terça-feira, 8 de julho de 2014

Devocional#22 - A MISSÃO TEM UM ESTILO DE VIDA!



Texto para memorização:
Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, e de todo o seu entendimento... e ame o seu próximo como a ti mesmo. ”
Mateus 22.37

Você já sabe que missão é aquilo para o qual alguém existe e que descobrir e viver a missão nos dá um poderoso senso de direção para a vida. Sabe também que a missão cristã no mundo é revelar a vontade de Deus para o ser humano e para isso Jesus veio para redimir a humanidade: essa é a mensagem do evangelho.

Sabe ainda que ninguém pode cumprir a missão sozinho e por isso precisamos desenvolver relacionamentos fortes e saudáveis, com Deus e com as pessoas, e que para isso temos como modelo Jesus de Nazaré, um ser humano completo, íntegro e integral, em total consonância com a vontade de Deus.

Depois de ganharmos consciência do significado da missão, da mensagem da missão, e da relevância dos relacionamentos no cumprimento da missão, chegou a hora de compreender o serviço da missão. Qual é o serviço cristão no mundo? De que forma ele deve ser feito? Qual deve ser minha motivação ao fazê-lo? Bem, vamos descobrir juntos! Primeiramente precisamos entender qual a origem desse chamado para servir.

A missão cristã no mundo brota das palavras de Jesus, que comumente conhecemos como Grande MandamentoAme o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, e de todo o seu entendimento... e ame o seu próximo como a ti mesmo. ” (Mt 22.37)

O Grande Mandamento resume toda a Lei de Moisés em duas práticas de vida: Esse é o centro irradiador do serviço cristão no mundo. Aqui estão todos os elementos que precisamos para fazer o bem, e bem feito. Ele nos indica que a essência da vida é o amor e que esse amor, para além de nós mesmos, deve ser direcionado à Deus com todas as forças do nosso ser, e às pessoas necessitadas, do mesmo modo que faríamos a nós mesmos.

Aqui está indicado o que eu devo fazer, de que jeito devo fazer e porque devo fazê-lo. Quando servimos, e servimos do jeito certo e com a motivação certa, então o serviço é elevado à categoria de amor. Nesse caso poderíamos parafrasear o texto da seguinte forma: “Sirva a Deus com todo o seu ser e sirva às pessoas com a mesma entrega com que faria a você mesmo”. Isso tem implicações!

Em primeiro lugar, significa que você foi criado por Deus para fazer boas obras, mas isso tem que ser feito do jeito certo e com uma finalidade específica.

Em segundo lugar, significa que você deve amar a Deus, mas se esse amor não for de todo o coração, de toda a alma, e de todo o entendimento; e se esse amor não estiver transparecendo no serviço aos outros, você não estará cumprindo sua missão de vida, e provavelmente desperdiçando suas melhores energias.

A missão de vida que nos foi comissionada pelo próprio Cristo tem uma lógica poderosa. Quem nasce de novo (do espírito), se torna um novo homem, para viver uma nova vida, numa nova sociedade, que aguarda novos céus e nova terra. Enquanto isso não acontece, sinaliza os valores do reino de Deus no mundo, através da mensagem do evangelho e do serviço amoroso de cuidado aos mais necessitados.

Note que se o Reino de Deus tem uma mensagem, ele também tem uma prática. Não é apenas um conjunto de bons conselhos, é uma prática de vida. Na verdade se trata de absorver e viver um estilo de vida: o estilo de vida do reino de Deus!

Ninguém pode dizer que é um legítimo discípulo de Jesus apenas porque conhece o Salmo 23 ou 91, ou um punhado de versículos da Bíblia, ou ainda porque sabe os jargões do “crentês”, do “evangeliquês” ou da religião. Nada disso identifica um discípulo de Jesus, e também não faz a menor diferença no mundo.

Seguir a Jesus é muito mais do que ter uma mensagem. É encarnar essa mensagem através de ações e práticas, revelando o poder transformador do Evangelho de Jesus Cristo.

Então, que tal fazer uma auditoria na sua vida? Será que você passaria no teste da missão: fazer a coisa certa, do jeito certo, e com a motivação certa? Ou será que você está gastando suas energias em outras coisas, que podem ser muito interessantes, mas simplesmente não fazem parte de sua missão de vida, e que inclusive Deus não te pediu para fazer?

É hora de checar o que é que estamos fazendo com a nossa vida. Aliás, nossa não! Ela apenas nos foi confiada e Deus espera que façamos dela uma boa gestão.
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Oração
Querido Deus, muito obrigado pelo exemplo de vida que temos a partir de Jesus Cristo, ele sim é nosso paradigma de como devemos viver nessa sociedade dos homens. Ajude-me compreender a prática que Ele tinha e que eu possa viver também com um estilo de vida de serviço. Deus, sou desejoso do dia em que o Senhor virá buscar todos aqueles que creem em Teu filho, mas enquanto esse dia não chega ensina-me a sinalizar os valores do Teu reino nesse mundo, através da mensagem do evangelho e do serviço amoroso de cuidado aos mais necessitados. Amém.
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O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria. 

domingo, 6 de julho de 2014

Devocional#21 - O CORDÃO DE TRÊS DOBRAS E A TRINDADE



Texto para memorização:
Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade”. 
Eclesiastes 4.12

O livro do Eclesiastes é um dos livros mais belos, intrigantes e sábios da Bíblia Sagrada. Nele vemos os relacionamentos ganhando uma incrível proeminência.

Em um mundo onde se busca freneticamente fama, dinheiro e poder, o sábio do Eclesiastes chega à conclusão que tudo isto não passa de algo vazio e sem sentido, quando comparado aos verdadeiros valores da nossa existência.

E que valores são esses? Aquilo que construímos durante a vida e chamamos de relacionamentos de comunhão. Veja a beleza da poesia e da sabedoria:

“É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas”.

“Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade”. (Ec 4.9,12)

Assim como a Bíblia apresenta o Deus Altíssimo como um único Deus, mas que se manifesta através da eterna trindade: Pai, Filho, e Espírito Santo, o Eclesiastes estabelece a solidez dos relacionamentos também no contexto de uma tríade, o cordão de três dobras.

Eis aqui um bom modelo para relacionamentos saudáveis.

primeira dobra representa a relação entre você e Deus. Esse relacionamento precisa evidenciar as virtudes do Espírito como o amor, a alegria, e paz, cuja fonte é o próprio Deus.

segunda dobra representa a relação entre você e as outras pessoas. Esses relacionamentos precisam fluir paciência, amabilidade e bondade, não permitindo qualquer rachadura no seu estado de comunhão.

terceira dobra é a relação entre você e você mesmo, isto é, quando a fidelidade, a mansidão e domínio próprio, produzem harmonia interna.

Quando cuidamos simultaneamente dessas três dimensões dos relacionamentos, jamais experimentamos rupturas definitivas na comunhão; ao contrário, cada vez mais o poder da comunhão se revela através de relacionamentos mais fortes e saudáveis.

Faz parte da sua missão de vida fortalecer os laços de comunhão nos relacionamentos! Com quem? Com Deus, com as outras pessoas e consigo mesmo.

Nunca se isole! Não se torne um “estranho” para Deus, para as outras pessoas, e inclusive para você mesmo.

Ninguém consegue cumprir a missão sozinho. Além da nossa própria disposição e engajamento, precisamos de Deus e também precisamos das outras pessoas!

Há um poder espiritual na comunhão que é mais forte do que qualquer coisa nesse mundo. Jesus disse: Se vocês estiverem em mim, e as minhas palavras estiverem em vós pedireis TUDO e vos será feito”. (João 15.7)

Você não abriria mão de algo tão poderoso, não é mesmo?
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Oração

Querido Deus, muito obrigado por nos criar à sua imagem e semelhança. Obrigado por ser esse Deus de amor que se relaciona comigo, obrigado por me criar também dessa forma; um ser relacional. Ajude-me compreender essa tríade de relacionamento ensinada no livro de Eclesiastes. Ensina-me a ter um relacionamento saudável contigo, com as pessoas e comigo mesmo. Ajude-me a praticar esse Fruto do Espírito em todas as esferas da vida, em todos os ambientes e nos vários momentos. Ensina-me a encarnar, assim como Jesus o fez, o Fruto do Espírito no viver diário, para que o Seu reino venha ser sinalizado nesse mundo através da minha vida. Ajude-me ser mais parecido com Cristo diariamente. Amém.
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O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria. 

sábado, 5 de julho de 2014

Devocional#20 - O ESPÍRITO SANTO E SEU FRUTO NOS RELACIONAMENTOS


Texto para memorização:
Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio...  “ Gálatas 5.22-23


Enquanto pisou o chão poeirento desse mundo Jesus viveu em perfeita obediência ao Pai, isto é, ele viveu a plenitude da vontade de Deus.

Jesus de Nazaré foi o único ser humano do planeta, em todas as épocas, que cumpriu cabalmente a Lei e a vontade de Deus.

No capítulo quatro do evangelho segundo Mateus, no conhecido capítulo da tentação de Jesus, fica claro que Jesus vence o Maligno, não com demonstrações de poder – embora pudesse fazê-lo e fora tentado a isso – mas porque se manteve em total e plena obediência ao Pai.

Suas respostas eram sempre precedidas de um acachapante: Está escrito...”

Jesus cumpriu a sua missão nesse mundo e voltou ao Pai, porém, antes de ir, Ele prometeu enviar um outro consolador. Quem era esse outro consolador? O Espírito Santo. Ele prometeu e cumpriu!

Mas quem é o Espírito Santo? Ele é a terceira pessoa da santíssima trindade. O Deus da Bíblia é um só Deus, mas manifesto em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

O Espírito Santo é o executor do que Deus deseja fazer nesse mundo, inclusive é ele que santifica os relacionamentos e os fortalece sobremaneira.

De que maneira o Espírito Santo forma em nós fortes laços de relacionamento, que chamamos de comunhão?

Bem, à medida que abrimos nosso coração e permitimos que o Espírito habite em nós, vamos desenvolvendo um relacionamento tão estreito, tão intenso, tão cheio de vida, que esse relacionamento gera um fruto, o Fruto do Espírito, que se manifesta através de nove virtudes ou qualidades, assim como a fruta mexerica é uma fruta só, mas possui vários gomos.

Que é o fruto do Espírito? É o resultado do nosso relacionamento com o Espírito Santo. E o que é que Ele gera em nós como fruto desse relacionamento? Bem, Ele gera:

- amor, alegria e paz.
- paciência, amabilidade e bondade.
- fidelidade, mansidão e domínio próprio.

Note que o fruto do Espírito é um só, mas se divide em nove partes. À soma ou totalidade dessas partes ou “gomos” chamamos AMOR!

Os três primeiros: amor-alegria-paz, é a manifestação devocional do amor. Tem a ver com o relacionamento entre você e Deus. Na verdade tanto a verdadeira alegria como a verdadeira paz são subprodutos do amor, que tem sua origem no próprio Deus. Sem amor, a verdadeira alegria e paz são impossíveis.

Os outros três: paciência-amabilidade-bondadeé o amor em movimento e tem a ver com o relacionamento entre você e as outras pessoas. A primeira virtude faz crescer a generosidade em você; a segunda inunda seu pensamento dessa generosidade; enquanto que a terceira é a generosidade expressa em atos.

Já o último grupo de três: fidelidade-mansidão-domínio próprioé o amor internalizado. Isso tem a ver com seu relacionamento interno: você com você mesmo. A primeira qualidade indica uma vida sem máscaras; a segunda indica a domesticação das nossas forças, enquanto a terceira indica a disciplina dos instintos.

Esse é o papel do Espírito Santo no mundo: santificar a vida e fortalecer os relacionamentos. Enquanto isso vai acontecendo no decorrer da vida, significa que o Espírito está gerando em nós o seu fruto: o Fruto do Espírito, que é o amor!

Então, como está a sua vida? Ela está frutificando?
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Oração
Querido Deus, muito obrigado por nos criar à sua imagem e semelhança. Obrigado por ser esse Deus de amor que se relaciona comigo, obrigado por me criar também dessa forma; um ser relacional. Ajude-me a compreender a relevância do relacionamento com o Teu espírito como gerador do Fruto do Espírito em minha vida. Ensina-me a conviver com fidelidade contigo, com as outras pessoas e comigo mesmo. Ajude-me a praticar esse Fruto do Espírito em todas as esferas da vida, em todos os ambientes e nos vários momentos. Ensina-me a encarnar, assim como Jesus o fez, o Fruto do Espírito no viver diário, para que o Seu reino venha ser sinalizado nesse mundo através da minha vida. Ajude-me ser mais parecido com Cristo diariamente. Amém.
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O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria. 

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Devocional#19 - JESUS E A PRÁTICA DOS RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS


Frase para reflexão:
Deus é relacional! Deus ama a comunhão! Aliás, o Deus Altíssimo só pode ser encontrado na comunhão dos relacionamentos. “
E. F. Mannô

Nos Dez mandamentos Deus estabelece como manter a alta qualidade dos relacionamentos para que possamos experimentar a plenitude e a integralidade da vida. Na realidade tais mandamentos não podem ser considerados um peso, posto que são a expressão do zelo de Deus pela vida.

Na plenitude dos tempos, quando Jesus chega à Palestina, ele entra na história humana e começa a mostrar na prática como é viver esses relacionamentos ensinados nos Dez Mandamentos.

Jesus de Nazaré foi um ser humano completo. Nele, não só sabemos como Deus é, mas também como o homem deve ser, isto é, para além de nos revelar o Pai, Jesus nos mostrou como ser um verdadeiro ser humano. Ele tornou-se o nosso modelo por excelência, e o propósito de Deus é formar o caráter de Cristo em todos aqueles que foram regenerados.

Jesus viveu toda a sua vida construindo e fortalecendo relacionamentos saudáveis.

Em algumas pessoas ele promovia a cura do corpo, em outras ele curava a alma abatida; já outros recebiam palavras de sabedoria, e outros ainda, eram terapeuticamente acolhidos pelo seu abraço.

Com Jesus era assim: ele sempre estava devolvendo alguém à vida!

Para Jesus, o que importava não era o que as pessoas tinham, seus títulos, seus bens. O que importava era quem elas realmente eram no mais profundo do ser.

Foi assim que Ele acolheu gente desprezada pela sociedade, gente esmagada pelos traumas, envergadas pelo sofrimento, sem reconhecimento social; mas era gente que tinha uma incrível disposição de coração para começar de novo.

E Jesus viu nelas uma espécie de diamante que só precisava ser lapidado para se tornar um ser humano precioso!

É por isso que Ele andava sempre perto de gente necessitada, gente marcada pela vida. Por que ele agia assim? Deixemos ele mesmo responder: “Eu não vim para os sãos, mas justamente para os doentes”.

Para Jesus o que importava não era o passado delas, mas o futuro!

Não foram poucas as pessoas que, após um encontro transformador com Jesus, se tornaram pessoas valorosas.

Gente como uma certa mulher samaritana da qual nem o nome conhecemos, de reputação duvidável, cuja vida pecaminosa revelava na verdade uma profunda sede de significado da existência. E Jesus saciou a sede da sua alma!

Gente como Zaqueu, um fiscal desonesto a serviço de Roma, odiado pelos seus conterrâneos, cujo isolamento de vida foi rompido pelo convite de Jesus; Zaqueu, é hoje o primeiro dia do seu futuro; vamos jantar juntos? ”

Gente como o ladrão da cruz, que viveu até o último momento de sua vida miserável para se descobrir um pecador e pedir de todo coração: Mestre, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino”. E Jesus se lembrou!

Porque Jesus agia assim? Porque Ele era o mestre dos relacionamentos. Ele era a própria encarnação dos mandamentos de Deus.

A verdade é que Jesus sempre se lembra de quem precisa de perdão e quer começar de novo. Ele não quer saber o que você tem, mas sobretudo quem você é no íntimo do seu ser, porque quem confessa os seus pecados e os abandona, alcançará misericórdia”.

Para esses sinceros de coração ele diz: Vinde a mim os cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei com um relacionamento de perdão e amor para viver uma nova vida!

Era assim que Jesus fortalecia os relacionamentos e formava laços de comunhão. É assim que ele espera que vivamos: gente que encarna os valores do Reino de Deus.

