quinta-feira, 9 de julho de 2015

Devocional#24 - PORTADORES DE ESPERANÇA


A mudança no relacionamento entre o povo de Deus e a cidade pagã se torna um aspecto vital do plano de Deus de abençoar as nações e redimir o mundo. ¹
Timothy Keller


Nossa cidade é permeada de fatores positivos, como também há nela alguns medos e receios que hora ou outra nos tomam de assalto de um fim de semana tranquilo. Muitas são as razões que nos fazem perder o sono nas noites escuras do ambiente urbano.

Os medos comuns das grandes metrópoles são aqueles já conhecidos e anunciados diariamente nos jornais sensacionalistas: o medo de ser assaltado durante o transito na volta do trabalho; o medo que faz com que deixemos as nossas casas vigiadas e seguras para que não a roubem, e; o medo porque os filhos utilizam transporte público ou que podem ser influenciados por colegas ao uso de drogas.

São diversas as formas de medo que surgem diariamente no pensamento do morador da cidade, o que de certa forma pode tirar-lhes toda a esperança de uma vida tranquila. 

Também são mais do que comuns alguns receios para todas as pessoas, tais como: possibilidade de perder o emprego diante de uma crise anunciada no último noticiário; a possibilidade do atraso do financiamento do imóvel tão difícil de adquirir; a informação que a escola dos filhos pequenos entrará em greve, e; a percepção de que o automóvel já passou da data de revisão e que isso pode lhe causar um acidente enquanto não for concertado.

Esses e tantos outros receios surgem também nos ambientes urbanos a ponto de gerar uma tensão constante entre as pessoas e assim, como consequência, geram a desesperança.  

Esses medos e receios são apenas sinônimos de uma mesma cidade, na qual a maior parte de seus moradores vivem angustiados e muitas vezes sem esperança que suas vidas possam um dia ser mais tranquila. De fato, existe um grupo de pessoas que vivem com o medo batendo em suas portas todas as noites. Não há mais lugar para buscar esperança, todas as soluções já se esgotaram. De repente, as percepções da vida real lhes caem nos ombros e o desespero é a única força que lhes restam.

Diante dessa realidade clara da falta de esperança, os cristãos são convocados a viverem de forma que demonstre à cidade que a verdadeira razão para se ter esperança não pode ser resultado daquilo que o próprio homem crie ou faça, mas somente pode ser fornecido para os seres humanos a partir de um ser que seja transcendente à essa criação, nesse caso, somente teremos esperança quando buscarmos em Deus. 

A nossa “missão de celebrar” envolve sinalizar esperança nesses ambientes em que as pessoas fazem o possível para conseguirem segurança, realizarem seus sonhos, cuidar de suas famílias e conquistarem seus objetivos, pois, caso contrário, elas conseguindo ou não o que desejam, se encontrarão desesperançadas no decorrer de suas vidas. A ideia principal é que a segurança para a vida não é gerada pelas mãos humanas, mas pelo cuidado e ideal do nosso redentor.

Tudo está sob o senhorio do próprio Jesus Cristo, e todas as coisas estão sob a coordenação de suas mãos, tudo está sob o seu controle. Sendo assim, a única fonte de verdadeira esperança está no próprio filho de Deus, sem ele não há possibilidade de uma vida abundante no tempo em que vivemos. Querendo ou não, vemos constantes sinais de desesperança na cidade, e por causa dessa situação é que fomos enviados para representar Jesus Cristo nesses ambientes.

Sinalizar a esperança faz parte da nossa missão na cidade! E fazê-lo ou não pode ser o que de fato trará ou não uma nova forma de viver às pessoas. Está diante de nós a possibilidade de transformarmos a cidade através da esperança. Jesus fez assim e nos chama diariamente para uma vida entregue à missão que nos foi trazida por ele. Assim poderemos sinalizar a esperança do reino de Deus!

Questões para Reflexão:
1. Você concorda que é muito comum encontrar entre os moradores da cidade medos e receios? Quais seriam as razões para as pessoas viverem com esses sentimentos?
2. Na sua opinião os cristãos possuem realmente um motivo para os manterem esperançosos? Qual seria esse motivo? Como você poderia divulgar isso às pessoas da cidade?
3. Você acredita que Deus deseja abençoar a cidade através de seu povo? Porquê?
4. Como você imagina que os cristãos poderiam divulgar uma nova forma de viver?

© Antonio Gama
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¹ Keller, Timothy. Igreja Centrada. São Paulo: Vida Nova, 2014, p. 172.
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