quarta-feira, 2 de julho de 2014

Devocional#17 - A SAÚDE DOS RELACIONAMENTOS NOS 10 MANDAMENTOS (I)


Frase para reflexão:
Relacionamentos saudáveis não escravizam, mas geram responsabilidades mútuas que produzem sinergia. “
E. F. Mannô

O Deus da Bíblia é o Deus dos relacionamentos. Ele ama a comunhão e abriu espaço para que seres humanos limitados se tornassem íntimos dele, sendo até chamados de amigos.

Entretanto, de Adão até antes de Moisés, os relacionamentos de Deus com o homem era algo privado, pessoal, sustentado apenas pela própria experiência de ambas as partes.

Isso acontecia através de sonhos, visões, visita de anjos ou outras formas, mas todas elas eram de caráter experiencial, ou seja, não havia referências ou padrões pelos quais esse relacionamento se dava. 

Mas a partir de Moisés, algo muda!

Quando o grande legislador da nação de Israel está diante do Monte Sinai juntamente com o povo, Deus resolve estabelecer as bases desse relacionamento de comunhão, que passaram a ser conhecidas, na verdade expressas, escritas em tábuas de pedra pelo dedo do próprio Deus e entregue a Moisés e ao povo.

São essas regras de relacionamento que conhecemos como os Dez Mandamentos.

Se antes Deus se relacionava com algumas pessoas de forma privada, pessoal e de modo não-formal, agora Deus estabelece as bases de seu relacionamento de modo geral, tornando conhecido de todos a sua vontade, que como se sabe, é boa, perfeita e agradável.

Como Ele faz isso? Prescrevendo as bases e a qualidade do relacionamento que terá com a nação de Israel e também aquilo que serão princípios norteadores nos relacionamentos entre os próprios israelitas.

E o valor intrínseco desses mandamentos atravessou gerações, moldando culturas e os relacionamentos entre os povos desde então. Quais são esses valores?

1.   Não terás outros deuses além de mim. “Vocês serão o meu povo e eu serei vosso Deus”. Indica exclusividade no relacionamento, não no sentido de posse, mas de não-interferência externa. Relacionamentos saudáveis observam esse preceito!

2.   Não farás para ti imagens ou ídolos. Nenhuma imagem pode representar quem Deus é, como nenhum objeto pode representar a integralidade dos relacionamentos. Relacionamentos saudáveis são únicos no sentido de ser impossível reproduzi-los em outro alguém ou alguma coisa!

3.   Não tomarás em vão o nome do Senhor Teu Deus. Não permitam que o santo nome de Deus seja profanado por causa do modo de vida de vocês. Isso indica a sacralidade nos relacionamentos. Relacionamentos saudáveis atentam para isso!

4.   Guardem um dia da semana para santificá-lo. Façam tanto do trabalho como do descanso, meios de santificar a vida. Não se deixem escravizar por nenhum deles. Relacionamentos saudáveis não escravizam, ao contrário, santificam, cujo verdadeiro significado é o zelo pela vida!

Esses quatro primeiros princípios estabelecem as bases do relacionamento do homem com Deus. São princípios norteadores que, se observados, conduzirão a uma vida saudável, plena e cheia de significado.

Porém, se ignorados, colocam em risco não só a qualidade dos relacionamentos, como a segurança da própria vida.

Nesse sentido, poderíamos dizer que o relacionamento do homem com Deus se baseia nesses princípios: exclusividade, integralidade, sacralidade e santidade.

No final das contas, esses princípios também norteiam os relacionamentos humanos. Mas isso já é uma outra história!

© Emanoel Florencio Mannô
________________________
Oração

Querido Deus, muito obrigado por nos criar à sua imagem e semelhança. Obrigado por ser esse Deus de amor que se relaciona comigo, obrigado por me criar também dessa forma. Ajude-me a compreender que os dez mandamentos servem mais para me ensinar a viver melhor contigo, com as outras pessoas e comigo mesmo, do que um conjunto de regras que devo seguir para depois “banganhar”. Ensina-me o valor dos relacionamentos saudáveis e o quanto vivendo assim posso cumprir com minha missão de vida ainda melhor. Amém.
________________________

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria.