sexta-feira, 26 de junho de 2015

Devocional#12 - O SERVIÇO QUE DEUS REQUER


A probabilidade de que muitos na cidade ouçam a mensagem da igreja aumentará porque os membros investiram tanto de si mesmos e de   forma tão profunda na cidade. ¹
Darrin Patrick 


Não há algo que a Bíblia fale mais do que a realidade de que cada cristão, a partir do momento em que reconheceu o senhorio de Cristo sobre sua vida, foi chamado para viver em missão no mundo.

Somos transformados por Jesus para praticar dois “grandes” movimentos. Somos chamados para “amar a Deus sobre todas as coisas e amar as pessoas como Cristo nos amou”, e também, comissionados a “ir pelo mundo - pelas diversas cidades - anunciando o evangelho e fazer dos ouvintes transformados pelo Espírito de Deus, discípulos de Jesus de Nazaré”. É para isso que fomos chamados: para o “Grande Mandamento” e para a “Grande Comissão”.

Sabemos que somos desafiados a encarnar o “estilo de vida” do próprio Cristo que, desde o começo, dedicou-se ao serviço que transformaria toda a criação de Deus. Jesus viveu de forma serviçal para que aqueles que cressem nele obtivessem a redenção. Tudo isso foi feito a partir de uma vida em total entrega ao Deus Pai, ao qual o próprio Cristo dedicava toda a glória o tempo todo.

Sendo assim, duas observações são necessárias serem lembradas para o nosso serviço na cidade; tanto a “forma” com que servimos, quanto com a “intenção” com que o fazemos. De fato, Jesus não media esforços para o serviço que podia ser feito a partir de suas mãos. Sempre que era necessário a transformação saia de si e iria ao encontro de outras pessoas. O simples encontro, as conversas, o anúncio e o chamado eram comuns em cada relação com Cristo. A “forma” muitas vezes derivava da própria necessidade das pessoas ou da realidade em que os necessitados estavam inseridos.

Não devemos gastar muito tempo se devemos ou não nos envolver com quem está praticando o bem se o alvo é a transformação de uma realidade de desgraça, o que devemos levar em consideração é justamente se a “forma” com que está sendo feito é aplicável a quem precisa ser atendido. A forma do fazer depende de quem necessita do serviço.

O que precisamos nos atentar é com a “intenção” que nos motiva quando praticamos qualquer ato de servir. Podemos estar sensibilizados a servir alguém que realmente esteja necessitado, mas ainda assim, fazê-lo com intenções egoístas. Seja para ser reconhecido pelo grupo com quem iremos compartilhar os nossos feitos, seja simplesmente para a satisfação pessoal ou, até mesmo, a tranquilidade para dormir em paz. Fazemos assim por causa das características da queda que habita em nós. E é aqui que precisamos aprender com os passos de Jesus.

Não havia momento em que o Cristo não se dedicava a glorificar o Pai pelos feitos de suas mãos milagrosas, pelas palavras de transformação de sua boca, pela escuta curadora de seus ouvidos, pela salvação oferecida pela sua morte de cruz e ressurreição de seu corpo. Tudo o que ele fez foi para glorificar ao Pai. Esse é o desafio para os discípulos de Jesus que vivem em uma sociedade narcisista que mesmo servindo, as vezes o fazem para se satisfazer.

Sendo assim, o primeiro ponto que precisamos pensar é que a “forma” com que servimos irá depender do necessitado a nossa frente, ou seja, depende do outro. Precisamos estar atentos para servir a quem precisa como precisa e não limitarmos o serviço a uma ação específica que fazemos em um horário marcado num dia da semana. Mesmo que isso também possa ocorrer, não podemos fazer disso a desculpa para não servir em outros momentos. O segundo ponto para pensarmos é o fato de que a “intenção” para o serviço deve ser sempre a glória de Deus.

 Fomos criados com um propósito principal; glorificar a Deus com a nossa vida. E o nosso serviço irá glorifica-lo dependendo da “intenção” com que fazemos qualquer ação. Esse é o serviço que Deus requer! Que façamos tudo para a glória dele!

Questões para Reflexão:
1. Você concorda que as pessoas de nossa cidade ouvirão cada vez mais os cristãos dependendo da forma com que eles servem?
2. Como você lida com o Grande Mandamento? Como você vive a Grande Comissão?
3. Você acredita que existem pessoas que ao servirem algum necessitado, fazem isso a partir de um intenção egoísta? Qual a sua intenção quando você está servindo?
4. Você tem servido as pessoas para a glória de Deus? Você faz todas as coisas na cidade para glorificar a Deus? Deus tem sido glorificado através de suas ações?

© Antonio Gama
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¹ Patrick, Darrin. O Plantador de Igreja. São Paulo: Vida Nova, 2013, p. 293. ______________________________________

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