Vai aceitar o desafio?
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Oração
Querido Deus, muito obrigado por nos criar à sua imagem e semelhança. Obrigado por ser esse Deus de amor que se relaciona comigo, obrigado por me criar também dessa forma; um ser relacional. Ajude-me na compreensão da relevância dos dez mandamentos para os relacionamentos humanos, no quanto posso ser uma pessoa mais sincera ao praticá-los. Ensina-me a encarnar, assim como Jesus o fez, os mandamentos no viver diário, para que o Seu reino venha ser sinalizado nesse mundo através da minha vida. Ajude-me a ser mais parecido com Cristo diariamente. Amém.
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O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria. 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Devocional#18 - A SAÚDE DOS RELACIONAMENTOS NOS 10 MANDAMENTOS (II)


Frase para reflexão:
Na nossa jornada de cumprimento da missão, além do nosso próprio engajamento, precisamos tanto de Deus, como também precisamos de pessoas. “
E. F. Mannô

Você já sabe que o Deus da Bíblia é o Deus dos relacionamentos. Ele ama a comunhão. Sabe também que os 10 mandamentos nos foram dados como regras de relacionamento saudáveis revelando a vontade de Deus para o nosso bem.

Sabe ainda que os quatro primeiros mandamentos estabelecem as bases do relacionamento do homem com Deus, revelando a exclusividade, a integralidade, a sacralidade e a santidade dos relacionamentos.

Mas e os outros seis mandamentos restantes, do que tratam? Tratam justamente da qualidade dos relacionamentos entre os seres humanos, isto é, entre você e as outras pessoas. Quais são eles?
  

5.   Honra teu pai e tua mãe. Indica o quanto o respeito é o esteio dos relacionamentos. Eis um mandamento com promessa automática de longevidade. Respeito é marca dos relacionamentos saudáveis. Quem quer respeito precisa aprender a respeitar, sobretudo quando se trata de uma autoridade outorgada pelo próprio Deus, como é a dos pais.

6.   Não matarás. Indica apreço total pela vida. Nada pode justificar o fato de alguém ceifar a vida do outro. Trata-se da não-banalização da vida, posto que ela é sagrada e tem um valor intrínseco. Doá-la e tirá-la pertence somente a Deus. Nenhum ser humano está autorizado a fazê-lo.

7.   Não adulterarás. Indica que aquilo que foi originariamente estabelecido por Deus não pode ser deturpado. A originalidade dos relacionamentos não pode ser aviltada, desonrada, adulterada; seja pelos pecados sexuais, pelos pecados religiosos, pelos pecados sociais ou pelos pecados pessoais.

8.   Não furtarás. Indica que relacionamentos saudáveis são baseados no contentamento, isto é, em não querer aquilo que não me pertence.

9.    Não darás falso testemunho. Indica o amor pela verdade nos relacionamentos e a abominação da mentira, posto que a verdade liberta, enquanto que a mentira escraviza.

10.   Não cobiçarás. Indica que a diversidade humana tem origem no próprio Deus e que cada um deve aprender a viver com o senso de suficiência, cuidando do que possui sem cair na armadilha das comparações.

Note que, se os quatro primeiros mandamentos dizem respeito ao relacionamento de cada um de nós com Deus, os seis mandamentos subsequentes dizem respeito ao relacionamento entre nós e as outras pessoas.

Se o relacionamento entre o homem e Deus se baseia nos princípios de exclusividade, integralidade, sacralidade e santidade, o relacionamento entre os seres humanos se baseia em princípios como respeito, não-banalização, originalidade, contentamento, verdade e diversidade.

Relacionamentos saudáveis entre pessoas são sustentados por esses seis pilares!

Os quatro mandamentos iniciais, que versam sobre o relacionamento do homem com Deus, somados aos seis mandamentos subsequentes, que dizem respeito ao relacionamento entre os seres humanos, garantem a integralidade e a plenitude da vida.

Ignorá-los é flertar com a dor, o sofrimento e a morte. Observá-los é construir relacionamentos fortes e sadios em todas as dimensões e experimentar a plenitude da vida.

Não é difícil entender porque o Deus da Bíblia é o Deus dos relacionamentos e ama a comunhão, não é mesmo?

