Texto para memorização:
“Mas quem beber da água que eu lhe
der nunca mais terá sede...” (1)
Poucas coisas nos deixam mais
agoniados do que a sede. Quando sedentos, somos tomados por impulsos que beiram
o desespero e, para ver nossa sede aplacada, somos capazes de coisas
impensáveis.
Se funcionamos assim no mundo
biofísico, não funcionamos diferente em relação às pulsões da nossa alma. Tão
logo nos damos conta de quem somos, mesmo ainda quando crianças pequenas,
percebemos que nosso interior tem sede de algo, mas como não conseguimos
definir com precisão aquilo que buscamos, então facilmente canalizamos essa
sede para quaisquer outras coisas ou sensações.
Temos sede de acolhimento, de
segurança, de perdão e de amor. Temos sede de pertencer, de conhecer, de
empreender, de sentir, de consumir, enfim, nossa alma vai alimentando
expectativas que vão nos deixando à beira da exaustão psicoemocional
tornando-nos vulneráveis e presas fáceis a uma série de aprisionamentos
espirituais.
Essa era justamente a situação da
mulher samaritana cuja história nos é contada no capítulo quatro do evangelho
de João.
Ela tinha sede da água do poço de
Jacó, mas ela também tinha muitas outras sedes na alma. Com sede de amor e
acolhimento, tentou saciar-se em cinco casamentos, todos eles frustrados. Mas a
saga continuava e ela tentava engatar um sexto relacionamento, mas nada saciava
sua alma.
Até que em um encontro fortuito com o
Mestre da alma, lhe é oferecido uma “água viva” capaz de saciar toda a sede
existente no seu interior.
Ao reconhecer Jesus como o Messias,
ela não somente descobre suas outras sedes, mas também e principalmente
descobre a fonte eterna para os seus anseios mais profundos. Ela descobre-se
amada, cuidada, perdoada, curada e principalmente salva de suas sedes e de seu
comportamento autodestrutivo.
Quando essa “fonte de água viva”
começa a jorrar dentro de si, sua vida descobre uma nova dinâmica, mudando o
foco de sua interminável busca de saciar os seus anseios pessoais, e passa ser
porta-voz da boa notícia de que em Cristo todos os anseios humanos encontram
saciedade.
Agostinho de Hipona tinha toda razão quando disse: “Fizeste-nos, Senhor, para Ti e o nosso coração
estará inquieto enquanto não descansar em Ti”.
“Se alguém tem sede, venha a mim, e
beba”.(2) Este continua sendo o amoroso convite do mestre de
nossas almas.
O rio de águas vivas está passando
bem à sua frente. Tudo o que você precisa é estender a mão para acessá-lo e
receber graça, perdão, alívio e cura para a sequidão da alma.
E você? Você tem sede de quê?
© Emanoel Florêncio Mannô
1. João 4.14 – 2. João 7.7
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Oração
Querido
Deus, obrigado por se manifestar por meio da vida de Jesus de Nazaré. Através
dele podemos ter acesso aquilo que pode nos tirar a sede. Muitas vezes temos sede
de coisas, momentos e até de necessidades emocionais, porém, sabemos que
somente em Jesus podemos saciá-la. Ajude-nos a confiar e descansar em Ti, para
que não fiquemos inquietos com as situações da vida. Que possamos saciar todas
as nossas sedes na presença do próprio Cristo. Amém.
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