Texto para
memorização:
“Depois de ter bradado novamente em alta voz, Jesus
entregou o espírito. Naquele momento, o véu do santuário rasgou-se em duas
partes, de alto a baixo.”
Mateus 27.50-51
Se a nossa missão de vida
no mundo é tornar conhecido o Reino de Deus, fazendo conhecida Sua vontade para
o ser humano; se a mensagem desse reino é o evangelho, que é
a boa notícia de Deus de que é possível uma nova vida através de Jesus Cristo,
tendo ele como Salvador e Senhor; se o cumprimento da missão exige o
fortalecimento dos relacionamentos, porque ninguém pode
cumprir a missão de vida isoladamente; se o serviço em
amor a Deus e às pessoas é a marca ou o estilo de vida dos cidadãos do Reino de
Deus, então o que é o sacerdócio?
Sacerdócio é o ofício do sacerdote. É aquilo que
faz o sacerdote, assim como a medicina é o ofício do médico.
E o que fazia o sacerdote nos tempos bíblicos? Ele
era escolhido dentre o povo para se santificar e assim poder oferecer os
sacrifícios a Deus pelo pecado do povo. Somente os sacerdotes estavam
autorizados a se aproximarem do lugar santo e oferecer sacrifícios a Deus pelo perdão
dos pecados dele e do povo.
Era uma pessoa divinamente consagrada para
representar o homem diante de Deus. Nesse sentido o sacerdote era uma espécie
de representante do povo perante Deus, cumprindo um papel de mediador entre
os homens e Deus.
Na realidade, tanto o profeta quanto o sacerdote tinham um papel de medição, o de representantes dos homens perante Deus. O
profeta falava da parte de Deus aos homens, enquanto o sacerdote falava da
parte dos homens à Deus.
O profeta trazia a mensagem de Deus aos homens. O
sacerdote levava à Deus as necessidades humanas. Exercer o sacerdócio, era
consagrar-se a Deus para oferecer sacrifícios pelo pecado do povo.
Mas porque o sacerdote oferecia sacrifícios à Deus
em nome do povo? Porque a santidade de Deus não podia conviver com o pecado humano. Aliás, havia uma sentença de Deus: “a alma que pecar, essa morrerá”. (Ez 18.4)
Para que isso não ocorresse, era necessário que
um animal puro fosse sacrificado no lugar do pecador. A pessoa que oferecia o
animal, era identificava com ele, e então sua culpa era transferida para
o animal, que era sacrificado. De certa forma, o sangue do animal era o preço
pago pela culpa e pelo pecado. Sinteticamente, esse era o sistema sacrificial
do Antigo Testamento. E era o sacerdote, e somente ele, que oficiava esses
sacrifícios.
Essa era a barreira entre Deus e os homens. De um
lado, o Deus três vezes santos, e de outro o lado o homem, pecador por
natureza. Como solução provisória e como meio precário dessa desavença, estava
o sacrifício que poupava a vida humana, mas implicava no sacrifício do animal
como oferta pela culpa. E o sacerdócio era essa atividade de representar as
necessidades humanas diante de Deus.
Mas quando Jesus foi à cruz e ofereceu-se em
sacrifício pela humanidade, o “véu
do templo rasgou-se em duas partes, de alto a baixo”, como
símbolo de que, a partir de então, a barreira que separava os homens e Deus
estava definitivamente eliminada.
No sacrifício de Cristo, a justiça de Deus foi
satisfeita e o pecado dos homens expiado, derrubando a barreira e tornando
possível a reconciliação dos homens com Deus. Portanto, celebre! Não há mais
separação entre você e Deus!
© Emanoel Florencio Mannô
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Oração
Querido Deus, muito obrigado pelo sacrifício
de Cristo na cruz. Sei que por mim mesmo não poderia fazer nada para estar
diante de Ti de uma forma correta. Sei pela Tua palavra que por muito tempo foi
necessário um mediador entre o homem e Deus, e que, por conta da queda humana o
homem pecador não poderia ter acesso direto à um Deus santo. Sendo assim, ensina-me
a compreender a grande benção dos vários efeitos do sacrifício de Jesus Cristo
na cruz, pela qual, hoje, podemos ter acesso direto à Ti. Muito Obrigado! Amém.
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