© Emanoel Florencio Mannô
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Oração

Querido Deus, muito obrigado por nos criar à sua imagem e semelhança. Obrigado por ser esse Deus de amor que se relaciona comigo, obrigado por me criar também dessa forma. Ajude-me a compreender que os dez mandamentos servem mais para me ensinar a viver melhor contigo, com as outras pessoas e comigo mesmo, do que um conjunto de regras que devo seguir para depois “banganhar”. Ensina-me o valor dos relacionamentos saudáveis e o quanto vivendo assim posso cumprir com minha missão de vida ainda melhor. Amém.
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O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria. 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Devocional#17 - A SAÚDE DOS RELACIONAMENTOS NOS 10 MANDAMENTOS (I)


Frase para reflexão:
Relacionamentos saudáveis não escravizam, mas geram responsabilidades mútuas que produzem sinergia. “
E. F. Mannô

O Deus da Bíblia é o Deus dos relacionamentos. Ele ama a comunhão e abriu espaço para que seres humanos limitados se tornassem íntimos dele, sendo até chamados de amigos.

Entretanto, de Adão até antes de Moisés, os relacionamentos de Deus com o homem era algo privado, pessoal, sustentado apenas pela própria experiência de ambas as partes.

Isso acontecia através de sonhos, visões, visita de anjos ou outras formas, mas todas elas eram de caráter experiencial, ou seja, não havia referências ou padrões pelos quais esse relacionamento se dava. 

Mas a partir de Moisés, algo muda!

Quando o grande legislador da nação de Israel está diante do Monte Sinai juntamente com o povo, Deus resolve estabelecer as bases desse relacionamento de comunhão, que passaram a ser conhecidas, na verdade expressas, escritas em tábuas de pedra pelo dedo do próprio Deus e entregue a Moisés e ao povo.

São essas regras de relacionamento que conhecemos como os Dez Mandamentos.

Se antes Deus se relacionava com algumas pessoas de forma privada, pessoal e de modo não-formal, agora Deus estabelece as bases de seu relacionamento de modo geral, tornando conhecido de todos a sua vontade, que como se sabe, é boa, perfeita e agradável.

Como Ele faz isso? Prescrevendo as bases e a qualidade do relacionamento que terá com a nação de Israel e também aquilo que serão princípios norteadores nos relacionamentos entre os próprios israelitas.

E o valor intrínseco desses mandamentos atravessou gerações, moldando culturas e os relacionamentos entre os povos desde então. Quais são esses valores?

1.   Não terás outros deuses além de mim. “Vocês serão o meu povo e eu serei vosso Deus”. Indica exclusividade no relacionamento, não no sentido de posse, mas de não-interferência externa. Relacionamentos saudáveis observam esse preceito!

2.   Não farás para ti imagens ou ídolos. Nenhuma imagem pode representar quem Deus é, como nenhum objeto pode representar a integralidade dos relacionamentos. Relacionamentos saudáveis são únicos no sentido de ser impossível reproduzi-los em outro alguém ou alguma coisa!

3.   Não tomarás em vão o nome do Senhor Teu Deus. Não permitam que o santo nome de Deus seja profanado por causa do modo de vida de vocês. Isso indica a sacralidade nos relacionamentos. Relacionamentos saudáveis atentam para isso!

4.   Guardem um dia da semana para santificá-lo. Façam tanto do trabalho como do descanso, meios de santificar a vida. Não se deixem escravizar por nenhum deles. Relacionamentos saudáveis não escravizam, ao contrário, santificam, cujo verdadeiro significado é o zelo pela vida!

Esses quatro primeiros princípios estabelecem as bases do relacionamento do homem com Deus. São princípios norteadores que, se observados, conduzirão a uma vida saudável, plena e cheia de significado.

Porém, se ignorados, colocam em risco não só a qualidade dos relacionamentos, como a segurança da própria vida.

Nesse sentido, poderíamos dizer que o relacionamento do homem com Deus se baseia nesses princípios: exclusividade, integralidade, sacralidade e santidade.

No final das contas, esses princípios também norteiam os relacionamentos humanos. Mas isso já é uma outra história!

