso coração e a mente para experimentar a sua vontade para nossas vidas. Ensina-nos a ter a motivação correta para a vida, a priorizar as coisas certas e andar de forma humilde que o agrade. Amém.
________________________

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria. 

sábado, 22 de novembro de 2014

Devocional#06 - ANDANDO HUMILDEMENTE COM DEUS


Texto para memorização:
“Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus” (1)

Agora que você já sabe tanto o que a Bíblia chama de praticar a justiça, quanto o que ela chama de amar a fidelidadevocê deve estar querendo saber o significado de andar humildemente com o seu Deusporque essa é a terceira prática de vida que nos é exigida por Deus, conforme o profeta Miquéias.

A Bíblia fala de homens que andaram com Deus em um relacionamento tão próximo, tão íntimo, que costuma provocar em nós o sentimento de que somos absolutamente inferiores no que diz respeito à nossa intimidade com o Eterno. Somos informados pelo livro do Gênesis que dois homens simplesmente andaram com Deus”: Enoque e Noé. Mas também Moisés, Abraão, Davi, Jó, e tantos outros, que tinham um relacionamento tão íntimo com o Eterno que eram considerados “amigos de Deus”.

O que esses homens tinham em comum, e porque os seus testemunhos de vida nos chegaram até os dias de hoje com tamanha força, sendo considerados por todos nós como heróis da fé? A resposta inequívoca é: Eles andaram humildemente com Deus! Mas o que significa exatamente isso?

Significa ter um amor tão grande por Deus e um zelo tão grande por Sua palavra ao ponto de dizer como Davi: “escondi a Tua Palavra no meu coração para eu não pecar contra Ti” (2). Quem descobre a preciosidade de andar com Deus não troca isso por nada!

Significa também desenvolver uma confiança inabalável no cuidado de Deus, ao ponto de dizer como Abraão disse diante da possibilidade de perder o seu precioso e único filho: “Deus proverá para si o cordeiro” (3). Quem descobre que a provisão de Deus sempre chega na hora certa não tem medo de nada!

Significa ainda desenvolver um amor tão profundo pelos seus semelhantes, ao ponto de colocar em risco a própria vida para salvar seus semelhantes como fez Moisés ao dizer ousadamente à Deus: “agora eu te rogo, perdoa-lhes os pecados; se não, risca-me do teu livro que escreveste” (4). Quem se preocupa com o que Deus se preocupa – pessoas – não tem medo de ser ousado, até mesmo com o próprio Deus!

A história de todos eles já está escrita. E são incríveis histórias de fé e realização em Deus. E a tua história? Todos eles em algum momento se consideraram, fracos, incapazes, sem recursos, sem saúde, mas confiaram suas vidas ao Eterno e aprenderam a andar humildemente com o seu Deus! Quem aprende a andar humildemente com Deus, não anda rápido demais, mas também não fica para trás. Aprende que “há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu” (5).

Como posso andar com Deus nos dias atuais, cheios de armadilhas? Decida quem será a autoridade na sua vida: se qualquer outra coisa ou a Palavra de Deus. Decida quem estará no comando de sua vida: seu ego, ou o Espírito Santo. Decida quem é o dono do seu tempo, dinheiro e dons: você ou o Deus soberano. Decida qual será a sua prioridade na vida: apenas o seu bem-estar, ou o Reino de Deus.

Decida! Se decidir você mesmo conduzir sua própria vida, arque com as consequências dessa decisão e não reclame de excesso de ansiedade e falta de sentido para a vida. Salomão testou esse estilo de vida e descobriu que que tudo é vaidade; é como correr atrás do vento” (6).

Porém, se decidir andar humildemente com o seu Deus, como fizeram Enoque, Noé, Abraão, Moisés, Davi, Jó, e tantos outros, prepare-se para uma aventura sem limites, cheio de significado e propósito, tendo a Trindade como companhia. Se decidir amar a Deus e obedecê-lo, não se preocupe com os desafios; você terá o próprio Jesus como advogado e o Espírito Santo como conselheiro. Do que mais precisamos?

© Emanoel Florêncio Mannô

1. Mq 6.8 - 2. Sl 119.11 - 3. Gn 22.8 – 4. Gn 32.32 – 5. Ec 3.1 – 6. Ec 1.14
________________________
Oração
 Querido Deus, obrigado por nos ensinar o que é viver em justiça e o que é amar a fidelidade. Ajude-nos também a andar humildemente com o Senhor. Pelos textos bíblicos conhecemos tantos homens e mulheres que agradaram o seu coração, pois, mesmo que tivessem falhas humanas, ainda assim o tinham como o principal bem da vida. Nos ensina a viver dessa forma; em justiça, fidelidade e humildemente contigo. Amém.
________________________

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria. 

Devocional#05 - AMANDO A FIDELIDADE


Texto para memorização:
“Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade...”¹
  

Agora que você já sabe qual o significado do termo justiça na Bíblia, e também como praticá-la, naturalmente deve estar se pergunta o que significa amar a fidelidade, porque essa é a segunda prática de vida que nos é exigida por Deus, conforme o profeta Miquéias.

Quase sempre espiritualizamos o termo fiel fidelidade sem nos dar conta do seu significado mais natural: fidelidade é a característica daquilo que não é falsificado ou, utilizando um termo mais contemporâneo, aquilo que não é pirateado.

