Texto para
memorização:
“Pois onde estiverem
reunidos dois ou três em meu nome, ali eu estarei no meio deles. “
Mateus 18.20
Deus é Amor! Eis uma das mais surpreendentes
revelações da Bíblia!
Sei que você deve estar acostumado a essa expressão
bíblica, mas talvez não tenha pensado em suas profundas implicações.
Veja: a plenitude do amor só pode existir em um
relacionamento entre diferentes. O que você pensaria de alguém que resolvesse
se casar consigo mesmo, ou formar uma sociedade consigo mesmo? Não faz sentido
não é?
Alguém que só ame a si mesmo jamais poderia dizer
que conheceu a plenitude do amor, porque a existência do genuíno amor só pode
acontecer entre diferentes e complementares.
É justamente essa característica do amor que torna
a expressão bíblica surpreendente porque amar implica em repartir-se e, de
certo modo, vulnerabilizar-se.
Porque quem entra em um relacionamento de amor
corre riscos, o risco da liberdade, porque do contrário esse relacionamento não
seria de amor, mas uma ditadura, uma obrigação. Quem é livre pode ir embora. Só
não o vai justamente porque não se imagina fora dessa relação de plenitude.
Porque um Deus que é autossuficiente, que de nada
sente falta, resolve amar, e amar seres humanos imperfeitos? Como diz a letra
de uma de nossas músicas: isso está “muito além do nosso entendimento”.
O amor de Deus jamais será plenamente compreendido
pela mente humana. Porque podendo se revelar como Deus-Poder, autossuficiente,
Ele resolve se revelar como o Deus-AMOR?
É como se aquele que de nada precisa, resolvesse
“criar uma necessidade para si”. Qual “necessidade”? Amar!
Deus escolhe se relacionar, e relacionar-se
significa abrir espaço para o outro. E esse Deus, que é amor, resolve abrir
espaço para sua criação, especialmente a coroa de sua criação: o ser humano. Talvez
esse amor divino não posa ser entendido, mas pode ser perfeitamente desfrutado.
E essa é a grande descoberta da vida!
É através desse repartir-se em amor que Deus se
relaciona com o primeiro casal: Adão e Eva. Todos os dias eles
ouviam os passos do Senhor quando soprava a brisa do dia para aquela conversa
de final de tarde.
Ainda no Gênesis, vemos Deus em relacionamento com
outro amigo seu chamado Noé, homem justo, íntegro e que foi poupado
junto com sua família quando do grande dilúvio. Seu relacionamento era tão estreito
com Deus que a Bíblia assim define Noé: “aquele que andava com Deus”.
Também vemos Deus em relacionamento com os
Patriarcas: Abraão, Isaque, e Jacó. Deus então chama a Abraão
de amigo e define a si mesmo como “o
Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”. Eis
o Deus dos relacionamentos!
Já no livro do Êxodo vemos Deus em relacionamento
com um outro homem chamado Moisés. O relacionamento de Deus com
Moisés era tão intenso e profundo que foi o único homem na Bíblia que viu Deus,
ainda que de costas.
Isso é relacionamento! Deus é relacional! Deus ama
a comunhão! Aliás, o Deus Altíssimo só pode ser encontrado na comunhão dos
relacionamentos.
Foi o que nos garantiu aquele que é a própria
revelação do Pai: “Pois onde estiverem reunidos dois
ou três em meu nome, ali eu estarei no meio deles” (Mt 18.20)
© Emanoel
Florencio Mannô
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Oração
Querido Deus, muito obrigado por nos criar à
sua imagem e semelhança. Obrigado por ser esse Deus de amor que se relaciona comigo,
obrigado por me criar também dessa forma. Sei que com a queda humana no jardim
do Éden os relacionamentos foram frustrados, e, que o tempo que estamos vivendo
apela para que vivamos de uma forma egoísta. Sendo assim, ensina-me a viver de
forma relacional que venha demonstrar a diferença de tê-lo como Senhor de
nossas vidas. Ajude-me a conviver sinceramente com meus irmãos. Amém.
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