Texto para memorização
“A minha
comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra”.(1)
Quando alguém é tomado pela consciência de que adoração não é um aspecto da vida, mas é o estilo de vida de quem
nasceu de Deus, então a consequência natural é o desejo incontido de levar o
reino de Deus e sua justiça a todos.
É o que faz a mulher samaritana. Ela sai correndo e vai contar a todos
quem ela conheceu. Ela se torna uma missionária!
E missionário é alguém que tem a consciência de que está em missão no
mundo e a consequência disso é que todas as dimensões da vida passam a servir a
esse propósito. Qual propósito? Adorar a Deus, isto é, trazer glória ao nome de
Deus em tudo o que faz, e sinalizar os valores do seu Reino com obras de
justiça.
A adoração profunda provoca isso! Quem a descobre, passa a compartilhar tudo:
tempo, dinheiro, dons, conhecimento, enfim, a totalidade da vida. Os valores
mudam! O que era absoluto – as necessidades materiais – passam a ser relativo,
e o que era relativo – a adoração – passa a ser absoluto! Essa é a grande
revolução do evangelho!
A adoração só é integral e verdadeira quando se ganha a consciência de
que se está, não apenas diante de um grande mestre ou de um profeta, mas diante
do próprio Deus! É isso que demonstra a história de vida da samaritana. Ela abandona
o vaso de água, que era o centro de sua preocupação, e saiu pelas vilas de
Samaria anunciando que encontrara um tesouro: o Cristo!
Quem descobre a adoração profunda tem uma fome diferente. Que fome é
essa? Fome e sede de justiça, isto é, colocar a sua vida a disposição de Deus
para que toda forma de opressão e injustiça, seja material ou espiritual, seja
combatida “porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo
aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.(2)
Quem se torna um verdadeiro adorador internaliza
que o Pai é nosso e o pão também e nosso, e que de nada somos
proprietários, mas apenas mordomos de tudo o que nos chegou por graça como
dádivas de Deus. Por isso, há a consciência de que “um semeia e o outro colhe”(3), razão pela qual o
centro da preocupação não é a produtividade – até porque quem dá o crescimento
é o próprio Deus – mas a nossa fidelidade à missão que nos foi confiada: “Ame o Senhor, o
seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu
entendimento...e ame ao seu próximo como a si mesmo”.(4)
E esse estilo de vida no espírito, vai gerando outros discípulos
maduros, conscientes e emancipados, que não se tornam nossos dependentes, mas
unicamente dependentes de Deus. É isso que vimos como resultado da incursão
missionária da mulher samaritana pelas vilas de Samaria: “agora cremos não somente por causa do que
você disse, pois nós mesmos o ouvimos e sabemos que este é realmente o Salvador
do mundo”.(5)
Vivendo sob essa perspectiva, nosso estilo de vida será a adoração, nossas ações serão obras de justiça,
e o nosso ministério será sempre o próximo necessitado, e tudo,
absolutamente tudo, será para a glória de Deus.
Soli Deo Gloria!
© Emanoel Florêncio Mannô
(1) Jo 4.34
(2) Jo 3.16 (3) Jo 4.37 (4) Mt 22.37-39 (5) Jo 4.42
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Oração
Querido
Deus, obrigado por nos transformar a cada dia. Que de fato possamos ser tomados
por uma consciência de adoração e um desejo de levar o seu reino e a sua
justiça para todas as pessoas. Pai, nos ensine que a grande comissão é para todos
os cristãos e não somente para aqueles poucos que se consideram vocacionados.
Que a vida de Jesus e dos apóstolos seja o exemplo de como devemos viver, com
um senso de missão no mundo no qual submetamos todas as dimensões de nossas vidas
para cumprir com esse propósito. Amém.
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