Texto para memorização:
“O fruto da justiça semeia-se em paz
para os pacificadores.” (1)
O
capítulo 4 do evangelho de Mateus nos apresenta o conhecido Sermão do Monte.
Depois de curar muitos doentes, ensinar nas sinagogas e pregar as Boas Novas do
reino de Deus em muitas regiões a partir da Galileia, Jesus sobe ao monte e
começa ensinar aos seus discípulos aquilo que é considerado por muitos a “Carta Magna” do reino de Deus: as bem-aventuranças.
Eis dois de seus “artigos”: “Bem aventurados os que tem fome e sede de justiça, pois serão
satisfeitos”. “Bem-aventurados os pacificadores pois serão chamados filhos de
Deus.” (2) Nesses dois
versículos são identificadas duas características dos seguidores de Jesus: eles
têm fome e sede de justiça e são pacificadores. Também a eles são feitas duas
promessas: eles serão satisfeitos em sua sede e fome, e também serão
reconhecidos como filhos de Deus.
Justiça e paz são inseparáveis, por isso não é de estranhar que elas apareçam
juntas também no Sermão do Monte. Aliás, juntamente com a alegria, elas compõem o cerne do reino que Jesus veio trazer: “Um reino de
justiça, paz, e alegria no Espírito.” (3)
Por
que elas são inseparáveis? Porque sem justiça,
a paz se torna impossível. Em todo e
qualquer lugar onde a justiça não é praticada, não se pode esperar paz. Da mesma forma, em todo e qualquer
relacionamento onde a dignidade humana não é respeitada, ou seja, onde não se
pratica a justiça, os conflitos se estabelecem.
A paz é filha da justiça. Isso pode ser observado nas experiências mais comuns do
cotidiano. Porque é que o tratamento paterno diferenciado entre filhos gera
conflito? Ausência de justiça! Porque casamentos entram em crise? Porque, via
de regra, a dignidade e os direitos do outro são aviltados: ausência de justiça!
Porque a relação patrão/empregado degenera em conflitos? Ausência de justiça,
de ambos os lados.
Quando
a justiça não é feita, o conflito se
estabelece e a paz desaparece. É por
isso que a Bíblia vai ensinar que a justiça
de Cristo nos trouxe a paz. Nosso
pecado nos colocou em conflito com Deus, interrompendo nossa comunhão com Ele. A
nossa vida de injustiça, ou seja, nossa tentativa de viver independente dele,
abriu uma guerra entre nós e Deus. Por isso precisávamos de um Salvador; alguém
que sendo totalmente justo, cumprisse a justiça
de Deus e selasse a paz entre os
homens e o criador.
Em
Jesus, a justiça e a paz se beijaram! Nele fomos reconciliados com Deus porque
Cristo cumpriu toda a justiça de Deus e nos beneficiou com toda sorte de
bênçãos.
Justiça e paz andam sempre juntas. Não por acaso
somos convocados por Jesus a sermos também pacificadores,
porque quando promovemos a paz, também nos tornamos agentes de justiça. Sem justiça,
a paz nunca será possível!
Você
tem sido identificado pelas pessoas como um pacificador e um agente de justiça?
© Emanoel Florêncio Mannô
(1) Tg 3.18
(2) Mt 5.6,9 (3) Rm 14.17
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Oração
Querido
Deus, muito obrigado pela salvação que nos foi oferecida. Sabemos que nosso
pecado nos colocou em conflito contigo, interrompendo nossa comunhão. Porém
tudo mudou quando o salvador Jesus Cristo foi enviado para a cruz em nosso
lugar, cumprindo assim a sua justiça e através disso selou a paz entre nós e o
Senhor. Ajude-nos agora a sermos pacificadores, pessoas que promovam a paz e
que militem a favor da justiça nesse mundo. Queremos ser como seu Filho Jesus.
Amém.
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