Se há algo que é abominado por Deus é quando lançamos mão do cinismo, falsificamos a adoração e divorciamos nossa prática do nosso discurso. Quando isso acontece, não estamos amando a fidelidade, estamos agindo falsamente e “pirateando” a imagem de Deus em nós.
  
No livro do profeta Isaias, Deus faz uma reclamação contundente à nação de Israel porque o povo abandona a fidelidade no relacionamento com Deus e também nos relacionamentos entre eles próprios: “Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam é feita apenas de regras humanas” (Is 29.13)

Um dos principais sinais de que deixamos de amar a fidelidade, seja com Deus ou com os semelhantes, é quando nos permitimos viver uma vida falsificada e lançamos mão de máscaras como a falsa-piedade, o orgulho, a hipocrisia, a duplicidade de caráter, a falsa-modéstia, a justiça própria, entre outras.

Abandonar a fidelidade e usar máscaras pode nos livrar de censuras, mas não é uma atitude segura. Não podemos afivelar com segurança as máscaras o tempo todo. Uma hora ela cai!

O que Deus quer de cada um de nós? Que amemos a fidelidade! Que sejamos absolutamente abertos e sinceros com Ele, que confessemos os nossos pecados porque “se confessarmos os nossos pecados, ele e fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1.9). Note como fidelidade e justiça estão absolutamente juntas nesse texto!

Assim como devemos ser transparentes no nosso relacionamento vertical, isto é, com Deus, também devemos agir assim nos nossos relacionamentos horizontais, ou seja, com o nosso próximo. Isso é amar a fidelidade!


© Emanoel Florêncio Mannô

¹ Miquéias 6.8
________________________
Oração
 Querido Deus, sou muito grato pela tua fidelidade demonstrada pelo sacrifício de Jesus na cruz. Sabemos que essa fidelidade permanece e nos é sinalizada a cada manhã, quando a sua misericórdia se renova para conosco. Sendo assim, ajude-nos a sermos sinceros diante do Senhor e para com as pessoas, pois, muitas vezes utilizamo-nos de máscaras contigo e com elas. Ensina-nos a sermos verdadeiros e te adorarmos com fidelidade, sem falsidade. Que a nossa boca e o nosso coração sejam unidos em adoração a Ti. Amém.
________________________

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria. 

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Devocional#04 - PRATICANDO A JUSTIÇA DO REINO


Texto para memorização:
“Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: pratique a justiça..."¹


Mateus registra no capítulo 6 de seu evangelho aquela que é considerada a oração modelo, até porque, conforme registra Lucas, foi a resposta de um pedido dos discípulos a Jesus: Senhor, ensina-nos a orar...”. Então Jesus os ensinou a oração do Pai-Nosso.

Essa oração é singular em vários aspectos. Em primeiro lugar, ela foi ensinada pelo próprio Jesus aos seus discípulos de primeira-hora. Em segundo lugar, ela revela que a oração é uma relação entre um Deus-Pai justo e amoroso e seus filhos. Em terceiro lugar, ela mostra que nada é “meu” porque tudo é “nosso”: Pai nosso, pão nosso, nossas dívidas...

Nossa também é a responsabilidade de orar pedindo que o reino venha: “Venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus”.

O que significa orar para que o reino venha? Significa ser a resposta à própria oração para que, no poder do Espírito Santo, empreendamos ações proféticas que manifestem aqui e agora a maior densidade possível do reino de Deus que será consumado ali e além.

Isso implica em sinalizar a justiça desse reino justamente com obras de justiça, onde a proclamação do evangelho é manifesta nas próprias ações dos discípulos de Jesus.

Mas, o que significa praticar a justiça? Significa orar e agir na direção de que a vontade de Deus seja feita aqui na terra, na maior densidade possível, assim como ela é feita nos céus. Nos céus ela é realizada de modo pleno e absoluto, mas e aqui na terra?  É fácil perceber que não!

Então qual é a missão dos discípulos de Jesus aqui na terra? Eles devem agir para que essa vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável, seja manifesta na maior densidade possível, até que o Rei Jesus volte e inaugure novos céus e nova terra, onde habita a justiça!

Assim como não basta amar a paz, é preciso promovê-la, assim também não basta amar a justiça; é preciso praticá-la!

Como posso fazer isso? Dobre seus joelhos diante de Deus, quebrante o seu coração e ore se comprometendo a fazer de sua vida um instrumento de justiça, e de suas ações obras de justiça. Isso implica mudar o eixo da vida do modo “eu” para o modo “nós”.

Significa também e principalmente, parar de se preocupar tanto em buscar as respostas de Deus para você, e passar a ser a resposta de Deus para o mundo perdido. Quanto às suas necessidades, não se preocupe, há uma promessa do próprio Jesus, que como se sabe, é fiel: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas”.

Ah! Isso não é coisa para os fortes! Os fortes costumam pensar apenas em si mesmos. É coisa para os fracos e quebrantados porque, também conforme Jesus disse: deles é o reino dos céus”. E aí, vai encarar?

_______________________
Oração
 Querido Deus, obrigado pela sua graça que nos faz cada dia mais parecidos com teu Filho. Não queremos mais viver como antes vivíamos, queremos viver em submissão a sua vontade. Praticando os valores do seu reino. Buscando-o e também a sua justiça como prioridade, sabendo que tudo o que nos é necessário o Senhor nos proverá. Cremos nisso! Ajude-nos a viver para Ti integralmente! Amém.
________________________
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria.  



¹ Miquéias 6.8