Devocional #21
Somos
ensinados pela Bíblia de que seguir a Jesus é acima de tudo tornar-se um tipo de pessoa, e isso tem
a ver diretamente com o tipo de coração que desenvolvemos, ou mais
especificamente, quais são as motivações do nosso coração.
É
preciso uma vigilância constante sobre o nosso coração sob pena dele ir
acolhendo sementes de maldade de forma tão sutil que muitas vezes nos passam
despercebidas.
Ninguém
de se torna mal de um dia para o outro. Isso sempre é um processo. Que tipo de
pessoas vamos nos tornando, tem a ver com o que alimentamos em nosso coração.
A
história de vida do primeiro rei do reino unido de Israel revela essa
realidade. Saul começou até bem, mas não cuidou do seu coração, permitindo-se
concessões morais, éticas e espirituais que lhe levaram à ruina.
A
história de vida de Saul revela como o coração humano funciona; como ele pode
se corromper sutilmente fazendo apenas a sua própria vontade; como o coração
humano pode se tornar um coração dividido.
Quem era Saul?
Era daquelas pessoas impressionantes. Talvez
pudéssemos identifica-lo no padrão “loiro, alto, bonito e sensual”. Saul, o
primeiro rei de Israel foi a pura expressão do poder enganoso das aparências.
Deus permitiu que o povo de Israel sofresse
ao ser governado por um rei vaidoso, soberbo e desobediente.
O povo não queria um rei aprovado por Deus,
mas um rei que tivesse aparência de rei. Eles queriam imitar as outras nações.
E Saul assumiu esse papel.
A motivação de Saul era satisfazer aos seus
próprios desejos. Sua desobediência e a vaidade lhe reservaram um final
trágico: a vergonha e o suicídio.
Diz o texto bíblico: “Saul morreu assim porque foi infiel a
Deus, o SENHOR. Ele desobedeceu aos mandamentos de Deus e consultou os
espíritos dos mortos” (1Crônicas
10:13)
Saul não era tão tolo ao ponto de, deliberadamente,
fazer a vontade de Satanás. Mas Saul foi convencido sutilmente pelo maligno, a
não fazer a vontade de Deus, deixando-se aprisionar pelo seu próprio ventre,
sua própria vontade.
O jeito que Saul conduziu a sua vida revela
que o melhor jeito de o maligno convencer você a não fazer a vontade de Deus, é
estimular você a fazer a própria vontade!
É convencer você a fazer “o que vier na telha”.
É dar vazão irrefletidamente às suas vontades. É tornar-se escravo das pulsões
do corpo e da alma, sucumbindo aos desejos mais imediatos.
Saul viveu apenas voltado para si mesmo e
para os próprios desejos, e o resultado foi uma final de vida trágico e desonroso.
Sua vida soa como um alerta das armadilhas de
um coração que vai se alimentado de egoísmo ao longo do tempo.
Talvez tenha faltado a Saul conversar com o
seu coração e dar ordens à ele, assim como Davi fazia com a sua alma.
Oração: Pai amado, livra-nos de confiar cegamente nos caminhos
propostos pelo nosso coração. Faz-nos enxergar e fugir das armadilhas que
sutilmente pode nos corromper a alma e nos impedir de viver os Teus planos. Em
Nome de Jesus. Amém!