© Emanoel Florencio Mannô
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Oração

Querido Deus, muito obrigado por nos criar à sua imagem e semelhança. Obrigado por ser esse Deus de amor que se relaciona comigo, obrigado por me criar também dessa forma. Ajude-me a compreender que os dez mandamentos servem mais para me ensinar a viver melhor contigo, com as outras pessoas e comigo mesmo, do que um conjunto de regras que devo seguir para depois “banganhar”. Ensina-me o valor dos relacionamentos saudáveis e o quanto vivendo assim posso cumprir com minha missão de vida ainda melhor. Amém.
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O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria. 

terça-feira, 1 de julho de 2014

Devocional#16 - O DEUS DOS RELACIONAMENTOS


Texto para memorização:
Pois onde estiverem reunidos dois ou três em meu nome, ali eu estarei no meio deles. “
Mateus 18.20



Deus é Amor! Eis uma das mais surpreendentes revelações da Bíblia!

Sei que você deve estar acostumado a essa expressão bíblica, mas talvez não tenha pensado em suas profundas implicações.

Veja: a plenitude do amor só pode existir em um relacionamento entre diferentes. O que você pensaria de alguém que resolvesse se casar consigo mesmo, ou formar uma sociedade consigo mesmo? Não faz sentido não é?

Alguém que só ame a si mesmo jamais poderia dizer que conheceu a plenitude do amor, porque a existência do genuíno amor só pode acontecer entre diferentes e complementares.

É justamente essa característica do amor que torna a expressão bíblica surpreendente porque amar implica em repartir-se e, de certo modo, vulnerabilizar-se.

Porque quem entra em um relacionamento de amor corre riscos, o risco da liberdade, porque do contrário esse relacionamento não seria de amor, mas uma ditadura, uma obrigação. Quem é livre pode ir embora. Só não o vai justamente porque não se imagina fora dessa relação de plenitude.

Porque um Deus que é autossuficiente, que de nada sente falta, resolve amar, e amar seres humanos imperfeitos? Como diz a letra de uma de nossas músicas: isso está “muito além do nosso entendimento”.

O amor de Deus jamais será plenamente compreendido pela mente humana. Porque podendo se revelar como Deus-Poder, autossuficiente, Ele resolve se revelar como o Deus-AMOR?

É como se aquele que de nada precisa, resolvesse “criar uma necessidade para si”. Qual “necessidade”? Amar!

Deus escolhe se relacionar, e relacionar-se significa abrir espaço para o outro. E esse Deus, que é amor, resolve abrir espaço para sua criação, especialmente a coroa de sua criação: o ser humano. Talvez esse amor divino não posa ser entendido, mas pode ser perfeitamente desfrutado. E essa é a grande descoberta da vida!

É através desse repartir-se em amor que Deus se relaciona com o primeiro casal: Adão e Eva. Todos os dias eles ouviam os passos do Senhor quando soprava a brisa do dia para aquela conversa de final de tarde.

Ainda no Gênesis, vemos Deus em relacionamento com outro amigo seu chamado Noé, homem justo, íntegro e que foi poupado junto com sua família quando do grande dilúvio. Seu relacionamento era tão estreito com Deus que a Bíblia assim define Noé: “aquele que andava com Deus”.

Também vemos Deus em relacionamento com os Patriarcas: Abraão, Isaque, e Jacó. Deus então chama a Abraão de amigo e define a si mesmo como “o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”. Eis o Deus dos relacionamentos!

Já no livro do Êxodo vemos Deus em relacionamento com um outro homem chamado Moisés. O relacionamento de Deus com Moisés era tão intenso e profundo que foi o único homem na Bíblia que viu Deus, ainda que de costas.

Isso é relacionamento! Deus é relacional! Deus ama a comunhão! Aliás, o Deus Altíssimo só pode ser encontrado na comunhão dos relacionamentos.

Foi o que nos garantiu aquele que é a própria revelação do Pai: Pois onde estiverem reunidos dois ou três em meu nome, ali eu estarei no meio deles” (Mt 18.20)

© Emanoel Florencio Mannô
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Oração

Querido Deus, muito obrigado por nos criar à sua imagem e semelhança. Obrigado por ser esse Deus de amor que se relaciona comigo, obrigado por me criar também dessa forma. Sei que com a queda humana no jardim do Éden os relacionamentos foram frustrados, e, que o tempo que estamos vivendo apela para que vivamos de uma forma egoísta. Sendo assim, ensina-me a viver de forma relacional que venha demonstrar a diferença de tê-lo como Senhor de nossas vidas. Ajude-me a conviver sinceramente com meus irmãos. Amém.
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O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto e o incentivamos a fazê-lo, desde que não altere seu formato, conteúdo e que informe os créditos de autoria. 

