quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Devocional#17 - NÃO APENAS UM FILHO, MAS UM DEUS PRÓDIGO

Texto para memorização
“Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para o seu filho, e o abraçou e beijou...meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que eu tenho é seu.” (1)

O capítulo 15 de Lucas nos relata aquela que é considerada uma das mais conhecidas histórias da Bíblia: a parábola do Filho Pródigo.

Eis a história: um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: “quero minha herança agora mesmo”. O pai, então, dividiu a propriedade entre os dois filhos. O filho mais novo foi embora e logo desperdiçou tudo o que tinha. O filho mais velho ficou e continuou seus deveres cotidianos, porém com um indisfarçável descontentamento.

Passado um tempo, o filho mais novo, arrependido e falido, volta para casa e recebe o perdão do pai. O filho mais velho fica enciumado e revoltado e fala desrespeitosamente com o pai, mas também é aconselhado e perdoado.

         O mais surpreendente nessa história contada por Jesus é que ambos os filhos mereciam severa repreensão. O mais novo por levar uma vida devassa e desperdiçar tudo o que tinha; o mais velho por faltar-lhe com a consideração e desrespeitar sua autoridade. Ambos agiram errado, ambos mereciam punição, ainda mais numa sociedade patriarcal como era a região da Palestina à época.

         Porém, o que vimos é um Pai absolutamente generoso. Se o filho mais novo foi negativamente pródigo em sua licenciosidade, e o filho mais velho foi negativamente pródigo em seu egoísmo, o Pai foi positivamente pródigo em sua generosidade e misericórdia.

Essa parábola talvez devesse se chamar: “O Pai pródigo”.

Mais do que um filho pródigo, a Bíblia nos revela um Pai pródigo. Como nessa história o pai é uma figura do próprio Deus, vemos que o Deus da Bíblia é um Deus pródigo. Pródigo em amor e generosidade; até mesmo sua justiça é generosa!

Deus não deixa de ser justo para poder ser generoso. Ele não abre mão de sua justiça porque isso equivaleria ele deixar de ser Deus. Então como é que ele pode exercer misericórdia sem deixar de ser justo? A única resposta possível é: por causa do que Jesus Cristo fez pela humanidade.

Na cruz, a justa ira de Deus, como resultado de sua justiça, recaiu inteiramente sobre Jesus. Toda a culpa e pecado do mundo inteiro, incluindo o meu e o teu pecado, recaiu sobre o cordeiro de Deus. Satisfeita a justa ira de Deus contra o pecado, isto é, satisfeita a justiça de Deus, então a misericórdia nos alcançou de uma vez por todas porque “graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a sua fidelidade.” (2)

Para podermos andar com Deus em plena comunhão e alinhamento de vontade, precisamos fazer da generosidade a marca da nossa vida. Isto significa não apenas fazer o ordinário, mas fazer o extraordinário, como fez o Pai pródigo!
                        
© Emanoel Florêncio Mannô

 (1) Lc 20.20-31 (2) Lm 3.22-23
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Oração
 Querido Deus, muito obrigado por sua misericórdia inesgotável, que nos chega todos os dias pelas manhãs e se estende até o anoitecer! Sem essa graça não nos seria possível viver, e, sabemos que quando não a reconhecemos vivemos uma vida medíocre nesse mundo. Ajude-nos agora a praticar essa misericórdia e graça para com as pessoas, e, caso não consigamos fazê-lo sinceramente que ainda possamos ser alcançados com seu amor, de um Deus que é pródigo. Amém.
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