Texto para memorização:
“Vocês estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação
de uma casa espiritual, para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios
espirituais aceitáveis a Deus por meio de Jesus Cristo”
1
Pedro 2.5
Desde tempos imemoriais Deus havia desejado formar
um reino de sacerdotes. Ainda no tempo de Moisés, no monte Sinai, Deus diz aos
israelitas: “se me obedecerem fielmente e
guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal dentre todas as
nações. Vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa”. (Ex 19.5-6)
Esse desejo é novamente manifesto nos tempos do
profeta Isaías: “Vocês serão chamados sacerdotes
do Senhor, ministros do nosso Deus”. (Isaías
61:6)
Porém, como se sabe, a nação de Israel falhou em
guardar a aliança do Senhor. Falhou em ser essa nação de sacerdotes, cuja
obediência revelaria ao mundo o significado de ser uma “nação cujo Deus é o Senhor”.
Se Israel falhou em sua parte na aliança, Deus não
falhou em cumprir sua promessa de redenção da humanidade através da semente da
mulher. Mesmo com as gritantes falhas da nação de Israel, Deus cumpre sua
promessa de trazer ao mundo a criança que “esmagaria a cabeça da serpente”. É do útero dessa
nação vacilante que Deus suscita o nascimento do Seu Filho, o messias
prometido.
Em Jesus o desejo de Deus é cumprido. Em Jesus se
inicia um novo sacerdócio, eternamente eficaz. Em Jesus um novo povo é formado
e uma nova aliança estabelecida; e esta nova aliança possibilita a todos que dela
fazem parte o exercício do sacerdócio.
Por causa do sacrifício eficaz de Cristo, o
sacerdócio não está mais limitado a um grupo de sacerdotes, separados para o
serviço na casa do Senhor, aptos para terem acesso ao Pai.
Todos os que estão sob o senhorio de Cristo foram
feitos sacerdotes de Deus: “Vocês,
porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus...” (I Pe 2:9)
Há pelo menos três aspectos que passam fazer parte
da vida desse novo sacerdócio real, descrito pelo escrito aos Hebreus: “Aproximemo-nos de Deus... apeguemo-nos com
firmeza à esperança que professamos... consideremos uns aos outros para nos
incentivarmos ao amor e às boas obras”. (Hb 10.22-24)
Em primeiro lugar, nesse reino de sacerdotes, um
coração sincero e com plena convicção de fé em Cristo, resulta
em um acesso contínuo a Deus, sendo esse o maior de todos os privilégios. O
reino de sacerdotes é um reino de fé!
Em segundo lugar, há um chamado para apegar-se na expectativa
confiante que se concentra na vinda de Cristo e na glória que está por
vir, porque “aquele que prometeu é fiel”. O reino de sacerdotes é um reino de esperança!
Finalmente, esse reino é marcado pela mutualidade,
isto é, a atitude de encorajar e desafiar uns aos outros ao amor e
às boas obras, mantendo a regularidade nos encontros de comunhão. O reino de
sacerdotes é um reino de amor!
Em suma, nesse reino de sacerdotes, somos exortados
a nos aproximar de Deus pela fé, esperar por Cristo com esperança,
e encorajar uns aos outros em amor.
Não por acaso o apóstolo Paulo nos ensina que “permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o
amor”. (1Co 13.13)
Como se vê, o sacerdócio real é trinitário em todas
as dimensões.
© Emanoel Florencio Mannô
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Oração
Querido Deus, muito obrigado pelo sacrifício
de Cristo na cruz. Sei que por mim mesmo não poderia fazer nada para estar
diante de Ti de uma forma correta. Sei que sempre foi necessário um mediador
entre o homem e Deus. Sendo assim, obrigado por nos escolher, em Cristo Jesus,
para vivermos o sacerdócio santo e oferecermos sacrifícios espirituais a Ti.
Ensina-me a viver nesse reino de sacerdotes no qual eu possa me aproximar de Ti
pela fé, aguardar por Cristo com esperança e encorajar os meus irmãos em amor.
Amém.
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