Devocional#15 - CUMPRIR A MISSÃO INCLUI FORTALECER OS RELACIONAMENTOS


Texto para memorização:
“É melhor serem dois do que um...um cordão de três dobras não se rompe facilmente. ” 
Eclesiastes 4.9-12
  
Estamos em uma jornada chamada #IMERSÃO NA MISSÃO, que são 35 dias dedicados ao crescimento na graça e no conhecimento do Senhor e o despertamento do nosso senso de missão, através de 5 tópicos: MISSÃO, EVANGELHO, RELACIONAMENTO, SERVIÇO e SACERDÓCIO.

Estamos buscando, com a ajuda do Espírito, despertar o senso de missão entre nós, para que conhecendo a vontade de Deus, possamos trazer todos os aspectos da vida para dentro do Reino de Deus. Nossa família, trabalho, dinheiro, relacionamentos, saúde, lazer, enfim, tudo o que diz respeito à integralidade da vida.

Depois de refletirmos sobre o significado da MISSÃO e do EVANGELHO como sua mensagem, agora a nossa ênfase será: RELACIONAMENTO – Fortalecendo os laços da comunhão.

Porque na nossa jornada de cumprimento da missão, além do nosso próprio engajamento, precisamos tanto de Deus, como também precisamos de pessoas. Isso implica dizer que precisamos desenvolver relacionamentos fortes e saudáveis, sob pena de comprometer o sucesso da nossa missão.

A Bíblia vai deixar bem claro a força dos relacionamentos, isto é, a força da comunhão, dizendo no livro do Eclesiastes que: “é melhor ter companhia do que estar sozinho porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de 3 dobras não se rompe com facilidade. ” (Eclesiastes 4.9-12)

Tudo isso é relacionamento. Deus nos criou seres relacionais, ou seja, dependemos da interação humana, do convívio, da troca de experiências, do cuidado mútuo, do compartilhamento, em suma precisamos de comunhão.

O poeta disse: é impossível ser feliz sozinho, e ele estava certo. Não só é impossível ser feliz sozinho, como é impossível cumprir a missão sozinho.

Precisamos da nossa própria disposição, precisamos de Deus e também precisamos das outras pessoas. Se uma destas dimensões do relacionamento falhar, nossa missão de vida pode estar severamente comprometida. Aliás, ela estará fadada ao fracasso.

Deus nos criou seres sociais; dependemos dos relacionamentos assim como dependemos do ar e outros elementos vitais para a sobrevivência.

O Deus da Bíblia é o Deus dos relacionamentos. Desde a criação, Deus já age em comunidade: a comunidade da Trindade. Tudo o que faz, faz a partir de um Conselho: o Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo.

Inclusive é através da decisão desse conselho que o homem é formado: “façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. É a trindade relacional agindo em um santíssimo relacionamento de amor pela humanidade.

Se somos feitos à imagem e semelhança do Deus criador, e esse criador é um único Deus, mas que se manifesta em três pessoas em um relacionamento de eterna harmonia e perfeição, então precisamos estar conscientes de que cumprir nossa missão de vida inclui necessariamente o desenvolvimento e o fortalecimento de relacionamentos saudáveis.

Não por acaso somos ensinados pelo apóstolo João, o apóstolo do amor, que a prova de que amamos a Deus é prática de atos de amor ao nosso semelhante.

De fato, juntos nós somos melhores e mais fortes!

© Emanoel Florencio Mannô
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Oração

Querido Deus, muito obrigado por nos criar à sua imagem e semelhança. Ainda não tenho completa ideia do que significa ser criado dessa maneira, mas sei que essa é uma boa notícia para mim. Ensina-me a compreender e viver a profundidade e valor dos relacionamentos saudáveis que o Senhor sinaliza nas Escrituras. Ajude-me a viver comunitariamente para honrar o Teu nome, assim como Jesus orou indicando que o Pai que está no céu é NOSSO! Ensina-me viver sinceramente na Comunidade local e no pequeno grupo. Ajude-me viver a missão cristã junto com meus irmãos! Amém.
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