terça-feira, 1 de julho de 2014

Devocional#16 - O DEUS DOS RELACIONAMENTOS


Texto para memorização:
Pois onde estiverem reunidos dois ou três em meu nome, ali eu estarei no meio deles. “
Mateus 18.20



Deus é Amor! Eis uma das mais surpreendentes revelações da Bíblia!

Sei que você deve estar acostumado a essa expressão bíblica, mas talvez não tenha pensado em suas profundas implicações.

Veja: a plenitude do amor só pode existir em um relacionamento entre diferentes. O que você pensaria de alguém que resolvesse se casar consigo mesmo, ou formar uma sociedade consigo mesmo? Não faz sentido não é?

Alguém que só ame a si mesmo jamais poderia dizer que conheceu a plenitude do amor, porque a existência do genuíno amor só pode acontecer entre diferentes e complementares.

É justamente essa característica do amor que torna a expressão bíblica surpreendente porque amar implica em repartir-se e, de certo modo, vulnerabilizar-se.

Porque quem entra em um relacionamento de amor corre riscos, o risco da liberdade, porque do contrário esse relacionamento não seria de amor, mas uma ditadura, uma obrigação. Quem é livre pode ir embora. Só não o vai justamente porque não se imagina fora dessa relação de plenitude.

Porque um Deus que é autossuficiente, que de nada sente falta, resolve amar, e amar seres humanos imperfeitos? Como diz a letra de uma de nossas músicas: isso está “muito além do nosso entendimento”.

O amor de Deus jamais será plenamente compreendido pela mente humana. Porque podendo se revelar como Deus-Poder, autossuficiente, Ele resolve se revelar como o Deus-AMOR?

É como se aquele que de nada precisa, resolvesse “criar uma necessidade para si”. Qual “necessidade”? Amar!

Deus escolhe se relacionar, e relacionar-se significa abrir espaço para o outro. E esse Deus, que é amor, resolve abrir espaço para sua criação, especialmente a coroa de sua criação: o ser humano. Talvez esse amor divino não posa ser entendido, mas pode ser perfeitamente desfrutado. E essa é a grande descoberta da vida!

É através desse repartir-se em amor que Deus se relaciona com o primeiro casal: Adão e Eva. Todos os dias eles ouviam os passos do Senhor quando soprava a brisa do dia para aquela conversa de final de tarde.

Ainda no Gênesis, vemos Deus em relacionamento com outro amigo seu chamado Noé, homem justo, íntegro e que foi poupado junto com sua família quando do grande dilúvio. Seu relacionamento era tão estreito com Deus que a Bíblia assim define Noé: “aquele que andava com Deus”.

Também vemos Deus em relacionamento com os Patriarcas: Abraão, Isaque, e Jacó. Deus então chama a Abraão de amigo e define a si mesmo como “o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”. Eis o Deus dos relacionamentos!

Já no livro do Êxodo vemos Deus em relacionamento com um outro homem chamado Moisés. O relacionamento de Deus com Moisés era tão intenso e profundo que foi o único homem na Bíblia que viu Deus, ainda que de costas.

Isso é relacionamento! Deus é relacional! Deus ama a comunhão! Aliás, o Deus Altíssimo só pode ser encontrado na comunhão dos relacionamentos.

Foi o que nos garantiu aquele que é a própria revelação do Pai: Pois onde estiverem reunidos dois ou três em meu nome, ali eu estarei no meio deles” (Mt 18.20)

© Emanoel Florencio Mannô
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Oração

Querido Deus, muito obrigado por nos criar à sua imagem e semelhança. Obrigado por ser esse Deus de amor que se relaciona comigo, obrigado por me criar também dessa forma. Sei que com a queda humana no jardim do Éden os relacionamentos foram frustrados, e, que o tempo que estamos vivendo apela para que vivamos de uma forma egoísta. Sendo assim, ensina-me a viver de forma relacional que venha demonstrar a diferença de tê-lo como Senhor de nossas vidas. Ajude-me a conviver sinceramente com meus irmãos. Amém.
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